Nada se cria, tudo se copia. O que é válido para as leis da física também é válido para os videogames, que desde quase sempre seguem e exploram alguma "tendência" específica à exaustão até uma nova surgir. Depois de Pong, Space Invaders e Pac-Man, era chegada a vez de Donkey Kong fazer escola com seus vários copiadores e sucessores. Apesar de trabalhos derivativos serem vistos com desdém por alguns, que veem valor (artístico?) apenas naqueles que têm uma teórica "originalidade" (algo difícil de mensurar e talvez inexistente), eles são um aspecto essencial da cultura humana e parte importante do processo para criação de coisas novas. Muitas inovações surgiram depois de um longo processo de infinitas derivações.

Não obstante, num mercado saturado de clones como era o da Era de Ouro dos Arcades, ter alguma característica especial para diferenciar seu jogo da montanha de outros games é o que podia garantir a um arcade seu lugar ao sol. No caso de Zoo Keeper, essa característica especial é o puro caos sem limites. O jogo já começa num ritmo que faz Donkey Kong parecer uma caminhada relaxante e lá pro terceiro nível já é quase impossível de acompanhar o que acontece na tela - quase. Seu grande trunfo, e o que o torna realmente divertido, é que ele é inegavelmente frenético e caótico, mas nunca além de um nível que ainda seja possível entender o que está acontecendo.

Reviewed on Jun 28, 2022


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