Sim, ele é feio. Sim, ele tem a PIOR curva de dificuldade já vista. Mas ele tem algo inexplicável: extremamente satisfatório.

Não vou negar, é ame ou odeie. As mecânicas desse jogo lembram mais do Metroidvania do que Zelda mesmo. O lance dos níveis incomoda, pois você precisa ficar upando e os inimigos não são super previsíveis.

A curva de dificuldade bizarra faz com que pegar a marreta na Death Mountain (nome super condizente, diga-se de passagem) seja mais complicada que as batalhas finais. E a marreta é ANTES do SEGUNDO templo.

Um último aspecto negativo é que, tal como o percussor, é meio complicado de jogar sem detonado. Por exemplo, um jogador normal pegaria as vidas extras (que se parecem com um boneco) no jogo, certo? Até porque isso aumentaria a sua vida permanentemente, certo? ERRADO! As vidas extras nesse jogo são temporárias, você começa com 3 vidas, adicionou uma extra e teve game over... Sabe o que acontece? Você volta para três vidas! Juro esse é o único jogo que isso acontece, nunca vi outra coisa parecida para jogos de RPG/Aventura.

Ah, nem comentei que quando você tem Game Over, você volta pro ponto do início do jogo. Você não perde o que fez, mas precisa ir caminhando até a dungeon. Considerando que tu morre muito no início... Acostume-se com a raiva, ela será sua amiga.

Mas daí, ok... Por que eu dei 4 estrelas? Porque esse jogo dá uma satisfação enorme quando tu termina as coisas. Tu vê um boss com uma mecânica chata pra caramba (inimiga do pulo que sou, o Barba foi complicado). Não é um jogo que você vai se dar bem de primeira. É um jogo que vai atiçar seu ego e você vai ficar "ah, é? agora vou levar a sério". Cada morte vai desenvolver estratégias, você pega as vidas extras depois, você espera até a última dungeon para colocar as pedras, upa até o máximo o mais cedo que der... E daí entra para o grupo pequeno de pessoas que conseguem gostar desse jogo.

Zelda 2 é cheio de defeitos, mas pode acabar despertando o masoquista interior de ti e você acabar gostando.