Prós: A história jutamente com os personagens trás uma experiência criativa, original e marcante. Toda a ambientação do jogo é muito bem amarrada com sua narrativa. Isso acaba entregando eventualmente um peso bacana pro mapa em si, mesmo que ele seja vazio visualmente.

A mecânica de entregas e seus equipamentos foi executado com excelência. Com certeza é o elemento mais divertido e diferenciado do jogo! Pra quem está de saco cheio dos formatos mais padrões na gameplay, as ideias experimentais apresentadas aqui são muito bem vindas.

O fato de podermos ajudar e ser ajudados por outros jogadores foi acertado no contexto do jogo. Isso dá sentido também a questão de fazermos entregas para os NPCs e recebermos equipamentos e informações novas em troca. Mesmo que seja uma estrutura casual e presente de maneira similar em outros jogos, aqui nesse universo acaba sendo mais coerente e instigante por impactar de maneira realmente relevante na gameplay e história.

O jogo trás tambem ótimas músicas da banda Low Roar, que tocam em momentos de contemplação durante as entregas. Inclusive esses momentos são mesclados cirurgicamente com outros que envolvem tensão (seja enfrentando Eps ou Mulas) e também de desafios nos próprios terrenos.

Os efeitos sonoros de maneira geral são de altíssimo nível. Alguns específicos chegam a grudar na cabeça, como por exemplo o efeito sonoro do "like".

As boss fight são satisfatórias, assim como o arsenal do Sam que acabou me surpreendendo diga-se de passagem. Tendo mais variedades de armas do que poderia imaginar pra um jogo com esta proposta!

Contras: Excesso de diálogos expositivos e hologramas durante a campanha. Esse problema ocorre principalmente com o personagem Die-Hardman. Ouvir ele falar Sam toda hora enjoa pra caramba!

A gameplay dos veículos não chega a ser ruim, mas deixa a desejar com certeza. Sendo um tanto quanto bugada e tendo uma curva de aprendizado meio frustrante para novos jogadores.

A física do Sam as vezes também tem seus bugs, principalmente em terrenos rochosos e acidentados é bem recorrente você ver as animações do boneco congelando e tentando processar o que está acontecendo.

Nos gráficos podemos presenciar diversos serrilhados que podem acabar incomodando as pessoas mais atentas e exigentes. (Estava jogando nos gráficos máximos do PC e mesmo assim passei por isso)

O personagem Sam é pouco carismático, o único ponto que me fez se importar com ele foi sua insistência em cumprir o objetivo mesmo com tanto sofrimento na sua vida e nas entregas. Certamente é um dos personagens que mais tive dó na minha história gamer.

Existem capítulos excessivamente grandes, e já incluo nisso também o próprio final que dura uma eternidade de maneira desnecessária.

Imendando com a crítica acima, na reta final temos a pior boss fight do jogo todo. Um dos momentos mais esperados é simplesmente anti-climatico e enfadonho. O que Kojima teve de criatividade no resto do game faltou muito nessa luta específica!

Ainda nos capítulos finais senti que o jogo apela muito, limitando pra caramba o jogador e enchendo o mapa de inimigos. Acaba sendo mais frustrante e cansativo que o normal esse momento.

As partes da guerra são legais em questão de história e cenário, mas em gameplay parece que só esta ali pra preencher o check-list de tiroteio no jogo. Por que não tem nada criativo no âmbito jogatina como o restante dos outros capítulos.

Conclusão: Death Stranding é um jogo ambicioso e fora da curva. Surpreende com seu universo, história e personagens. E trás consigo uma gameplay para aqueles jogadores que desejam sair um pouco da mesmice que anda o mercado gamer.

Tem diversos problemas, mas que acabam não comprometendo a experiência geral! Se numa sequência quase tudo isso for corrigido pode vir um jogão ainda melhor por aí.

Reviewed on Jun 20, 2023


Comments