Log Status

Completed

Playing

Backlog

Wishlist

Rating

Time Played

29h 25m

Days in Journal

32 days

Last played

September 22, 2023

First played

May 25, 2023

Platforms Played

Library Ownership

DISPLAY


Esse review vai ser um tanto quanto especial. Eu entendo o porquê desse jogo ser um remake de pokémon tanto quanto medíocre para a fanbase, principalmente em comparação aos idolatrados Heart Gold e Soul Silver, mas pra mim, esse jogo é quase que perfeito e muito superior a esses dois e até a alguns jogos posteriores...

Vamos por partes. Pra mim os dois maiores defeitos desse jogo estão na reutilização clara de assets (como a ativação dos patins que não existe nesse jogo) e de modelos e sistemas de XY e da não existência da Battle Frontier (que foi “substituída” pela Battle Maison justamente de XY). E é isso, qualquer outro ponto em relação a esse jogo é no mínimo ótimo.
As mudanças na história são muito boas. Não é que ela se torna incrível e original, longe disso, mas substancialmente melhor que a história extremamente básica da terceira geração, saindo de um 4 ou 5 pra um 6,5 ou 7. Aqui (e em Alpha Sapphire consequentemente) meio que tudo se torna mais épico. Claro que esse ponto se intensifica com as cutscenes (que por sinal são lindas), mas mesmo o texto desta é bem melhor que a versão de 2002.
Já que eu citei as cutscenes, elas são lindas não só pelos gráficos ou ações que acontecem durante as mesmas, mas também pela câmera. Ao contrário de XY e até os demais jogos 3D da série, a câmera em ORAS serve muito pra contar a sua história. Desde closes suaves na cara dos personagens enquanto está rolando uma CGI em gráficos não chibi, até cenas mais simples que servem unicamente pra ambientar o jogador ao mapa (como a cena das Beutiflies logo ao chegar em Petalburg City). É lindo como a Gamefreak aqui conseguiu fazer algo que hoje em dia a própria não consegue fazer com a mesma maestria e capricho.
A parte gráfica é outro ponto fora da curva. Que é não só muito bem-feita, principalmente em relação aos reflexos da água e a própria água do oceano do jogo. Isso aliado a uma direção de arte estupenda e delicada, traz paisagens lindas em momentos chaves da campanha.
Mapa eu acredito que não preciso abordar (meu review de Emerald mostra o quanto eu amo Hoenn), porém, em relação ao mapa o jogo traz a melhor mecânica de caçar pokémon específicos de toda a franquia, que no caso é a Dex Nav. A reformulação no design da dex já foi ótima, mas o acréscimo de você poder ter uma visualização na tela de baixo de o que está disponível pra você na rota em que você está é muito incrível. Desde as berries plantadas, aos NPCs que permitem revanche até ter uma forma de caçar pokémon shiny matando (um pouquinho) a aleatoriedade, tudo isso com fácil acesso e uma interface simples e bonita. Até hoje eu não superei que eles só abandonaram essa mecânica super prática e ótima.

Até pouco tempo eu encarava que esses jogos (ORAS) fossem apenas medíocres e que por mais que eu os amasse, a substituição da Battle Frontier pela entediante Battle Maison era um bom motivo pra condenar esse jogo a esse título tal qual um “fã” médio da franquia. Mas vendo hoje em dia esses jogos não têm nada medíocres, pelo contrário, eles são incríveis. E ok, pode ser o meu emocional falando mais alto, eu amo Hoenn (nunca escondi isso), Emerald foi o primeiro jogo que eu fui atrás pra emular, Alpha Sapphire foi o primeiro jogo de pokémon que eu não só comprei com o meu dinheiro como joguei no meu 3DS, fora que se juntar todos os saves que eu já tive só em ORAS eu com certeza passei mais de 4000 horas pegando nesse mapa, então, querendo ou não eu tenho um apreço sentimental por tudo que esses 5 jogos (Ruby, Sapphire, Emerald e ORAS) trazem, e eu não duvido que seja isso gritando nessa review. Mas mesmo desconsiderando essa parte, ainda tem um ótimo jogo aqui, talvez não um 5 estrelas, mas ainda assim um ótimo jogo. A sensação de aventura que esses remakes trazem é ótima, e jornada que tem aqui é muito bem construída. A história, por mais que genérica é divertida, e particularmente tem o melhor encerramento de toda a franquia (muito graças aos créditos e a luta final). Pra ser sincero, a única coisa que me chateia é que claramente a Gamefreak investiu um puta esforço pra que esse jogo fosse ótimo, pra logo em seguida abandonar quase tudo em relação a ele nos jogos subsequentes foi abandonado. Pelo menos, mesmo depois de quase 10 anos de seu lançamento, Omega Ruby e Alpha Sapphire continuam sendo obras quase mágicas pra mim e com certeza, o melhor presente que uma empresa poderia ter me dado.