3 reviews liked by Trojack


Indescritível. God of War de 2018 já foi um dos melhores jogos de ação e aventura que eu havia jogado, era espetacular, repleto de conteúdo, com uma história engajante e que não se tornava cansativa, em Ragnarök a base do jogo de 2018 continua, nos sentidos gráficos e na gameplay, percebi poucas mudanças nesses aspectos, mas em comparação com o resto, é um jogo novo.

A exploração, as missões, as novas mecânicas, os personagens, a ambientação, não tem nenhuma área repetida e as que você já havia passado no primeiro jogo estão totalmente mudadas, seja pelo Fimbulwinter, seja por outros motivos, o fato é que explorar esse mundo tão vívido e bem construído, com áreas densas, não só horizontalmente grandes como verticalmente também, dezenas de armaduras, empunhaduras para as armas, ataques rúnicos, relíquias, é impressionante o fato desse jogo existir no nível que existe com um intervalo de 4 anos.

Ragnarök é um daqueles jogos que se lançassem 6 anos depois do antecessor todo mundo ia agradecer por ter lançado nesse nível, mas não, em QUATRO ANOS a Santa Monica fazer o que ela fez aqui é loucura, se a gente pegar a história por exemplo, em comparação com o primeiro jogo, esse aqui é de um expansividade absurda, tanto cosmologicamente, entendendo mais da própria mitologia nórdica (que é obviamente diferente em vários sentidos da original, apesar de ainda assim ser muito fiel) e do próprio universo que envolta esses novos reinos que a gente explora, se conectando até mesmo aos povos maias, egípcios, explicando mais sobre a terra natal do Kratos, entre outras coisas.

Além disso, outros ponto sensacional da história, além da trama em si, são os personagens, ver no que eles conseguiram transformar o Kratos, de um homem vingativo que não se importava com mais nada, pra um pai que só quer proteger o filho, é tão lindo, ver como essa relação de pai e filho molda tudo e todos ao redor do jogo, eles dão também uma profundidade maior no desenvolvimento do amor do Kratos e da Faye, a relação entre eles é bem mais explorada aqui, o Atreus também é muito bem desenvolvido, apesar da cagadas (afinal ele ainda é um adolescente) você se apega a ele, torce por ele e até se impressiona com a engenhosidade que ele demonstra durante o jogo, o Atreus é um personagem mais que suficiente pra talvez substituir o Kratos em um possível futuro, isso sem falar dos outros personagens, Freya, Mimir, Sindri, Brok, Odin, Tyr, Thor, entre vários outros que eu não vão citar pra não me aprofundar muito e acabar dando spoilers, são todos únicos e muito bem desenvolvidos.

A trama do jogo é também, na minha opinião, superiora ao primeiro jogo, por melhor que ele tenha sido, poder explorar mais reinos e descobrir como o Fimbulwinter afetou eles, como o Odin transformou aqueles reinos, como os próprios habitantes moldaram o lugar onde vivem, os objetivos vão se desenvolvendo cada vez mais e se tornando cada vez mais interessantes, no que começa com a simples vontade de sobreviver do Kratos, pra o que termina com uma das maiores sequências que eu já vi em qualquer jogo, Ragnarök vai te deixar empolgado, vai te deixar triste, vai te deixar feliz, faz tudo o que um excelente jogo deve fazer e até superar isso, tendo um end game excelente com vários objetivos secundários pra se fazer, do início ao fim, o level design desse jogo é uma coisa de outro nível também.

-SPOILER- Uma coisa que eu indico pra qualquer um que jogue Ragnarök é: explore literalmente tudo do jogo, cada cantinho, por mais insignificante que pareça ser, e escute TODOS os diálogos que tiverem, foi assim que eu descobri sobre a origem da Jörmungandr por exemplo, algo que tava na nossa cara mas eu só efetivamente entendi num diálogo aleatório do Mimir com a Freya depois de já ter terminado o jogo, uma outra coisa que é excelente nesse jogo é a dificuldade, eu joguei no segundo modo mais difícil (um antes do quero god of war) e meu amigo, que inferno foi aquilo, os inimigos padrões do início já estavam me dando um cansaço, conforme eu fui progredindo foi ficando cada vez mais fudido, chegando no ponto dos últimos dois bosses opcionais do jogo, um a Gna que é extremamente difícil, e o outro o Hrólf, rei dos berserkers, esse pra mim foi até um exagero, tranquilamente o mais difícil do jogo, eu fiquei papo de dois dias pra passar dele na dificuldade que eu estava, mas você obviamente pode colocar em outras dificuldades caso prefira, eu recomendo jogar no mínimo na média ou nessa que eu fui por que, pelo menos no primeiro jogo, as dificuldades mais baixas eram bem mais tranquilas e não apresentavam muito perigo.

Resumindo tudo sobre Gow Ragnarök: uma das maiores experiências audiovisuais e mecânicas que você pode ter na sua vida, é absurdamente imersivo e desafiador se jogado em dificuldades mais altas, um dos jogos que realmente me prenderam num nível de só jogar ele e mais nada, não atoa que acabei com 62 horas e com a platina dele, que por sinal não é muito complicada se você explorar bem e fizer tudo que dá pra fazer, com certeza um dos melhores e mais impactantes jogos do ano, lindo.

criminalmente subestimado.
quem fala q isso aqui é pior que o titans devia ser preso

Melhor game do Crash, tente mudar minha opinião e falhe miseravelmente. Porque vocês não gostam desse jogo?