Mais do que mera curiosidade tecnológica, I, Robot é um platformer 3D ainda original e criativo, mesmo quase meio século depois. Parte de sua singularidade se deve, claro, ao fato de ele ser um pioneiro do gênero – ou, melhor, do próprio conceito de jogos em três dimensões. Apesar de ele ter vindo antes de Super Mario abalar a indústria e criar o conceito do que entendemos por jogo de plataforma, o jogo não surgiu num vácuo. Já havia games de plataforma nessa época, tais como Miner 2049er. Eram aventuras confinadas a uma única tela e que o foco era caminhar por todas as plataformas, mudando suas cores ou estado, em vez de chegar ao fim do “nível” ou vencer todos os inimigos. I, Robot leva esse conceito às três dimensões, adicionando uma interessante narrativa entorno de uma inteligência artificial que ganha consciência se revolta contra um Grande Irmão digital – narrativa esta que contextualiza tanto o gameplay quanto a sua estética de early(iest) 3D. Não tem um fim propriamente dito, com os níveis se repetindo depois do 26, mas os níveis que existem são bem montados e demonstram que já em 1984 “level design” não era uma habilidade mística que só seria criada por Shigeru Miyamoto.

Reviewed on Feb 07, 2022


2 Comments


2 years ago

O jogo tem alguma relação com o livro?

2 years ago

Fora o nome, não que eu esteja ciente.