Há algum tempo atrás fiz por aqui uma análise sobre Lost Words: Beyond The Page, um jogo que, apesar de ter uma base simples, me marcou imenso pela sua narrativa e arte. Gris é extremamente semelhante, mas não possui diálogos e toda a história é contada através de símbolos, puzzles e do próprio cenário, que transmitem uma mensagem sobre a perda de um ente querido e o quão difícil pode ser superar isso.

Os visuais são completamente deslumbrantes e foram incontáveis as vezes em que fiquei simplesmente perdido a observar os vários detalhes que constituem o ambiente envolvente. Este ponto, aliado à banda sonora, faz com que haja uma certa sensação de serenidade no meio do caos em que a nossa personagem vive. Gris é quase como que um poema sob a forma de jogo e tem o seu próprio charme e beleza que o fazem destacar-se positivamente.

No que diz respeito à gameplay em si, esta é bastante polida, mas não há muito de inovador em relação a outros jogos de plataformas. No entanto, estou certo de que não era esse o foco, já que se nota que os desenvolvedores espanhóis da Nomada Studio quiseram sobretudo dar uma maior atenção à parte artística. Confesso que não conhecia o trabalho desta desenvolvedora, mas vou ficar muito mais atento aos seus futuros projetos.

Gris revelou ser uma excelente experiência, que apesar de curta, faz tudo aquilo que era suposto fazer e transmite de forma bastante original o seu significado.

Reviewed on Apr 19, 2024


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