Despite Luis Antonio's outspoken desire to push the medium forward, he wasn't able to conceive of a game that would give form to deeper meaning, instead making a story dominated by it's game mechanics — which resulted in uninspired puzzle box storytelling and shock value —, while the cinematic framing actively crippled the satisfaction of play by adding too much poorly conceived friction in the player's interactions with the game.


(also, there's a bit where the protagonist looks at a window while it's raining and says "heavy rain" and you can't convince me the director is not your average david cage enjoyer)

Estou aqui olhando pra tela pensando em como descrever tudo o que esse jogo me fez sentir e: não tem como. Eu não tenho o vocabulário pra isso, nem a capacidade pra processar todas as emoções pra transformar em palavras.

Eu poderia falar do design de tudo, em como o jogo consegue te guiar e conduzir a história de uma maneira onde você nunca fica perdida e de como tudo flui de maneira suave e contínua. Poderia falar do senso de exploração que ele aflora em você assim que se entra naquela casa maravilhosamente maluca e instigante. Da vontade de explorar todos os quartos, olhar todos os quadros, fotos, objetos. Conhecer todas as histórias.

Eu poderia dizer como essa história é engrandecida por estar em formato de um jogo. Sim, ela poderia ser contada em um filme, uma série, um livro. Mas não teria o mesmo impacto de vive-la. De interagir. De ser obrigada a dar os próximos, e últimos, passos, selando o destino dos personagens. É uma daquelas experiências que só videogames podem proporcionar e que eu adoro. O simples ato de mover os analógicos para frente e para trás, controlando as pernas livres de uma criança num balanço tem muito mais significado do que teria absorver isso de forma passiva.

Eu poderia (tentar) falar do texto bem escrito, da inventividade de cada história se apresentar numa forma diferente de de ser contada.

Poderia falar de tudo isso e, bom, eu falei. O que me trava é que eu não consigo expressar os sentimentos. Porque o jogo contém tudo isso que eu descrevi acima, mas foi tão mais para mim. Não tenho capacidade de traduzir a melancolia e a beleza intrínseca em todo o jogo, em sentenças que façam sentido e justiça. Explicar a tristeza, a esperança, a estranheza, o desespero e o fatalismo do destino inescapável, presentes em todos os cantos da casa e das histórias. É só genuinamente bonito demais.

Talvez seja uma daquelas obras em que a soma das partes é maior que o todo, por isso é difícil demais de definir e explicar a imensidão de tudo. O que eu sei é que é um jogo muito especial que me marcou e me tocou demais.