MASTERPIECE

Não tem muito o que falar, só pegaram tudo o que tinha no primeiro jogo (de bom e ruim) e melhoraram de uma forma que beira a perfeição. Fases criativas e desafiadoras, que te prendem no jogo, por não serem repetitivas, além da utilização dos "mascotes" (novos e antigos) foram ampliados e aprimorados, o "conteúdo extra" que incluem os bônus e as moedas DK te trazem uma recompensa muito maior por você fazer os 102%, os chefes que pra mim eram um ponto baixo no primeiro jogo ficaram sensacionais, com um balanceamento entre qual personagem você irá usar junto com a utilização do cenário a seu favor e, é claro, a trilha sonora que é perfeita. A remoção do Donkey Kong com a adição da Dixie pode ser a única coisa criticável do jogo a meu ver, mas gosto muito da forma como ela foi utilizada não só como balanceamento mas também pra acessar áreas extras ou então chegar em barris bônus com mais facilidade.

Enfim, jogo sensacional , muito divertido, extremamente rejogável e com certeza marcou muito quem jogou isso na infância.

O jogo é divertido devido a sua formula souls-like, que é bem executada mas infelizmente não fez jus a seu potencial apresentado nas 4 primeiras áreas, mesmo não sendo um jogo ruim.

A forma como o backstory de cada personagem "jogável e não jogável" é contada é interessante e bem feita, assim como suas mecânicas de combate e sua exploração. Achei boa parte de suas áreas muito pequenas e lineares demais, não permitindo muita exploração. Não curto muito as dungeons extras (Depths) mas aí vai do gosto de cada um. Por outro lado, achei a maioria de seus chefes de certa forma desafiadores (dois deles inclusive beiram a injustiça) e bem balanceados.

O início do jogo fez ele parecer muito promissor, com personagens interessantes, combate bem fluido e áreas lindas e muito boas de se explorar, sem entupir de inimigos, com estes sendo posicionados de maneira pensada pra te surpreender e te punir por não prestar atenção aos seus arredores. Porém conforme eu fui progredindo isso passou a ser uma raridade, e o jogo se tornou muito mais linear, o que, na minha opinião, limitou a exploração do mundo em que se encontra.

Complicado, o prólogo fez o jogo parecer promissor, mas acabou não atendendo as expectativas, porém não achei um jogo necessariamente ruim.

Os diálogos do jogo são muito estranhos, em alguns momentos é uma cringisse forçada, em outros parecem muito fora de colocação. A câmera é uma coisa tenebrosa, parece que eu estou cheirando a nuca do personagem com esse FOV. A narrativa tem um pacing mais acelerado, o que em um sentido deixa o jogo mais "frenético", com mais ação, mas em outro sentido isso acaba atrapalhando um pouco o desenvolvimento da história, que a princípio é boa mas acaba sendo comprometida pelos diálogos confusos e fora de colocação e narrativa acelerada.

Eu gostei dos quick-time events, que abrem pouca brecha pra raciocínio e isso somado a tensão de uma perseguição/tomada de decisão, pode fazer com que o jogador se complique. Senti falta de decisões que realmente mudassem o rumo da história nos capítulos iniciais, não necessariamente matando um personagem, mas fazendo com que ele vá para um lugar diferente com evidência/informações diferentes ou que tenha algum impacto relevante no plot futuramente. Quase todas dessas decisões são nos últimos 2 capítulos, o que acaba tornando o jogo pouco rejogável, o que pra esse tipo de jogo é um grande ponto negativo.