Ikenfell 2020

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43h 49m

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2 days

Last played

July 15, 2023

First played

August 14, 2021

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Não tão bom quanto eu lembrava. Numa segunda playthrough alguns pontos fracos ficaram bem evidentes — como o level design super básico, ou como cada capítulo parece seguir a mesmíssima fórmula ao ponto de as coisas ficarem previsíveis depois de um tempo. Mas seus pontos fortes continuam os mesmos: boa música, excelente combate e personagens bem diversos. Mais importante de tudo, é um jogo que transborda sinceridade e genuinidade.

Um RPG extremamente diverso e acessível - o que é diferente de um RPG com diversidade e acessibilidade. Esses temas não são um mero adicional ao game: eles percorrem todas as decisões mecânicas e narrativas do jogo, fazendo com que nada pareça forçado ou mal-pensado. É um game que quer que todos possam apreciar seu divertidíssimo combate e seu elenco único e carismático.

Ser acessível, entretanto, não é a mesma coisa de ser trivial. Pelo contrário, ninguém pode culpar Ikenfell de ser um RPG sem profundidade mecânica. Sua inspiração explícita nesse sentido é Paper Mario, mas com bem mais complexidade quantitativa (você controla três personagens, em vez de dois; o timing das ações têm dois estágios; há bem mais stats e equipamentos para você se preocupar) e qualitativa (a arena é grid-based, com o posicionamento de seus personagens sendo essencial para vitória; as animações dos ataques são bem mais variadas e longas, então o timing das ações é mais desafiador; há várias estratégias possíveis baseando-se em armadilhas, controle de multidões, stats-boosting, etc). Os combates entretém bastante do início ao fim e, caso você tenha alguma dificuldade com ele ou só não esteja com muita vontade de enfrentá-lo e só liga para a história, há várias opções para facilitar sua vida, inclusive a de vencer as batalhas automaticamente.

Falando na história, há muito o que gostar aqui. Nenhum dos personagens é estereotípico ou clichê, mas também não são exagerados e diferentões porque sim. São todos críveis e singulares, como deve ser. Eles carregam a trama com força e o desenvolvimento deles é o foco - o que não quer dizer que a ambientação e a mitologia que criaram para esse mundo também não tenham seu valor, muito pelo contrário, são tão bem construídos quanto o resto.

Por fim, sou obrigado a reservar algumas palavras específicas para a trilha sonora. Ela foi composta pelo dueto Aivi & Surasshu, que trabalharam em Steven Universo. A performance do duo aqui está no mesmo nível do desenho, com direito até a algumas músicas cantadas em momentos especiais.