Uma coisa que me chamou atenção em Hello Charlotte, desde o primeiro jogo, é o fato da estética ser até que bem agradável, mesmo que psicodélica e perturbada em certos momentos e com o terror psicológico sendo presente na narrativa, boa parte das vezes ao menos, ela não me parece buscar causar um desconforto ao jogador, e esse jogo me faz entender o porquê. Por mais delicada e inocente que Charlotte seja, ela é uma criança extremamente traumatizada, ela busca sempre ver o melhor nos outros, mas nunca a si mesma, e os próprios cenários que ela nos mostra reflete isso, por mais que ela tente ver o melhor e esconder seus medos com cenários simplistas e monocromáticos, ou cenários com cores saturadas, eles ainda conseguem nos alcançar, e é curioso o fato de que os maiores medos da garota, se utilizam desses mesmos elementos para mostrar o quão distorcida é a mente dela. No fim, o que mais me assusta no jogo, é como esses medos vão gradualmente crescendo, e o quanto as expectativas da sociedade comum ao redor dela tem parte nisso.

“Inside a dream, I laugh, and the world laughs with me
Inside a dream, I forget, and the world forgets with me
Inside a dream, I am the world
Hello, world!”

Full of itself to an almost comical degree, yet all the more brutal and real exactly because of this contrast.
Following the thematic input of the first game, the struggle within, against the antipathetic world of false Gods, goes on, this time without even tip-toeing around the subject matter but ramming at full train speed into Charlotte’s reality, in her quest for free will. How does the world reflects in her eyes? Is it bleak, foggy and disgusting, or a wonderful, brighter place worth fighting for? For hope.

it's possible my feelings on this will change upon finishing ep3 but ultimately i'm just starting to think i'm not the target audience for this work and that's... okay. it's clear this was made in the environment of someone stuck in the tumblr-era fandom heyday and dealing with some very real shit, and in ways that still come off as uninformed and perhaps in need of some help that they hadn't received yet - i'm not really interested in a full psychoanalytical discussion of the author because that borders on parasocial in a way i don't think is just.

what i can give this game is a definite growth in artistic originality and some great new concepts for worlds to explore. ultimately though a lot of my feelings about the first game remain here. here's hoping childhood's end is the strike-out people say it is. i'm starting to wonder, though, if this just isn't a game with me landing in its target audience.