A simplicidade de Shank é o que me conquista, adoro jogos do gênero de "Beat'em Up", e só de fazer algo minimamente aceitável ao bem-feito que quase não tem erro de eu certamente gostar, o que é e foi o caso desse aqui, nada de novo que você não tenha visto, seja na gameplay até a trama que bate naquela "mesma tecla" de uma história de vingança após matarem sua esposa, mas faz de forma decente que não tenho do que reclamar. Afinal de contas, tudo aqui é interessante; A temática do México que por si só já é bem legal e convidativa, o enredo e a forma como os vilões são apresentados, a gameplay gostosinha de jogar, a duração do jogo ideal para já não ficar repetitiva ou cansativa, enfim, tudo!

   Todo o seu traço/estilo visual é muito bonito e me lembra bastante a animação "Samurai Jack", mas que as inspirações diretas que acho que tenham se baseado dentro da construção da história foram a da duologia de filmes "Kill Bill" (Flashback da Igreja, e a forma como se desenrola a história dele lembrando cada um dos que causaram a morte da sua mulher e indo atrás de sua vingança), e um pouco do conceito base da história do jogo com a do filme "Balada do Pistoleiro", tanto que até o começo do filme com o do jogo são relativamente iguais; num bar com o Barman tentando coletar a recompensa pela cabeça do protagonista para o vilão central do game, mas que no filme tem todo um contexto diferente. Acho que o ponto mais legal desse jogo é o conceito dos vilões, onde o melhor sem dúvidas é o tal padre (Angelo) daquele grupo que todas as duas fases dele é marcante e daora, uma pena que o jogo é um pouco corrido e não desenvolve mais do que o básico nos demais personagens que aparecem.

    Único "problema" daqui é que esse game sequer tem legenda alguma a ser colocada nas opções do jogo, nem mesmo em inglês, nem em português, nem em qualquer língua, é literalmente sem legenda alguma, o que é uma pena, pois tem que entender pela própria fala dos personagens, que para quem não é fluente em inglês, é uma "pedra no sapato" para pegar a maioria das piadas e detalhes, mas pelo menos acredito eu que dá para entender o que está acontecendo pela história ser bem simples e visivelmente clara, só que é triste saber que muita gente irá perder os detalhes de alguns momentos no jogo (como os diálogos da cena da Igreja com frases bem daoras do protagonista e do Angelo ao se encontrarem pela primeira vez no game).

Para concluir, Shank é uma ótima pedida para quem gosta de um "Beat'em Up" e quer algum jogo do gênero para jogar e platinar em dois dias de forma rápida, mas não pensem que a platina é 100% fácil, ela até é, mas vai ter um certo suorzinho para conseguir ela por uma única conquista relacionada a jogar o jogo no Difícil, que o Difícil desse game realmente faz jus ao nome e é bem chatinha de conseguir, já que não terá checkpoint algum nas demais fases e você terá que aprender como cada fase funciona morrendo e voltando toda a fase de novo, e de novo, e de novo. Ah, e não basta zerar uma vez no Difícil que irá considerar a conquista de zerar no Normal, terá que zerar duas vezes o game também, tanto no Normal quanto no Difícil, e zerar a campanha cooperativa também, mas isso é tranquilo de fazer caso tenha algum amigo para quebrar esse galho, que a campanha cooperativa é isolada e conta eventos antes do que ocorre na história principal do jogo. 

Scribblenauts Unlimited explora toda a sua criatividade e imaginação em um simples caderno mágico, aqui você controla Maxwell um garoto que tenta salvar sua irmã após receber um feitiço de um bruxo que foi enganado pelos dois. É um jogo prioritariamente infantil que não se carrega de um enredo importante no jogo mas o que pode se dizer como o destaque dessa marca de Jogos "Scribblenauts" é essa idéia tão ambiciosa de você poder construir tudo o que imaginar desde que não seja nada vulgar ou com Licenciamento de Direitos Autorais, e realmente aqui você pode construir tudo mesmo e nisso eu imagino o como foi um desafio para os desenvolvedores, por isso acho que realmente ele cumpre o que promete até o fim, e é um bom jogo para raciocinar de maneira descontraída e divertida...

   Não existe uma palavra melhor para descrever "Marvel's Spider-Man Remastered" do que a própria nomenclatura utilizada para esse super-herói que é a palavra "Espetacular" do Homem-Aranha, que desde que esse game foi anunciado e lançado em 2018, eu criei essa nova vontade e esse desejo em minha vida de algum dia conseguir chegar a jogar o que é atualmente o melhor jogo (e para muitos a melhor adaptação) do meu super-herói de infância favorito da Marvel, e quando eu pensei que esse dia nunca mais chegaria já que desde sempre fui um jogador de PC e não de consoles e nunca imaginaria que esse exclusivo da Playstation seria trazido para cá, ouve essa onda de remasterizações que chegou na Sony e que começou com o porte do até então exclusivo "Horizon Zero Dawn" e devido ao sucesso nas vendas desse porte, quando eu menos esperava houve a notícia de que o "Marvel's Spider-Man Remastered" era o próximo jogo da vez a ser lançado para os computadores e principalmente para a minha plataforma que é a Steam e cara que presente que foi, tanto que eu nem cheguei a hesitar na época em comprá-lo na pré-venda pelo fato da empolgação que eu tava que mesmo no valor alto que foi e ainda é de 250 reais para um game que já tinha sido lançado há três anos e a remasterização não traz praticamente nada de tão novo a não ser especificamente no rosto novo e remodelado do Peter que desagradou a muitos que já tinham se acostumado com a afeição do Peter da versão de PS4, valeu a pena e como valeu, em que ainda consegui não sei como na época uma promoção de 10% com um colega do Twitter (que, aliás, um grande salve para ele, que se chama Linoano e sou grato até hoje pelo desconto, valeu mesmo irmão haha). 

    Basicamente tudo feito nesse jogo é um prato cheio e um presente para todos os fãs do "teioso", seja na sua gameplay maravilhosa que traz um combate conciso que retrata bem a ideia de agilidade do super-herói trazendo os tais "gadgets" e as habilidades que você desbloqueia ao longo do game, até a do balançar de teias (web-swinging) que foi feito aqui que até hoje é difícil de se acreditar no quão bem feito e imersivo que ele é que deixa praticamente os jogos anteriores do Homem-Aranha "no chinelo" nesse conceito, com trajes desbloqueáveis que você consegue progredindo no game e os que você já ganha só de iniciar o jogo que são insanos de bem detalhados e ainda não te limitam como muitos outros jogos a só usá-los quando você zera o game, que vale destaque principalmente nos trajes das adaptações do Cinema, seja a do Tom Holland, do Andrew Garfield e até a do traje do meu Homem-Aranha favorito que é a do Tobey Maguire, sendo um dos melhores trajes desse jogo na minha opinião. Além de tudo isso, temos uma história principal que não fica para trás das obras feitas para o Cinema que mesmo que tenha uma estrutura na maioria das vezes simplória e apresente alguns furos de roteiro, na maior parte do tempo ela é estonteante e todo o desfecho encerra com chave de ouro trazendo um momento extremamente memorável e de tirar o fôlego que toda a história desenvolve os seus personagens muito bem e adapta muito bem vários dos vilões clássicos e já conhecidos como é o caso do "Electro" e do "Abutre" que além de introduzir esses vilões clássicos e aclamados, traz alguns que não tinham sido explorados antes como é o caso do "Sr. Negativo" que está impecável. 

   Agora, o porquê eu não considero esse um jogo perfeito no geral vai simplesmente por alguns motivos que no todo a desenvolvedora teoricamente não teve como prever, seja a da otimização para cá que trouxe alguns bugs no caso da localização para o português que independente de você jogar com ou sem a dublagem, você terá problemas em eventualmente no mundo-aberto ouvir a voz em inglês na versão dublada ou vice-versa na versão com o áudio original entre os NPC's que esse bug ainda está presente e não foi corrigido até o momento que estou fazendo essa análise, além de que a dublagem não teve o trabalho de localizar cada nome de cada personagem para sua adaptação brasileira como é o caso do "Abutre" que continuou como "Vulture" e o próprio Homem-Aranha que aqui é sempre mencionado na dublagem como "Spider-Man" que dá uma sensação esquisita para quem estiver jogando, e ainda falando sobre a dublagem para o nosso país, apesar dela não ser um trabalho totalmente ruim, de fato ela possui muitos problemas que eu pessoalmente preferi a minha segunda jogatina com o áudio original que alguns desses problemas vai principalmente para a mixagem do áudio que é ridícula e em alguns momentos parece que você tá ouvindo uma conferência do Discord, além de que muitas das escolhas das vozes não combinam ou são relativamente mal atuadas que nesse lado não é de toda a culpa do Estúdio de Dublagem já que como existe um acordo de confidencialidade, eles ou não recebem o roteiro completo e tem que se virar só com suas falas ou geralmente recebem sem as imagens para poderem trabalhar por cima, fora que, muitos detalhes que foram feitos para a imersão do áudio original são perdidos na dublagem como é o caso de quando você tá em ligação com a Mary Jane em que o Peter está, por exemplo, como o Homem-Aranha balançando sobre as teias pela cidade, ele fica com uma voz mais ofegante no áudio original e se no caso você parar por um momento para ficar em algum prédio ouvindo, a voz do Peter aos poucos vai voltando ao normal, já que ele volta a recuperar o seu fôlego, em que tudo isso é praticamente descartado na dublagem, o que é bem triste e me reforça a recomendá-lo que jogue o jogo com o áudio original. 

    Por fim, a respeito das DLC's que vem com o Remastered e desenvolvem uma história nova onde todas elas seguem uma ordem cronológica dividida em Atos (do 1 ao 4), apesar delas não serem ruins e até que serem importantes para os acontecimentos da trama principal por contar uma história após os eventos do jogo, todas elas são relativamente genéricas e esquecíveis em que a única que eu considero de fato boa e memorável é a do Ato 1, que apesar dos problemas dela, ela desenvolve e aprofunda muito bem a relação da personagem da Gata Negra com o Peter Parker em que a química dos dois é totalmente presente em tela, mas fora isso, é visível o como ao avançar durante os Atos, ou melhor dizendo, durante as DLC's a história vai perdendo o rumo e ficando cada vez mais genérica e chegando no fundo do poço com a decisão final que é a prova viva do porquê nem sempre é bom trazer fielmente o que foi feito nos quadrinhos (SPOILERS: Que é o fato do Hammerhead virar uma espécie de "Transformers" no desfecho final dessas DLC's que eu pessoalmente detestei, sendo ridículo o confronto final com o Hammerhead que cai na mesma ala genérica de final de jogo genérico que apesar disso realmente ter sido feito nos quadrinhos do Hammerhead virar uma espécie de robô ou androide, ou sei lá o que foi aqui-lo, ter trazido isso fielmente no final do jogo, para mim, foi um erro terrível e desastroso que estraga toda a experiência feita dessas DLC's até então).