5 reviews liked by Jaumva


Theres a universe where God Hand is the most popular game ever created and this game slipped out of that universe and into ours

Are we so gullible? Do we as an audience not demand anything from our art? There's no story, no new mechanics, no real characters, no interesting or enjoyable visuals, no compelling gameplay, no original ideas at all in fact. Is a faceless strawman to antagonise really enough to get millions of people to play an Unreal Engine asset flip made as artlessly as possible? Is no one else actively disturbed by how blatantly and gracelessly this rips mechanics from every popular game of the last 2 decades, without integrating any of them together whatsoever? Has art ever felt this cynical before?

Feel free to discount my opinion. I am a 'salty Pokemon fanboy' after all, and I only gave this game an hour or so of my not particularly highly valued time. I personally just prefer the art I engage with to care for the art form it sits within, even a little bit. Palworld hates video games. It sees nothing more within them than a collection of things to do and hopes that by shovelling a flaccid farcical version of as many of them as possible into your mouth it will somehow constitute a 'video game' when all is said and done. It doesn't. I'm deeply saddened that so many gamers think so lowly of our art form that they genuinely think this is acceptable.

What am I doing with my life? All this time spent ironically praising shitty games including this one and now people are unironically gassing up generic survival crafting game number 74,963. That settles it, from now on the words “peak fiction” will never leave my mouth ever again!

A soulless, sloppy amalgamation of game mechanics masquerading as something worth playing.

Blood

1997

Cara, é muito complicado falar de Blood.
Pensa em um jogo composto apenas de partes ótima e partes horríveis, sem meio termo, e com uma gameplay que pende constantemente entre ambos esses pontos numa espécie de dança caótica e selvagem incansável.

Isso é a experiência de jogar Blood.

Antes de aprofundar, eu aviso que vou basear essa análise no ponto de vista de alguém jogando a primeira vez (que foi o meu caso). Blood é um jogo que se torna muuuuuuito mais confortável e divertido de jogar ao entender como tudo funciona (e acredite, há MUITOS pormenores e detalhes no jogo a serem entendidos), então a primeira vez vai ser a pior experiência justamente por você ser largado em um jogo brutal e contraintuitivo, lutando pra pegar o mínimo do jeito da coisa enquanto praticamente tudo consegue lavar fácil o chão com a sua cara.

E já que estamos falando de "Jogar a primeira vez", permitam-me começar falando do que é o começo menos convidativo que eu já vi em um jogo - isso é, a primeira campanha (The Way of all Flesh).
Normalmente a primeira campanha de jogos 2.5D é construída de duas maneiras: ou é feita em uma qualidade bem superior ao resto (como em Shadow Warrior) ou é feita de forma a ser uma apresentação ao jogo, num ritmo de tutorial acelerado, para o jogador pegar o jeito rápido (como em Heretic). O começo de Blood foge desses padrões e constrói uma introdução repudiável, tacando uma dificuldade ridícula que escala muito rápido em um cenário com pouca vida, pouca munição e algumas armas bem exóticas que levam um tempo pra entender como usar efetivamente.
Junto a isso o jogador é introduzido aos inimigos iniciais, que são zumbis e cultistas. Os zumbis (como esperado, parando pra pensar agora) teimam muito pra morrer. Há formas eficazes e ineficazes de lidar com eles, mas isso você descobre só testando armas (e no começo você tem bem poucas - e com pouca munição). Já os cultistas são um bando de arrombados. TODOS ELES são regados a Hitscan, eles te perseguem, eles deitam no chão pra desviar dos seus tiros (o que funciona e dificulta o trabalho de matar eles) enquanto continuam atirando, eles usam metralhadoras, escopetas, jogam dinamite, etc. Pensa num ser DESGRAÇADO! Esses são os cultistas.
E agora a adição mais importante da primeira campanha: Junto a falta de vida e munição, adicione o fato que o jogo SPAMMA SEM MEDO os inimigos em vários lugares das fases. Um quarto fechado e apertado que a parede quebra e saem 8 zumbis em cima de ti ou um salão regado por uns 12 cultistas, todos mirando e atirando em você de todos os lados.
Como eu disse: "É o começo menos convidativo que eu já vi em um jogo".

Mas depois desse começo, o que vem? Essa que é a parte divertida. Depois desse maldito batismo de fogo que te força a aprender na marra alguns elementos do jogo, você entra nas duas melhores campanhas do jogo - e que são boas MESMO!
Lembra que eu falei que Blood é composto por partes ótimas e horríveis? Então, isso se reflete também nas campanhas. O jogo tem 6 campanhas (contando a expansão Cryptic Passage) e elas estão divididas meio a meio, com 3 campanhas ótimas e 3 campanhas horríveis - no caso, as melhores são a 2°, 3° e 6°campanhas (a 6° sendo a expansão).

O resumo das piores campanhas é justamente o spam de inimigos. São fases inteiras só com bicho aparecendo um atrás do outro, até mesmo bosses de campanhas anteriores - que tem vida e dano absurdos - sendo colocados como se fossem meros inimigos mais fortes. E somado a isso, pra vocês verem como esse spam é só uma tentativa porca de adicionar mais dificuldade nas fases, é possível só tocar o foda-se para a muca de inimigos e sair correndo e pulando por cima deles, progredindo a fase até completar ela matando o mínimo possível.

MAS, fora essa questão dos inimigos, eu gostaria de deixar algo BEM CLARO aqui: Não importa a campanha, o level design das fases do Blood é FENOMENAL! Se teve algo que os caras souberam fazer nesse jogo foi o design das fases! Eles ousaram e abusaram de diversos cenários, efeitos e construções de fase que faz com que, mesmo nas piores campanhas, você queira continuar jogando só pra ver como vão ser as próximas fases.
Além das fases, todas as armas do jogo são únicas e efetivas e os gráficos são extremamente bem feitos - de longe Blood, honrando seu título, tem os gráfico mais brutais e sanguinolentos dos jogos 2.5D, e isso nem pela forma como os inimigos morrem, mas sim pelo clima pesado, grotesco e infernal dos cenários e fases.
E já que estou na sessão de elogios, não tem como eu deixar de dizer o quão FODA é a quantidade de referências à filmes de terror que tem no jogo. Pra vocês terem ideia, tem fases inteiras feitas com base em O Iluminado e Sexta-Feira 13, além de diversas referencias perdidas aqui e alí pelos cenários ou em áreas secretas. Cara, pra quem é fã de terror, é um deleite gigantesco topar nessas referencias, vocês não fazem ideia.

Com tudo isso, sim, é um jogo que vale muito a pena jogar se você curte FPS's 2.5D, mas estejam avisados que ele tem partes exageradamente difíceis (e ruins) também. Então vai envolver um certo esforço pra querer continuar jogando, dependendo da campanha escolhida.

E antes de fechar, como de costume, pra quem quiser jogar esse jogo em sistemas mais novos, recomendo usar a versão original do jogo (que vem junto com a versão Fresh Supply) e rodar ela no Raze.
Raze é, praticamente, um GZDoom pra engine do Duke Nukem 3D, então ele também configura o jogo pra rodar em sistemas mais novos e resoluções mais altas de tela sem problemas.