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in the past


O jogo que me faz questionar: “Por que resolver problemas com terapia quando você pode esfaquear gigantes peludos?”

Lá estava eu, na minha pré-adolescência solitária, vasculhando a banquinha de jogos como um arqueólogo da pirataria 3 por 10. Metal Gear Solid 3? Check. Resident Evil 4? Check. E então, como a cereja no topo do bolo pixelado, o misterioso Shadow of the Colossus. O logo da Sony piscava no canto inferior direito, como um sinal divino de qualidade. Afinal, se a Sony estava envolvida, só podia ser coisa boa, né?

E assim, eu embarquei em uma jornada épica para salvar uma mulher em coma. Por quê? Quem sabe! Mas não importa, porque você tinha um cavalo confiável e uma espada que refletia a luz do sol como um GPS divino.
Encontrar os colossos era como um jogo de esconde-esconde com arranha-céus que se moviam.

O jogo ficou tão bonito que até os pixels antigos ficaram com inveja. A luz filtrava pelas árvores como se estivesse posando para um ensaio fotográfico da National Geographic. E os cabelos dos colossos? Mais realistas do que os meus finados fios numa manhã de segunda-feira.

Claro, havia alguns probleminhas. A câmera às vezes se perdia nos pelos dos colossos, como se estivesse tentando encontrar o sentido da vida em um novelo de lã. E, para derrotar alguns deles, você precisava fazer acrobacias dignas de um contorcionista.

Shadow of the Colossus é como um encontro às cegas com um gigante peludo: emocionante, desafiador e, ocasionalmente, confuso.