2016

O reboot perfeito que a série precisava. Nunca me diverti tanto, de longe o jogo mais caótico e braindead que eu já joguei.

Literalmente entregou tudo o que eu espero de um jogo da série Doom, um jogo agressivo, brutal, frenético e caótico a todo instante, não te deixando nenhum segundo pra pensar e respirar direito. Achei muito engraçado que os desenvolvedores não se deram nem ao trabalho de fazer uma história direito ou dar um background para o Doom Guy e outros personagens, já que todo mundo sabe que não é isso que vai te prender no jogo, e sim seu combate, que é perfeito, a variedade de armas, a agressividade, violência e brutalidade exageradas, as execuções, os inimigos, a trilha sonora, tudo se encaixa perfeitamente com o pacing do jogo em si. Mesmo assim o jogo não deixa de ser desafiador em algumas partes, com hordas gigantes de inimigos e chefes. A única coisa que não gostei tanto foi dos desafios das runas, algumas delas eram ridiculamente difíceis, além de que o jogo se passa em apenas dois lugares, o que acaba tornando de certa forma repetitivos os cenários.

MASTERPIECE

Não tem muito o que falar, só pegaram tudo o que tinha no primeiro jogo (de bom e ruim) e melhoraram de uma forma que beira a perfeição. Fases criativas e desafiadoras, que te prendem no jogo, por não serem repetitivas, além da utilização dos "mascotes" (novos e antigos) foram ampliados e aprimorados, o "conteúdo extra" que incluem os bônus e as moedas DK te trazem uma recompensa muito maior por você fazer os 102%, os chefes que pra mim eram um ponto baixo no primeiro jogo ficaram sensacionais, com um balanceamento entre qual personagem você irá usar junto com a utilização do cenário a seu favor e, é claro, a trilha sonora que é perfeita. A remoção do Donkey Kong com a adição da Dixie pode ser a única coisa criticável do jogo a meu ver, mas gosto muito da forma como ela foi utilizada não só como balanceamento mas também pra acessar áreas extras ou então chegar em barris bônus com mais facilidade.

Enfim, jogo sensacional , muito divertido, extremamente rejogável e com certeza marcou muito quem jogou isso na infância.

"Juntos podemos construir uma ilha, criar uma comunidade, mudar o mundo... e até virar um icebergue. Pinguinando"

Definitivamente um dos melhores jogos de terror que já joguei.

Eu gosto como o jogo não se baseia apenas em jumpscares forçados e sem nenhum tipo de "setup" para eles, focando mais em um chocar o jogador com o ambiente em questão e tudo o que está rolando dentro dele. Quanto mais você vai adentrando o manicômio e descobrindo seus segredos obscuros, mais bizarro (no bom sentido) o jogo fica. A relação entre atmosfera e imersão que o jogo proporciona é incrível e isso somado a uma ambientação escura e claustrofóbica junto com os monstros que estão lá, somado ao fato de você não ter como se defender, apenas correr e se esconder, faz com que o jogador fique travado em algumas partes do jogo por puro medo e tensão em progredir.

Outra coisa que eu gostei também foi a forma como a câmera foi usada e aproveitada no jogo, que não foi só uma desculpinha para o personagem ter uma "lanterna". Você não só consegue gravar certos momentos específicos, como o próprio protagonista faz uma nota sobre a situação gravada, e uma coisa muito boa a se observar é a evolução (ou não) do estado psicológico do seu personagem, através dessas notas.

Minhas únicas ressalvas ao jogo são em relação ao seu tamanho, acho o jogo bem curto, o que não é necessariamente um problema, mas pelo jogo ser curto isso acaba limitando a exploração do manicômio, e a história, que não é lá muito original e bem escrita mas que acaba servindo de base para aproveitar a atmosfera e a ambientação em questão.

This review contains spoilers

A Sabotage não cansa de me surpreender. Peguei o jogo depois de zerar o Sea of Stars, por ser um jogo do mesmo estúdio e por ser uma espécie de sequência do último jogo lançado e me apaixonei de imediato por ele. Acho que por ter jogado o jogo depois do Sea of Stars, acabou sendo mais especial ainda pra mim, porque consegui pegar as várias referências e coisas em comum que esse jogos têm

Apesar de trazer uma sensação de nostalgia por ser um jogo com visuais retrô e ser uma clara e óbvia homenagem a Ninja Gaiden, The Messenger é um muito original, não precisando apelar necessariamente para nostalgia pra te prender ao jogo, sendo o principal motivo mesmo a sua gameplay e seu humor, que é potencializado por seus personagens e diálogos. O jogo em si é muito gostoso de jogar, ainda mais pra quem é fã do gênero plataforma, com fases bonitas, trilha sonora muito boa e seus visuais muito charmosos. Isso tudo acaba fazendo a gameplay ser bem fluida, porém não repetitiva, porque, além de conforme o jogador vai progredindo a complexidade e nível de desafios das fases vai aumentando, na metade da sua campanha, ele simplesmente se transforma em um metroidvania, reaproveitando tudo o que foi construído durante sua parte "plataforma linear", ampliando-o, o que achei uma sacada genial. Durante a parte metroidvania do jogo, ele se utiliza da mecânica de viajem no tempo, transicionando entre o passado "8-bit" e o futuro "16-bit" e isso é muito bem feito, com a mudança de visuais, trilha sonora e desbloqueando novas áreas, ampliando ainda mais o mapa em questão. Com relação aos chefes, nada que você não tenha visto ou feito em outro plataforma, porém não deixam de ser desafiadores e bem feitos. Os personagens são muito bons, extremamente carismáticos e os diálogos são bem feitos e engraçados, brincando bastante com vários clichês de jogos retrô.

Pra fechar com chave de ouro tem a DLC Picnic Panic, que é basicamente uma grande referência a vários jogos, não só plataforma como de outros gêneros, nada deixa a desejar.

Pessoalmente, considero o primeiro Dark Souls o melhor da trilogia e até agora o melhor soulslike que já joguei (ainda não joguei Sekiro nem Elden Ring), mas, sinceramente, não tem problema nenhum alguém achar esse o melhor da trilogia. Apesar de não ser tão inovador quanto o primeiro e mais linear que os seus antecessores, ele executa toda a fórmula com perfeição e fecha a trilogia de maneira sensacional. Com relação as DLCs, segue todo o padrão de DLC de soulslike da From, ou seja, PERFEITO.

2017

Uma das maiores decepções que eu tive nesse ano, me lembro de ter começado a jogar no ano passado e dropado, só que não sabia o motivo. Quando fui rejogar, imediatamente descobri o porque. Até hoje não sei por que diabos platinei esse jogo, mas enfim, o que já foi feito não pode ser desfeito.

Do início ao fim do jogo, ele é totalmente repetitivo, entediante e desbalanceado. As áreas são muito lineares, com pouca exploração, essa sendo feita de maneira preguiçosa, assim como seu level design, que é um dos principais fatores do jogo ser desbalanceado e entediante. O jogo é desbalanceado devido ao fato da dificuldade dele ser baseado em quantidade e não qualidade, então ao invés de termos espalhados pelo mapa inimigos diferentes, com padrões de movimentação e ataque, em menos quantidade porém bem posicionados de maneira a surpreender e punir o jogador, temos áreas entupidas de inimigos idênticos, com nenhuma ou quase nenhuma variação, em que o jogador tem que, frequentemente lidar com um gangbang de 4 a 6 inimigos. Os inimigos em si não mudam em nada de aparência e movimentação/padrão de ataques, que para tentarem um "balanceamento" inventaram de escalonar o dano desses monstros a um nível colossal que, mesmo você estando com o mesmo nível de personagem e equipamento da missão, te dão hit kill. Isso tudo acaba sendo refletido nas batalhas contra chefes que, ou são ridiculamente fáceis, ou ridiculamente difíceis, com quase nenhuma curva de aprendizagem.

Por outro lado, a história do jogo é boa, a narrativa é agradável com o pacing certo para seu desenvolvimento. Gostei como foi pensado o plot, misturando fatos e acontecimentos históricos do Japão com mitologia e fantasia e o modo como isso foi feito encaixou muito bem com a narrativa. Os personagens em sua maioria são meio sem sal e esquecíveis, mesmo sendo personagens históricos japoneses acabaram fazendo um mal trabalho com isso.

Um dos maiores glow-downs de todos os jogos que joguei. Simplesmente pegaram tudo o que foi criado e desenvolvido no primeiro jogo e jogaram no lixo, parece que o jogo foi feito para ser difícil só por ser difícil mesmo e não como uma consequência do level design em si, querendo esfregar isso na sua cara a todo tempo. Acho que os devs esqueceram o que fez o primeiro jogo ter tanto sucesso e ser tão bom.

O level design não faz nenhum sentido, é preguiçoso, inconsistente e fraco, me deu a impressão que pegaram uma porrada de ideias de áreas, algumas boas e outras ruins, e resolveram colocar tudo no jogo ligado por elevador ou um corredor gigante. Entupiram o jogo de chefes mal trabalhados, mal apresentados, em que 95% deles são extremamente previsíveis e só tem 2 ou 3 ataques diferentes sem nenhuma variação entre eles, então, o que a equipe de desenvolvimento pensou? "Se um é fácil demais, por que não colocar dois, ou melhor, TRÊS deles com uma arma cômicamente gigante em uma área minúscula?." (Ruin Sentinels, Twin Dragonriders, Throne Watcher & Defender, Belfry Gargoyles, etc). Também, como uma forma de tornar o jogo difícil a todo custo resolveram entupir o jogo de inimigos por metro quadrado e isso somado ao combate lento mais a mecânica de durabilidade das armas, principalmente quem usa arma de DEX, isso acaba virando um pesadelo, boa parte das minhas mortes eu senti que não tinha cometido algum erro mecânico ou de timing, eu só não tinha como lidar com 6, 7 bichos gigantes na minha frente e acho que por isso que foi adicionado as Jóias da Vida senão seria impossível progredir no jogo apenas com Estus. Os inimigos em si também são repetitivos, previsíveis e constantemente reutilizados em outras áreas, além de sua IA não ter um meio termo, ou o cara tem 1000000 de QI, ou o cara é o Vitor Pereira. A movimentação do jogo é muito limitada e travada, não sei por que fizeram a movimentação em 8 direções, o sistema de travar a câmera muitas vezes não funciona, muitas vezes tem um inimigo na minha frente e outro muito longe, e mesmo a minha câmera mirando no da frente, ela trava no que tá muito longe, ou até no inimigo que está ATRÁS DE MIM, girando em 180°.

Gostei da variedade de armas e buids que podem ser feitas e adaptadas ao jogo, o modo como as tochas foram aproveitadas em certas áreas, mesmo que tenham sido pouquíssimas vezes, de três chefes (Glass Knight, Pursuer e Lost Sinner) e achei interessante o design algumas áreas, apesar de não fazerem sentido com o mundo em questão. Acho que o que eu mais gostei no jogo foi Majula que, apesar de inferior a Firelink Shrine do DS1, é muito bem feita e apresentada, trazendo um sentido de calmaria e paz com seu visual e trilha sonora. No fim, acho que, além de Majula, as DLCs são as únicas coisas que salvam esse jogo.

Muita gente acha que quem critica esse jogo é ÚNICAMENTE devido ao fato do Miyazaki não estar presente na produção, mas acho que a não presença dele é o menor dos problemas do jogo porque, sinceramente, você não precisa do Miyazaki para fazer um jogo sem esses defeitos.

Muito bom de jogar com os amigos, o problema é arranjar 8 ou 9 pra jogar com você, ainda mais hoje em dia que já tá saturado. No mais, jogar com os random é impossível.

REJECT HUMANITY RETURN TO MONKE

Pra quem gosta de Tower Defense é um prato cheio pra você gastar horas e horas. O jogo executa a fórmula de maneira impecável, mesmo sendo extremamente desbalanceado, e tem conteúdo de sobra, tanto para o casual com os mapas iniciante e alguns intermediários, quanto para os mais "hardcore" com os mapas avançados e expert, além do modo Chimps e os chefes. Extremamente divertido de jogar com os amigos.

Não tem muito o que falar, é basicamente a mesma coisa do jogo anterior, só que o arco que pegaram eu já não gosto tanto assim. No geral, um bom jogo, as únicas coisas que realmente me irritaram foram a tradução, que parece ter sido feita com pressa no Google Tradutor, e a luta final, que é desnecessariamente longa e insuportavelmente chata.

Infelizmente não joguei os DKC na ordem de lançamento, então só tive a oportunidade de zerar esse com emulador, depois de ter zerado o 2 e o 3. É um bom jogo, mas acaba ficando muito na sombra das sequências.

Tudo funciona muito bem mecanicamente, a trilha sonora é boa e o jogo de certa forma é desafiador, principalmente nas fases de minecart. Achei os chefes muito fáceis e não muito elaborados, com exceção do último, as fases inicialmente são muito boas de se jogar, as ambientações muito bem feitas somadas a trilha sonora e ambientação acabam te prendendo facilmente, mas a partir do 3° "mundo" a fórmula de jogo acaba ficando repetitiva demais. Achei a questão da exploração de coisas extra dentro da fase, como os bônus, as letras K-O-N-G e os ícones de mascote, uma boa ideia, porém foi mal aproveitado, fiz os 101% do jogo e não senti que mudou tanta coisa ou fui recompensado por isso, comparado a ter zerado o jogo normalmente. Enfim, mesmo tendo seus defeitos acho um bom jogo que deve ser jogado.

Peguei o jogo pela PS+ sem nenhum tipo de expectativa, apenas tinha me interessado pelo estilo de arte. Não só o jogo não me decepcionou como foi além, me prendeu tanto que em 3 dias já tinha platinado. Com certeza a melhor surpresa que eu tive em 2023.

O jogo é basicamente uma mistura de Zelda com a mecânica dos jogos Souls. O combate funcionou perfeitamente, é bem fluido e satisfatório, além de ter uma curva de aprendizado bem rápida, existe uma variedade razoável de inimigos, esses inimigos variando entre si em questão de padrões de ataque e dano/vida, os chefes são muito bons, tanto pela maneira como são apresentados e desenvolvidos como pela bossfight em si apesar de, para mim pelo menos, não apresentarem muito desafio. A trilha sonora é espetacular e funciona muito bem nos combates e, principalmente, na exploração, que é muito satisfatória e que te da de fato uma recompensa por fazer e desvendar tudo o que há pelo mapa. Eu gostei da história do jogo, apesar de não muito complexa, principalmente quando essa é complementada por um mundo cheio de segredos, com visuais lindos e personagens misteriosos e carismáticos.

Joguei esse jogo no singleplayer e com meu mano vodska. Não tem muito o que falar, em comparação aos outros acaba deixando um pouco a desejar. Apesar de curto, muito divertido e caótico.

Jogar Dark Souls pela primeira vez com certeza foi uma experiência única na minha vida e acredito que qualquer pessoa deva passar pela mesma. Para mim Dark Souls é o melhor jogo da trilogia e da FromSoftware que eu já joguei (ainda não joguei Demon's Souls, Sekiro nem Elden Ring).

O ponto mais alto do jogo definitivamente é seu level design e, principalmente, Firelink Shrine. As áreas do jogo são lindas, principalmente Anor Londo e Ash Lake e a forma como elas se conectam mostram um mundo que faz sentido. Firelink Shrine pra mim é o ponto mais alto do jogo, pela maneira como é apresentado, sendo o único lugar nesse mundo caótico em que você tem alguma paz, tanto que é a única área do jogo (além de Ash Lake) que tem música, e a forma como você vai parar em Firelink de maneira quase que natural conforme vai progredindo, encontrando e vendo partir os "amigos" que você vai fazendo ao longo de sua jornada é sensacional, os chefes são muito bem feitos e balanceados de forma que você tenha que, através de tentativa e erro, memorizar os padrões de movimentação e utilizar o cenário a seu favor para que você supere o desafio, a soundtrack dispensa comentários, é perfeita, os inimigos são posicionados de maneira estratégica para te pegarem de surpresa e te punirem por não prestar atenção ao ambiente e em boa parte do jogo os inimigos são únicos a suas áreas, quase que sem re-skin de mobs ou reutilização dos mesmos.

Durante a primeira metade do jogo e durante sua DLC, ele é perfeito, já na segunda metade, ele é sensacional, tendo, na minha opinião, uma área ruim com chefes realmente ruins mas que de maneira nenhuma estragam ou diminuem sua experiência.