“Sherlock Holmes: The Devil’s Daughter” é um point and click investigativo com uma pitada de puzzles e alguns quick time events, acompanhado por uma ambientação de suspense bem legal. O jogo tem como protagonista, obviamente, o Sherlock Holmes e foca na resolução de cinco principais casos. Cada caso é meio episódico tendo a presença de alguns personagens importantes do universo de outras obras do protagonista. Os casos vão desde sumiços até assassinatos e a única coisa realmente importante para a finalização da história principal é a relação de Sherlock com sua filha. Sobre a gameplay, é possível controlar Holmes em primeira e terceira pessoa, durante o jogo é possível utilizar o modo talento que ajuda a rastrear coisas ocultas, modo de inspeção, no qual é player analisa características físicas, como trajes e machucados, de alguns personagens, modo de exploração, que é auto explicativo e o modo de dedução que é como se resolve os casos, nele ficam algumas pistas que são adquiridas durante os casos e ao juntá-la aparece as possíveis soluções com diferentes escolhas éticas, não possui certo ou errado na resolução dos crimes. Como todo point and click, os diálogos são de extrema importância, mas outra coisa que divide o foco dos diálogos nesse game, são os puzzles que tem alguns que são realmente trabalhoso e demorados, tendo uns quebra cabeças que o player controla dois personagens para resolver (que deixa mais demorado) e outros que são meio chatinhos de se entender (sendo realmente difícil até pegar a manha do que fazer), mas caso o player não goste ou simplesmente ficou preso em um puzzle é possível pular, fazendo o game progredir para depois da finalização deste desafio. O jogo possui uma trilha sonora boa, o que deixa a imersão bem legal, mesmo com gráficos um pouco abaixo. O jogo demorou a me prender, mas quando prendeu foi rapidinho pra terminar, foi meio cansativo, pois não é meu gênero favorito mas valeu a pena, a única ressalva que eu tenho é nas exploração que os controles poderiam ser mais polidos, parece que o Sherlock anda com sabão nos pés e isso junta com o mal polimento dos objetos, que faz uma simples cadeira ser uma parede invisível imensa, deixando difícil passar em locais estreitos.

“Uncharted The Lost Legacy” foi o último jogo da minha maratona Uncharted, diferentemente dos outros jogos nesse título da franquia o personagem principal é a Chloe e como dupla ela tem ao lado a antiga rival de Nate, Nadine Ross. O jogo inteiro se passa na Índia, país no qual Chloe nasceu, o que é um pouco diferente para a franquia, já que todos os títulos anteriores tem entre dois a quatro países por jogo. No quesito história o game se inicia com a Chloe e a Nadine roubando um artefato de um exército revolucionário indiano, pois esse item seria chave para um tesouro e o jogo se passa quase inteiro sob essa ótica, dando um pouco de ênfase no passado da protagonista. Falando ainda sobre o enredo o game adiciona um vilão bem carismático que na minha opinião é o melhor de toda a saga. Já sobre a gameplay, a base é a mesma de todos os Uncharted’s, porém esse jogo adiciona lockpick como mecânica nova, além de como principal novidade, uma pequena área aberta explorável no meio do game, nela tem algumas missões secundárias bem divertidas que ao final de todas o player recebe um item que ajuda a localizar os coletáveis em forma de tesouro, o jogo também contém muito mais direção de veículos e os puzzles que definitivamente são mais legais e intuitivos, uma vez que não tem diários ou cadernos para te auxiliar. O jogo possui gráficos semelhantes ao seu antepassado e a trilha sonora é boa, o que é de costume para a franquia. Gostaria de pontuar também o carinho que o jogo tem nos créditos, colocando algumas artes bonitinhas e uma cena engraçadinha no meio. Em suma “Uncharted The Lost Legacy” foi uma grata surpresa, não achei que iria gostar tanto do game pelo fato de não ter os personagens mais emblemáticos, como o Victor, a Elena e o próprio Nate, porém estava errado o jogo é bem competente em todos os aspectos, inovando na gameplay, na medida do possível, e trazendo mais um bom trabalho no quesito enredo.

Partindo para o último jogo da saga principal de Uncharted, “Uncharted 4: A Thief's end” é outro jogo da saga que tenho muito apreço, foi meu primeiro jogo de PS4 e definitivamente um dos melhores jogo que eu já joguei, em termos de narrativa. O game começa na pegada do segundo jogo da franquia, com cenas avançadas da gameplay e depois volta em um passado um pouco distante, no qual Nate está em uma prisão no Panamá junto com seu irmão Samuel e com um parceiro que está financiando os dois irmão em uma “caça ao tesouro” Rafe Alder. Após alguns minutos de gameplay e uma cena de partir o coração, o jogo vai para onde a história se inicia sem backgrounds, em que Nate e Elena são um casal e Nate está vivendo uma vida normal. Como eu disse, a narrativa desse jogo é insana, tendo momentos na infância de Nathan, em um passado recente, no presente e ao final do game uma parte extremamente emocionante do futuro do protagonista, além da história em si que é de extrema qualidade. Sobre a gameplay o jogo tem a melhor luta final de toda a franquia, além de inovações adicionada em todos os aspectos de gameplay como as lutas á punho mais dinâmicas, um sistema divertido no qual os é possível ver exatamente onde o tiro foi, o que é inútil, porém legal, novidades no parkour, como locais para escorregar e um tipo de corda com um gancho na ponta que possibilita se dependurar em alguns locais, o game também adiciona momentos de direção de veículos, que é realmente bem feito, e os puzzles, que tem alguns que são mais intuitivos, não é só olhar no livrinho e copiar o que tem que fazer com o que está escrito. A trilha sonora me surpreendeu, não lembrava que era tão boa e os gráficos são muito bons até para jogos atuais. O game também possui um multiplayer bem interessante e divertido, porém é meio esquecido. “Uncharted 4: A Thief's end” é uma perfeita finalização para o Nathan, o jogo é real muito bom em todos os aspectos, rejogar essa série me emocionou de verdade, quando eu vi o final desse game meus olhos se encheram de lágrimas, recomendo muito esse jogo e essa franquia para quem nunca jogou ou quem já jogou faz um tempo.

Seguindo a ordem dos jogos da série Uncharted, após zerar “Uncharted: Drake’s Fortune” e “Uncharted 2: Among Thieves”, fui para o “Uncharted 3: Drake’s Deception”, o meu jogo favorito da saga e o que eu mais tive contato na infância, tendo zerado ele no mínimo cinco vezes quando pequeno. O jogo se inicia com Sully e Nate partindo para uma negociação em um pub em Londres e após nenhum dos lados entrarem em acordo eles partem para uma porradaria generalizada. O game tem um sistema de luta um pouco mais apurado que os anteriores adicionando um brutamonte sem ser os juggernauts que já estavam presentes na franquia e um sistema de luta com alguns quick time events para desviar das porradas. Além disso, o jogo contém uma parte no passado do Nate, respondendo algumas coisas da história do personagem e gerando algumas dúvidas que vão ser respondidas no próximo jogo da franquia. A gameplay continua tendo o aperfeiçoamento do stealth, além de ter as melhoras nas lutas corpo a corpo, também tem nos puzzles, que continuam fáceis, porém um pouco mais difícil que nos games anteriores, o parkour na minha opinião continua com os mesmos problemas com as câmeras. Não preciso nem falar como a trilha sonora desse jogo é fantástica e o gráfico não fica para trás, me lembro da primeira vez que joguei, quando vi as rugas e sujeiras no rosto do Nate eu pensei que era o auge da tecnologia e rejogando agora, acho que o game continua bem bonito. Para mim Uncharted 3 é mais que um jogo, é parte da minha infância e tenho muito apreço pelo jogo, quando liguei ele para re-zerar fiquei as duas primeiras horas de gameplay sorrindo de estar revendo uma história tão marcante e acho o enredo tão bom que não consegui parar, zerei o jogo de uma vez, sem pausas.

Para continuar a saga de re-zerar os jogos da franquia Uncharted fui para o segundo título da série “Uncharted 2: Among Thieves”, assim como o primeiro não tinha jogado tanto na minha infância tendo zerado ele apenas duas vezes anteriormente. O jogo se inicia quando Harry Flynn, um conhecido do Nate, o encontra em uma praia e faz a proposta de roubar um objeto que daria pistas de uma das expedições do Marco Polo de um museu localizado na Turquia, e para ajudá-los no roubo ele também convidou Chloe Frazer como piloto de fuga. Após pegar as pistas necessárias, Flynn trai Nate e faz ele ser preso, depois de três meses na cadeia, Sullivan e Chloe pagam a fiança de Drake e juntos partem atrás dos segredos de Marco Polo. O game possui uma ótima história, com o início do jogo se passando no presente e uma volta no tempo para entender como Nathan foi parar naquela situação. Além disso, o enredo apresenta personagens já conhecidos e outros novos que são, na minha opinião, muito bem aproveitados pelo roteiro. Sobre o gráfico apresentado é uma situação semelhante ao remaster do primeiro título, porém o segundo jogo já possui uma paleta de cores mais moderna, fazendo parecer que ele é mais bonito e vívido, os cenários são lindos e muito bem feitos. Sobre a gameplay é uma completa evolução em relação ao antecessor, contendo novas mecânicas na parte de tiro e o stealth se tornando um meio viável de passar de fase, os puzzles são tranquilos, porém agora é possível folhear todo todo o caderno de anotações do Drake durante os quebras cabeças, que contém algumas anotações bem interessantes sobre o protagonista e os personagens secundários, mas infelizmente a câmera continua atrapalhando um pouco no parkour. A trilha sonora se mantém sendo um ponto forte sendo extremamente nostálgica. No geral entendo porque é o título favorito da franquia de muita gente, é muito bom e divertido.

Decidi re-jogar uma franquia de jogos que foi muito importante na minha infância e definitivamente é uma das minhas favoritas até os dias de hoje. Uncharted: Drake’s Fortune deve ser o jogo da franquia que eu menos tive contato, zerando ele apenas uma vez na minha infância e uma agora. O game se passa na pele de Nathan Drake, um suposto descendente do corsário inglês Francis Drake. Ele está ajudando a repórter Elena Fisher a achar o caixão de Francis, após achar no oceano o local onde o corsário supostamente morreu eles percebem que o dentro da tumba de rocha tem apenas uma caixa com um diário, que dá dicas de um tesouro que o ancestral de Nathan estava a procura. Depois disso ocorre um incidente e outro personagem importante é introduzido, o parceiro de Nate, Victor Sullivan e o jogo decorre sob a ótica da procura desse tesouro. O remaster é bem fiel ao original, adaptando basicamente os gráficos, porém deixando os moldes do mesmo, ou seja o jogo é bem cinzento e verde, o que não é ruim, é só uma característica dos games da época. A câmera ficou meio datada, tendo alguns momentos de parkour que ela mais atrapalha do que ajuda e a gameplay é padrão dos jogos dessa franquia,shooter em terceira pessoa com bastante parkour e uma pitada de puzzles, que são bem fáceis por sinal, lembro de ter passado muito aperto para resolvê-los na infância. A trilha sonora é ótima e extremamente nostálgica, e os efeitos sonoros são básicos, tudo isso dentro de uma narrativa incrível e muito bem feita. Para mim é o pior jogo da franquia, mas ainda sim é uma ótima experiência para se revisitar, ou para experienciar pela primeira vez.

Need for Speed: Payback, é um jogo de carro nos moldes de corrida, mais um estilo de jogo que eu normalmente não jogo e decidi testar. O game se passa nos EUA e seu mapa é dividido em quatro principais regiões interligadas e divididas por cor no minimapa, com os nomes de Silver Rock, Liberty Desert, Silver Canyon e Mount Providence, o mapa é gigante, porém morto, com um monte de carros aleatórios que tentam dar vida ao mapa, mas falham, o jogo até implementa uma mecânica de ter outros players no mesmo mapa que você, mas que também não é efetivo para dar vivacidade ao mapa, já que você vê o cara por 30 sec e volta para fazer seus objetivos. Durante a história nós acompanhamos um grupo de quatro personagens, tendo três que fazem parte da gameplay, cada um correndo um tipo de corrida presente na história, e outro personagem que tem uma função mais relacionada ao enredo, eles são Tyler Morgan (protagonista que corre nas missões de corrida clássica e arrancadas), Jessica Miller (parte do trio principal que corre nas missões de fuga), Sean McAlister (parte do trio principal que corre nas missões de drift e off-road) e Ravi (mecânico do grupo). No início da história esses quarteto de personagens são traídos por Lina Navarro, membro de um grupo de apostadores que manipulam as corridas conhecidos como “Casa”, e então se juntam de maneira forçada ao Marcus Weir, um apostador dono de um cassino que quer derrubar a “Casa”, e durante todo o enredo do jogo acompanhamos uma história nesses moldes, não é ruim, é um pouco sem sal, mas é até divertidinho. O foco do jogo é na gameplay, que é bem satisfatória, com mecânicas de corridas simples, porém funcionais, uma variedade gigante de carros muito fodas e alguns modos de jogo embutidos em missões, que são, assim como já foi dito, corrida clássica (modo padrão), drift, arrancada, fuga e off-road, todos os modos são decentes e contém mecânicas próprias, porém ao jogar o modo off-road um monte de problema do jogo é exposto, como objetos mal polidos, ou seja o player bate em um pedra que no máximo faria o carro dar uma levantada e fica preso, porque ao invés de fazerem o molde da pedra minúscula colocam uma parede invisível, mortes bizarras, quando o jogador sai um pouco da pista, mas consegue voltar, porém o jogo já está te resetando, resets que demoram muito, as vezes é melhor reiniciar a corrida do que esperar o reset padrão e por último a física do jogo, que é muito bem feita nos saltos que o jogo quer que o player execute, mas extremamente porca em locais que não são as rampas de pulo. O jogo também tem um sistema de potência recomendado para cada missão e um sistema de upgrade baseado em cartas que bufão os status dos carros, aumentando a potência geral dele, e para seguir nas missões com certa facilidade é necessário dar uma grindizinho para alcançar a potência ideal. Tirando os problemas citados, que deixam o jogo frustrante, ele tem um gameplay imersiva e bem divertida um ponto positivo que ajuda nisso são os efeitos sonoros que são muito bem feitos, dando para escutar a diferença do motor do cada carro e a troca de marcha automática quando passa uma certa velocidade. Outro ponto forte presente no jogo são as músicas presentes na trilha sonora, que mescla algumas músicas de gêneros como o trap e pop de cantores famosos, tendo até uma música brasileira do grupo Haikaiss de nome “Rap Lord”, o único problema é a repetição excessiva que essas músicas tocam, que chega a encher o saco. O game possui gráficos relacionados ao cenário e aos carros excepcionais e durante as cutscenes os dos personagens também são bem feitos, o que me surpreendeu de certa forma.
Em suma é um jogo com uma boa gameplay, porém alguns problemas que podem atrapalhar na experiência dela, história mais ou menos e bons efeitos audiovisuais, acho que é um bom jogo pra quem curte o gênero, ou para se pegar em uma promoção.

Mafia III é um shooter mudo aberto que se passa em 1968 na cidade fictícia de New Bordeaux e o jogador vive na pele de Lincoln Clay, um ex guerrilheiro da Guerra do Vietnã, que ao voltar para casa e para ajudar sua família adotiva faz um trabalho para a máfia italiana, mandada por Sal Marcano, que visando o máximo lucro trai Lincoln matando os membros de sua família, durante a ataque Clay leva um tiro de raspão na cabeça e não morre por pouco e isso o leva ao coma. Quando ele acorda vai atrás de vingança com ajuda de Donovan (amigo que Lincoln fez durante a guerra e membro da CIA), Cassandra (chefe da máfia haitiana que visa derrubar Sal), Burke (um Irlandes que teve o filho morto por Marcano após ele ajudar a família de Lincoln no trabalho da máfia italiana) e Vito Scaletta (que após ser retirado de Empire Bay vai para New Bordeaux, mas Marcano não gosta da presença dele e tenta matá-lo). O jogo tem uma narrativa passado presente bem interessante, sendo o passado a gameplay na pele de Lincoln e o presente algumas cutscenes de personagens falando sobre seus atos, como se tivessem em um documentário. Durante o gameplay o jogador deve tomar todas as áreas da cidade e cada áreas tem dois minibosses que levaram para um boss e assim é feito até chegar no Sal Marcano, na minha opinião isso fez o jogo ficar muito repetitivo e bem maçante, principalmente tendo em vista que as missões são sempre as mesmas, adaptando apenas alguns detalhes para fazer sentido de acordo com o esquema do Marcano que você está tentando derrubar. O jogo tem uma IA ridícula fazendo pessoas se jogarem em direção a rua só porque você está em auto velocidade perto do passeio, quando você vai passar um cruzamento o npc joga o carro no meio e para, durante as gunfights que os inimigos rushão em você e quando um dos caras é um sentinela (membro da gangue que pede reforços) ele simplesmente vira as costas e sai correndo, mas o mais bizarro é quando o player está sendo perseguido e levando tiro e passa do lado da polícia, os policiais vão simplesmente atrás do jogador e ligam o fodase para os cara que estão atirando, isso me deu uma dor de cabeça na missão de Satangelo. O jogo tem gráficos bem legalzinho mas bugão o tempo todo, perdendo texturas, fazendo o jogo ficar todo brilhante ou todo preto por alguns segundos, o que atrapalha. A ambientação é bem feita e os coletáveis fazem sentido com a época do jogo, porém tem apenas três rádios com pouquíssimas músicas, além dos bugs visuais e os carros aparecendo do nada e bugando no chão que atrapalham a ambientação e a imersão durante a gameplay. No geral é um jogo com boa narrativa e história, mas tem a gameplay atrapalhada por bugs e pela burrice dos NPC’s.

Lost Ruins é um indie metroidvania com alguns puzzles, durante o jogo o player controla uma garota que do nada acorda em um outro mundo sem nenhuma memória e vai atrás da seguidoras da Dama das Sombras, pois se matá-las vai, supostamente, vai recuperar a memória. O game tem uma gameplay um pouco complexa que demora um pouco para dominar, tendo lutas que demandam extrema precisão com os controles, diversos inimigos com diferentes padrões de ataque e alguns deles aplicam status negativos, dois slots de armas na qual cada uma tem uma velocidade de ataque que influencia diretamente da gameplay, dois slots de feitiços que tem extrema importância para passar de alguns obstáculos, slots para itens passivos o que possibilita a criação de algumas builds e a presença de itens ativo que são a única forma de cura/ recuperação de mana existentes nesse jogo, já que as outras forma são a de ter sorte de dropar de um monstro ou vim de um item passivo. Além disso, cada efeito das armas ou dos feitiços podem interferir em certos ambientes, por exemplo, caso use armas que aplicam veneno na água, o líquido será contaminado e causará dano no jogador ou seja é um jogo que tem como forte o combate que é extremamente completo que vai se atualizando conforme libera equipamentos e descobre novos monstros. Os bosses são garotas que normalmente tem três fases de luta, que quando passa muda o padrão de ataque, porém quando domina esse padrão fica fácil, pois em nenhuma fase elas têm muita vida, o único boss que eu tive muita dificuldade foi a menina inseto que usa um arco. Os mapas são bem simples em comparação com outros metroidvanias, sendo relativamente lineares e tendo puzzles bem tranquilos de resolver. Falando em aspectos gráfico, o game é bem bonitinho e tem um visual que eu gostei bastante, mas quando se fala de efeitos sonoros e trilha sonora o game fica bem mediano, tendo uma trilha sonora que muda de acordo com os ambientes do mapa, porém achei as músicas meio me e os efeitos sonoros caem em uma repetição extrema. No geral achei um jogo que tem uma gameplay extremamente acima da média, gráficos legais, efeitos sonoros que no geral são meio abaixo e uma história meio fraca. Acho que deve haver outros jogos desse gênero que valham jogar antes desse.

Aragami é um indie que tem como principal gênero o stealth no qual o player controla o “Aragami” um espírito invocado com poder das sobras, podendo se teletransportar por elas e utilizá-las como arma e neste caso essa entidade tem sede de vingança. Durante a gameplay o jogador vai lutar contra o exército da luz e seus generais com a finalidade de libertar Yamiko, quem o invocou. No game tem alguns pergaminhos que podem ser usados na árvore de habilidades, que tem skills de localização, de stun, de dano e de outras utilidades, que dá um ar de progressão durante as fases, a gameplay no geral é padrão do gênero, somado com essa forma de ir desbloqueando habilidades durante as jogada. O único problema é a incoerência dos inimigos que às vezes parecem umas batatas e do nada ligam um instinto superior bloqueando e contra atacando sem o player nem ter atacado, ou ativando uma mira surreal que fazem os projéteis de luz que saem pelas espadas ficarem teleguiadas e ignorando paredes, mas no geral é uma gameplay divertida. A história é bem legalzinha e tem um plot final que realmente me surpreendeu. E graficamente o jogo tem sua personalidade, mesmo com texturas mais simples. Tendo também efeitos e trilha sonora que combinam perfeitamente com o ambiente. Na minha opinião o ponto forte do jogo é o coop, que segue a história principal só que com amigos, joguei com mais um amigo e foi sensacional e muito engraçado, me diverti muito com ele e as táticas sem sentido que nós tentamos executar acompanhadas de inúmeras mortes, porém acho que se tiver mais de dois players vai ser uma real zorra. Em suma adorei a experiência, mas não sei se teria a mesma visão se tivesse jogado sozinho. Outra coisa que gostaria de pontuar é a ausência de legendas em portugues, então para quem não sabe inglês, não acho uma boa, pois a história é legalzinha de acompanhar e acho que não é um jogo que compense apenas pela gameplay.

Evil West é um hack and slash que se passa no velho oeste americano, em uma realidade onde vampiros e outros monstros dominam essa terra. O protagonista do jogo é Jesse Rentier, um caçador de vampiros da instituição Rentier, fundada pelo seu próprio pai. Acompanhamos o Jesse em um momento no qual os vampiros, sob comando de Felicity, pretendem iniciar uma guerra contra os humanos e o plano dessas criaturas está dando certo, destruindo grande parte das defesas humanas no primeiro ataque, isso é vivenciado durante 16 capítulos em diferentes locais dessa terra sem lei, enfim a história parece interessante mas no final achei ela meio chatinha. O jogo tem cenários muito legais com tons de vermelho para dar uma sensação de que tudo é meio sangrento, no geral eles são bem bonitos, mas infelizmente o jogo coloca um monte de paredes invisíveis ao invés de modelar os objetos para impedir a passagem do jogador, isso me deixou meio decepcionado. A trilha sonora do jogo é decente contendo boas músicas de background e quando o momento é de tensão elas cessão, fazendo um bom papel de ambientação com os efeitos sonoros. Mas onde o jogo brilha mesmo é na gameplay, sendo muito frenética e dinâmica, com muita variedade de inimigos que aparecem aos montes nos locais de batalha e com execuções diferentes e sangrentas para cada tipo de inimigo. No game também tem árvores de habilidade e como buffar suas diversas armas que são conquistadas durante o progresso do jogo, o que é legal, pois assim é possível desbloquear novos ataques e etc. A gameplay no geral é de simples aprendizado, deixando o jogo gostosinho de jogar quando não se quer pensar muito. Em suma, é um jogo que a jogabilidade salva deixando bem divertido.


“The Textorcist: The Village” é uma Dlc de “The Textorcist: The Story Of Ray Bibbia”, que segue a mesma ideia do jogo base, um bullet hell frenético, com um enredo lotado de ironia somado com uma boa qualidade textual, uma boa trilha sonora e ótima pixel arte. A extensão se passa antes dos acontecimentos do game original, quando Ray é chamado por Conde Drácula para um jantar na vila Castle Di Vânia, quando o protagonista chega lá encontra uma vila extremamente tecnológica e um pouco estranha, estão Ray decide investigar o local. A Dlc tira as mecânicas de possessão e de buff/debuffs que contém no jogo base e adiciona, durante as lutas, uns morcegos que te dão dano se não for digitado a letra que aparecem neles e umas contas de matemática básica com o objetivo de dar um desafio novo para o jogador. Ela contém 3 capítulos cada um com uma boss fight, achei um pouco curto demais e na minha opinião o conteúdo adicional é muito mais fácil que o original. Porém mesmo assim é bom para quem gostou do jogo base, principalmente levando em consideração que é apenas 7 R$.

Blasphemous é um indie de gênero metroidvania, com alguns desafios de plataforma e uma gameplay extremamente precisa e satisfatória. O jogo se passa em um mundo bizarro e meio grotesco no qual nosso protagonista, chamado durante o jogo de Penitente, desperta. Ele é membro da Irmandade da Tristeza Silenciosa, culto que faz voto de silêncio como penitência de seus pecados, e seu objetivo é acabar com o sofrimento que o Milagre causa a esse universo. Tudo isso em meio de uma pixel arte linda que retrata esse mundo com todas as suas nuances e detalhes, somada com uma trilha sonora de arrepiar que contrasta perfeitamente com os cenários. A gameplay é bem dinâmica e complexa tendo diversos tipos de inimigos e algumas mecânicas de combate como esquiva, bloqueio de ataque, ataque a longa distância, ataque carregado, magia carregada, dash com dano e execuções que são extremamente bem feitas e brutais. Fora de combate tem alguns slots que podem ser preenchidos com itens que buffam o personagem, desde seu bloqueio até tempo de recarga do dash. A cada inimigo o player tem que se adaptar aos seus ataques, tendo algumas vezes que é melhor bloquear, repelir, desviar ou até mesmo sair correndo. As boss fights são, no geral, desafiadoras e a cada vez repetida o jogador sente que está melhorando e se adaptando ao adversário. No geral o jogo é muito bom e foi uma ótima experiência de me aprofundar nesse mundo obscuro e absurdamente lindo, recomendo demais.

Estava muito afim de jogar um jogo de gangue que se passa no passado, não tinha Red Dead então foi Mafia II, mesmo sabendo que a época que os jogos se passam são bem diferentes. O jogo progride em dois tempos distintos, um em 1945 e outra em 1951, após um timeskip relacionado com eventos da história, durante todo esse tempo o player controla Vittorio Antonio Scaletta, de apelido Vito, imigrante italiano vindo de família pobre que decide entrar no mundo das máfias ítalo americanas para mudar isso.Em todo o tempo o game se passa na cidade fictícia de Empire Bay, que tem uma ambientação fantástica e é possível ver a diferença em questão da modernização antes e depois do timeskip, o que é perfeito. A história é simplesmente bizarra de boa, prendendo o jogador do início ao fim, tendo personagens muitíssimo carismáticos com o Joe e Leo, dentre outros, um enredo que progride de maneira leve e vai ficando mais pesado conforme o jogo evolui e um final que é extremamente foda, um dos melhores em quetão de narrativa que joguei ultimamente. Sobre a trilha sonora, ela surpreende principalmente quando se fala das rádios que tem no jogo, que tocam algumas músicas da época que o game se passa, dando uma maior imersão, são poucas músicas, só que elas dão para o gasto e como o cenário, após o timeskip as músicas também mudam, já os efeitos sonoros são muito bons. Porém nem tudo são flores, a gameplay é típica do gênero na pegada de GTA, um mundo aberto em terceira pessoa que tem ambientação base as cidades, mudando só os cenários, mas infelizmente ela deixa a desejar, a câmera do jogo é horrenda, deixando difícil atirar quando está subindo ou descendo escadas, só que o pior ainda está por vir que é o quão mal otimizado é o jogo no PS4, quedas de fps, bug visuais que transformam prédios em borrões e outros, além de uma ia bem fraca para os npc’s. Na minha opinião o jogo vale a pena, mas só compensa pega-lo em alguma promoção ou em forma de serviço, como a PS plus.

Journey to the Savage Planet: Hot Garbage é uma DLC do jogo de mesmo nome e apresenta a mesma essência, um ótimo jogo coop, mas que se jogado sozinho perde a magia. A DLC muda o local que o player ou o squad vai explorar, indo para uma região mais tropical, adicionando nova fauna e flora que condiz com isso e mantendo alguns animais e plantas do jogo base também. A expansão dá um aspecto mais de shooter para o game, tendo bastante partes onde é preciso trocar tiro, principalmente contra robôs que são apresentados nessa DLC, mas não deixa de lado a parte de aventura que é a base do game. O conteúdo extra não muda muito no aspecto de gameplay, ele apenas adiciona novos mobs, upgrades e uns anéis roxos que torna possível voar por um tempo se passar por eles. Na minha opinião essa DLC mantém o mesmo nível do jogo original, tendo um mundo muito vívido, uma luta final empolgante e um trilha sonora legal, o único problema é que em questão de história é muito curta.