Need for Speed: Payback, é um jogo de carro nos moldes de corrida, mais um estilo de jogo que eu normalmente não jogo e decidi testar. O game se passa nos EUA e seu mapa é dividido em quatro principais regiões interligadas e divididas por cor no minimapa, com os nomes de Silver Rock, Liberty Desert, Silver Canyon e Mount Providence, o mapa é gigante, porém morto, com um monte de carros aleatórios que tentam dar vida ao mapa, mas falham, o jogo até implementa uma mecânica de ter outros players no mesmo mapa que você, mas que também não é efetivo para dar vivacidade ao mapa, já que você vê o cara por 30 sec e volta para fazer seus objetivos. Durante a história nós acompanhamos um grupo de quatro personagens, tendo três que fazem parte da gameplay, cada um correndo um tipo de corrida presente na história, e outro personagem que tem uma função mais relacionada ao enredo, eles são Tyler Morgan (protagonista que corre nas missões de corrida clássica e arrancadas), Jessica Miller (parte do trio principal que corre nas missões de fuga), Sean McAlister (parte do trio principal que corre nas missões de drift e off-road) e Ravi (mecânico do grupo). No início da história esses quarteto de personagens são traídos por Lina Navarro, membro de um grupo de apostadores que manipulam as corridas conhecidos como “Casa”, e então se juntam de maneira forçada ao Marcus Weir, um apostador dono de um cassino que quer derrubar a “Casa”, e durante todo o enredo do jogo acompanhamos uma história nesses moldes, não é ruim, é um pouco sem sal, mas é até divertidinho. O foco do jogo é na gameplay, que é bem satisfatória, com mecânicas de corridas simples, porém funcionais, uma variedade gigante de carros muito fodas e alguns modos de jogo embutidos em missões, que são, assim como já foi dito, corrida clássica (modo padrão), drift, arrancada, fuga e off-road, todos os modos são decentes e contém mecânicas próprias, porém ao jogar o modo off-road um monte de problema do jogo é exposto, como objetos mal polidos, ou seja o player bate em um pedra que no máximo faria o carro dar uma levantada e fica preso, porque ao invés de fazerem o molde da pedra minúscula colocam uma parede invisível, mortes bizarras, quando o jogador sai um pouco da pista, mas consegue voltar, porém o jogo já está te resetando, resets que demoram muito, as vezes é melhor reiniciar a corrida do que esperar o reset padrão e por último a física do jogo, que é muito bem feita nos saltos que o jogo quer que o player execute, mas extremamente porca em locais que não são as rampas de pulo. O jogo também tem um sistema de potência recomendado para cada missão e um sistema de upgrade baseado em cartas que bufão os status dos carros, aumentando a potência geral dele, e para seguir nas missões com certa facilidade é necessário dar uma grindizinho para alcançar a potência ideal. Tirando os problemas citados, que deixam o jogo frustrante, ele tem um gameplay imersiva e bem divertida um ponto positivo que ajuda nisso são os efeitos sonoros que são muito bem feitos, dando para escutar a diferença do motor do cada carro e a troca de marcha automática quando passa uma certa velocidade. Outro ponto forte presente no jogo são as músicas presentes na trilha sonora, que mescla algumas músicas de gêneros como o trap e pop de cantores famosos, tendo até uma música brasileira do grupo Haikaiss de nome “Rap Lord”, o único problema é a repetição excessiva que essas músicas tocam, que chega a encher o saco. O game possui gráficos relacionados ao cenário e aos carros excepcionais e durante as cutscenes os dos personagens também são bem feitos, o que me surpreendeu de certa forma.
Em suma é um jogo com uma boa gameplay, porém alguns problemas que podem atrapalhar na experiência dela, história mais ou menos e bons efeitos audiovisuais, acho que é um bom jogo pra quem curte o gênero, ou para se pegar em uma promoção.

Decidi re-jogar uma franquia de jogos que foi muito importante na minha infância e definitivamente é uma das minhas favoritas até os dias de hoje. Uncharted: Drake’s Fortune deve ser o jogo da franquia que eu menos tive contato, zerando ele apenas uma vez na minha infância e uma agora. O game se passa na pele de Nathan Drake, um suposto descendente do corsário inglês Francis Drake. Ele está ajudando a repórter Elena Fisher a achar o caixão de Francis, após achar no oceano o local onde o corsário supostamente morreu eles percebem que o dentro da tumba de rocha tem apenas uma caixa com um diário, que dá dicas de um tesouro que o ancestral de Nathan estava a procura. Depois disso ocorre um incidente e outro personagem importante é introduzido, o parceiro de Nate, Victor Sullivan e o jogo decorre sob a ótica da procura desse tesouro. O remaster é bem fiel ao original, adaptando basicamente os gráficos, porém deixando os moldes do mesmo, ou seja o jogo é bem cinzento e verde, o que não é ruim, é só uma característica dos games da época. A câmera ficou meio datada, tendo alguns momentos de parkour que ela mais atrapalha do que ajuda e a gameplay é padrão dos jogos dessa franquia,shooter em terceira pessoa com bastante parkour e uma pitada de puzzles, que são bem fáceis por sinal, lembro de ter passado muito aperto para resolvê-los na infância. A trilha sonora é ótima e extremamente nostálgica, e os efeitos sonoros são básicos, tudo isso dentro de uma narrativa incrível e muito bem feita. Para mim é o pior jogo da franquia, mas ainda sim é uma ótima experiência para se revisitar, ou para experienciar pela primeira vez.

Para continuar a saga de re-zerar os jogos da franquia Uncharted fui para o segundo título da série “Uncharted 2: Among Thieves”, assim como o primeiro não tinha jogado tanto na minha infância tendo zerado ele apenas duas vezes anteriormente. O jogo se inicia quando Harry Flynn, um conhecido do Nate, o encontra em uma praia e faz a proposta de roubar um objeto que daria pistas de uma das expedições do Marco Polo de um museu localizado na Turquia, e para ajudá-los no roubo ele também convidou Chloe Frazer como piloto de fuga. Após pegar as pistas necessárias, Flynn trai Nate e faz ele ser preso, depois de três meses na cadeia, Sullivan e Chloe pagam a fiança de Drake e juntos partem atrás dos segredos de Marco Polo. O game possui uma ótima história, com o início do jogo se passando no presente e uma volta no tempo para entender como Nathan foi parar naquela situação. Além disso, o enredo apresenta personagens já conhecidos e outros novos que são, na minha opinião, muito bem aproveitados pelo roteiro. Sobre o gráfico apresentado é uma situação semelhante ao remaster do primeiro título, porém o segundo jogo já possui uma paleta de cores mais moderna, fazendo parecer que ele é mais bonito e vívido, os cenários são lindos e muito bem feitos. Sobre a gameplay é uma completa evolução em relação ao antecessor, contendo novas mecânicas na parte de tiro e o stealth se tornando um meio viável de passar de fase, os puzzles são tranquilos, porém agora é possível folhear todo todo o caderno de anotações do Drake durante os quebras cabeças, que contém algumas anotações bem interessantes sobre o protagonista e os personagens secundários, mas infelizmente a câmera continua atrapalhando um pouco no parkour. A trilha sonora se mantém sendo um ponto forte sendo extremamente nostálgica. No geral entendo porque é o título favorito da franquia de muita gente, é muito bom e divertido.

Seguindo a ordem dos jogos da série Uncharted, após zerar “Uncharted: Drake’s Fortune” e “Uncharted 2: Among Thieves”, fui para o “Uncharted 3: Drake’s Deception”, o meu jogo favorito da saga e o que eu mais tive contato na infância, tendo zerado ele no mínimo cinco vezes quando pequeno. O jogo se inicia com Sully e Nate partindo para uma negociação em um pub em Londres e após nenhum dos lados entrarem em acordo eles partem para uma porradaria generalizada. O game tem um sistema de luta um pouco mais apurado que os anteriores adicionando um brutamonte sem ser os juggernauts que já estavam presentes na franquia e um sistema de luta com alguns quick time events para desviar das porradas. Além disso, o jogo contém uma parte no passado do Nate, respondendo algumas coisas da história do personagem e gerando algumas dúvidas que vão ser respondidas no próximo jogo da franquia. A gameplay continua tendo o aperfeiçoamento do stealth, além de ter as melhoras nas lutas corpo a corpo, também tem nos puzzles, que continuam fáceis, porém um pouco mais difícil que nos games anteriores, o parkour na minha opinião continua com os mesmos problemas com as câmeras. Não preciso nem falar como a trilha sonora desse jogo é fantástica e o gráfico não fica para trás, me lembro da primeira vez que joguei, quando vi as rugas e sujeiras no rosto do Nate eu pensei que era o auge da tecnologia e rejogando agora, acho que o game continua bem bonito. Para mim Uncharted 3 é mais que um jogo, é parte da minha infância e tenho muito apreço pelo jogo, quando liguei ele para re-zerar fiquei as duas primeiras horas de gameplay sorrindo de estar revendo uma história tão marcante e acho o enredo tão bom que não consegui parar, zerei o jogo de uma vez, sem pausas.

Partindo para o último jogo da saga principal de Uncharted, “Uncharted 4: A Thief's end” é outro jogo da saga que tenho muito apreço, foi meu primeiro jogo de PS4 e definitivamente um dos melhores jogo que eu já joguei, em termos de narrativa. O game começa na pegada do segundo jogo da franquia, com cenas avançadas da gameplay e depois volta em um passado um pouco distante, no qual Nate está em uma prisão no Panamá junto com seu irmão Samuel e com um parceiro que está financiando os dois irmão em uma “caça ao tesouro” Rafe Alder. Após alguns minutos de gameplay e uma cena de partir o coração, o jogo vai para onde a história se inicia sem backgrounds, em que Nate e Elena são um casal e Nate está vivendo uma vida normal. Como eu disse, a narrativa desse jogo é insana, tendo momentos na infância de Nathan, em um passado recente, no presente e ao final do game uma parte extremamente emocionante do futuro do protagonista, além da história em si que é de extrema qualidade. Sobre a gameplay o jogo tem a melhor luta final de toda a franquia, além de inovações adicionada em todos os aspectos de gameplay como as lutas á punho mais dinâmicas, um sistema divertido no qual os é possível ver exatamente onde o tiro foi, o que é inútil, porém legal, novidades no parkour, como locais para escorregar e um tipo de corda com um gancho na ponta que possibilita se dependurar em alguns locais, o game também adiciona momentos de direção de veículos, que é realmente bem feito, e os puzzles, que tem alguns que são mais intuitivos, não é só olhar no livrinho e copiar o que tem que fazer com o que está escrito. A trilha sonora me surpreendeu, não lembrava que era tão boa e os gráficos são muito bons até para jogos atuais. O game também possui um multiplayer bem interessante e divertido, porém é meio esquecido. “Uncharted 4: A Thief's end” é uma perfeita finalização para o Nathan, o jogo é real muito bom em todos os aspectos, rejogar essa série me emocionou de verdade, quando eu vi o final desse game meus olhos se encheram de lágrimas, recomendo muito esse jogo e essa franquia para quem nunca jogou ou quem já jogou faz um tempo.

“Uncharted The Lost Legacy” foi o último jogo da minha maratona Uncharted, diferentemente dos outros jogos nesse título da franquia o personagem principal é a Chloe e como dupla ela tem ao lado a antiga rival de Nate, Nadine Ross. O jogo inteiro se passa na Índia, país no qual Chloe nasceu, o que é um pouco diferente para a franquia, já que todos os títulos anteriores tem entre dois a quatro países por jogo. No quesito história o game se inicia com a Chloe e a Nadine roubando um artefato de um exército revolucionário indiano, pois esse item seria chave para um tesouro e o jogo se passa quase inteiro sob essa ótica, dando um pouco de ênfase no passado da protagonista. Falando ainda sobre o enredo o game adiciona um vilão bem carismático que na minha opinião é o melhor de toda a saga. Já sobre a gameplay, a base é a mesma de todos os Uncharted’s, porém esse jogo adiciona lockpick como mecânica nova, além de como principal novidade, uma pequena área aberta explorável no meio do game, nela tem algumas missões secundárias bem divertidas que ao final de todas o player recebe um item que ajuda a localizar os coletáveis em forma de tesouro, o jogo também contém muito mais direção de veículos e os puzzles que definitivamente são mais legais e intuitivos, uma vez que não tem diários ou cadernos para te auxiliar. O jogo possui gráficos semelhantes ao seu antepassado e a trilha sonora é boa, o que é de costume para a franquia. Gostaria de pontuar também o carinho que o jogo tem nos créditos, colocando algumas artes bonitinhas e uma cena engraçadinha no meio. Em suma “Uncharted The Lost Legacy” foi uma grata surpresa, não achei que iria gostar tanto do game pelo fato de não ter os personagens mais emblemáticos, como o Victor, a Elena e o próprio Nate, porém estava errado o jogo é bem competente em todos os aspectos, inovando na gameplay, na medida do possível, e trazendo mais um bom trabalho no quesito enredo.

“Sherlock Holmes: The Devil’s Daughter” é um point and click investigativo com uma pitada de puzzles e alguns quick time events, acompanhado por uma ambientação de suspense bem legal. O jogo tem como protagonista, obviamente, o Sherlock Holmes e foca na resolução de cinco principais casos. Cada caso é meio episódico tendo a presença de alguns personagens importantes do universo de outras obras do protagonista. Os casos vão desde sumiços até assassinatos e a única coisa realmente importante para a finalização da história principal é a relação de Sherlock com sua filha. Sobre a gameplay, é possível controlar Holmes em primeira e terceira pessoa, durante o jogo é possível utilizar o modo talento que ajuda a rastrear coisas ocultas, modo de inspeção, no qual é player analisa características físicas, como trajes e machucados, de alguns personagens, modo de exploração, que é auto explicativo e o modo de dedução que é como se resolve os casos, nele ficam algumas pistas que são adquiridas durante os casos e ao juntá-la aparece as possíveis soluções com diferentes escolhas éticas, não possui certo ou errado na resolução dos crimes. Como todo point and click, os diálogos são de extrema importância, mas outra coisa que divide o foco dos diálogos nesse game, são os puzzles que tem alguns que são realmente trabalhoso e demorados, tendo uns quebra cabeças que o player controla dois personagens para resolver (que deixa mais demorado) e outros que são meio chatinhos de se entender (sendo realmente difícil até pegar a manha do que fazer), mas caso o player não goste ou simplesmente ficou preso em um puzzle é possível pular, fazendo o game progredir para depois da finalização deste desafio. O jogo possui uma trilha sonora boa, o que deixa a imersão bem legal, mesmo com gráficos um pouco abaixo. O jogo demorou a me prender, mas quando prendeu foi rapidinho pra terminar, foi meio cansativo, pois não é meu gênero favorito mas valeu a pena, a única ressalva que eu tenho é nas exploração que os controles poderiam ser mais polidos, parece que o Sherlock anda com sabão nos pés e isso junta com o mal polimento dos objetos, que faz uma simples cadeira ser uma parede invisível imensa, deixando difícil passar em locais estreitos.