Jogar Jorney tantos anos depois do lançamento, certamente alterou a minha percepção do mesmo.

Eu já tive experiências semelhantes em jogos e isso influenciou que eu não ficasse maravilhada com a proposta. Inclusive, coisas como Abzu (uma sequência espiritual, com muitas aspas, feita por algumas das pessoas envolvidas em Journey), eu acho que mexeram mais comigo emocionalmente, do que Journey.

Eu imagino que, na época, o seu impacto e novidade devam ter sido enormes pra quem jogou. E é por isso que sempre ouvi falar dele com tanto carinho e deslumbramento. Queria muito ter tido uma experiência transcendental com o jogo, assim como tantas pessoas, mas não foi o caso.

Eu não tive o coice emocional que todos tem. Eu não chorei no final. Não vou mentir que fiquei decepcionada, por esse sentimento não ter aflorado. Senti como se eu tivesse perdido algo, ou tivesse algo errado comigo. No final, o que eu perdi deve ter sido o timing de ter jogado na época. Infelizmente isso eu não posso emular.

Não significa, no entanto, que eu não gostei. Muito pelo contrário. Eu acho que é um jogo meio impecável na sua proposta e execução. Os controles são bons e gostosos, o jeito que ele te guia nas descobertas e sempre apresenta conceitos e visuais lindos novos, é fascinante. Todo o lance da comunicação não verbal e conexão criada com desconhecidos é muito legal também. É um jogo INCRIVELMENTE bonito. Nem faz sentido um jogo que saiu no PS3 ser tão bonito.

Posso não ter chorado, mas joguei com um sorriso no rosto a maior parte do tempo. Isso só pela beleza e por ser tão gostoso de jogar. Deslizar na areia acompanhada dos tapetes voadores é uma sensação maravilhosa. Quando tudo se encaixa nele, controles, visuais, música é realmente uma experiência fantástica.

Mesmo não sendo um dos jogos da minha vida, vai ficar marcado como a primeira coisa que eu joguei (pra valer) e terminei no meu recém adquirido PS4. E fico feliz que minha estreia nos consoles, após tantos anos afastada, tenha sido com ele.


Reviewed on Jun 08, 2021


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