A gameplay é primorosa e divertida. O que deixa a desejar no jogo é a estrutura da campanha te obrigando a cumprir desafios para continuar

This story will eat us alive. This story is a monster. And monsters wear many faces.

Alan Wake 2 é aquele caso de jogo que parece ter sido pensado em todo o conceito para me agradar. Eu amo absolutamente tudo nele, desde a trilha sonora, o universo, a narrativa, os temas, tudo. Desde a primeira vez que joguei o primeiro, sempre senti que o que me atraía para o jogo era o tema e que o jogo não me fazia gostar mais dele. Jogando o Remaster, eu comprovei isso, mas o 2 corrige todos os problemas e me entrega uma das experiências mais inesquecíveis que uma obra de terror poderia me proporcionar.

É um daqueles casos em que apenas um video game pode unir várias formas de arte, como literatura, música, narrativa, cinema e, por que não, gameplay, e me proporciona uma aula com a assinatura do Sam Lake em cada canto. Seja pela presença física dele na forma do Alex Casey ou por bater o olho e pensar "isso é muito Sam Lake". Mal posso esperar para ver o que o futuro reserva nas DLCs e nas ramificações que levarão ao Control 2.

Narrativamente brilhante. Em quesito de gameplay, o jogo envelheceu muito mal. Tenho meus problemas sérios com a gameplay, incluindo o combate que me fizeram cogitar dropar várias vezes. Entretanto, como queria ir com tudo fresco pro 2, decidi ir até o final.

Que satisfação de ter queimado a língua. Que aula da Santa Monica com uma expansão viciante, que complementa a história e é gratuita. O Chris Judge tem uma cena nessa DLC que fez eu adorar ainda mais esse Kratos.

Unpacking foi uma surpresa descompromissada e muito agradável. Um joguinho curto e simples mas que satisfaz demais como um bom passa tempo

Provavelmente um dos 3 jogos que eu estava mais animado para este ano, e ele superou muitas das minhas expectativas. É difícil falar do Spider da Insomniac, porque sou muito parcial em relação a eles. Eu adoro a maioria dos conceitos relacionados aos personagens e às atualizações baseadas nos filmes e quadrinhos. Spider-Man 2 é mais uma carta de amor ao personagem, seja pela Nova Iorque viva e densa, pelos personagens bem representados aqui ou pelas missões simples, como um pequeno passeio de bike ao som de Cigarette Daydreams do Cage the Elephant, como a do avô perdido e a do Howard, que te colocam na pele do 'amigão da vizinhança' ou do Peter em si. Para mim, a Insomniac conseguiu criar a melhor versão disparada do Kraven. Temível, implacável e muito presente na história. Na minha opinião, ele é o ponto alto em relação aos vilões.

Gosto muito de toda a narrativa, mas tenho graves ressalvas quanto ao que escolheram fazer no ato final do jogo. Ao adaptar o arco dos simbiontes, a Insomniac se inspira em histórias como Web of Shadows, e, dado o que foi apresentado no começo e no meio do jogo, parece que o sentido se perde totalmente para ter um setpiece megalomaniaco. Parece que, depois que o Venom é introduzido e sua presença é apresentada brilhantemente pela atuação do Tony Todd, o jogo se perde em como criar um setpiece final gigante.

Enfim, o jogo atendeu a todas as minhas expectativas, embora eu esperasse um final talvez um pouco menor em escala. Para mim, Yuri Lowenthal oferece a melhor interpretação de Peter Parker, assim como Nadji Jeter é a melhor interpretação de Miles Morales. Este jogo para mim está no mesmo patamar que a franquia Marvel's Insomniac, assim como Arkham City está para a franquia Arkham. Agora é só aguardar Marvel's Spider-Man 3, que é inevitável.

Depois de Valhalla praticamente consumir minha alma e vontade de viver, achei que eu estava de boa com a franquia. Ela seguiria seu caminho, e eu seguiria o meu... Aí a Ubisoft anunciou esse jogo aqui. A princípio, nunca comprei a ideia de "volta às origens" que o marketing desse jogo prometia. Primeiro, porque era um jogo que foi pensado originalmente como uma DLC para o Valhalla, usando a mesma base e engine. Segundo, porque o personagem aqui tem ligação com a mitologia, algo que não me agrada na franquia de jeito nenhum. Surgiu a oportunidade, e consegui jogar o AC Mirage relativamente no lançamento. O jogo de certa forma me surpreendeu. Narrativamente, o jogo parece mais do mesmo; não acrescenta nada de novo nem constrói para o futuro. Possui uma narrativa esquecível com personagens medianos. Em termos de gameplay, o fato de o jogo ser mais orientado para a cidade e Bagdá ter sido toda construída pensando no parkour é um ponto bem positivo. Desde o Unity, não sentia tanta diversão com a movimentação transversal do AC.

Quanto às missões de alvo, gostei que elas seguiram por um caminho mais complexo, com algumas possibilidades e chances de chegar ao alvo. Não chega a ser do nível dos Hitmans mais recentes, mas é algo interessante. Dá para sentir que os desenvolvedores têm uma certa paixão pelas origens da franquia jogando, e isso é muito legal. No geral, o jogo é bem mediano, mas eu fico de olho na equipe que desenvolveu. Gostaria de vê-los com um orçamento de AAA fazendo um jogo orientado para o stealth, voltado para o que realmente importa na franquia, que são os assassinos e os templários.

É muito dificil ver uma história sobre irmãos que é tão afetuosa e bem feita, Final Fantasy XVI faz com maestria!

Uma das melhores experiências narrativas e sensoriais dessa midia.

Em uma época em que virou moda falar mal da franquia Horizon em redes sociais como o Twitter, eu nunca entendi a birra que muitos tem com o jogo. Claro que não são masterpieces, muito menos os melhores exclusivos do PS mas eu sempre achei jogos bons. Eu sempre falei com amigos que Horizon sempre se recusa a atingir na totalidade seu verdadeiro potencial. Burning Shores tinha meu interesse por continuar após o final bem enigmático de Forbidden West e preparar terreno para um Horizon 3 e por ser exclusivo de PS5, eu me animei com a possibilidade de ver coisas que não eram possíveis no jogo base devido ao limite imposto pelo crossgen com o PS4. Em questão visual e trilha sonora, Burning Shores entrega bem, na narrativa nem tanto. Continua sendo bem morno na minha opinião, mas a expansão faz algo vital pra mim que é humanizar e melhorar pelo menos minha relação com a Aloy que eu não gostava em Forbidden West. Me preocupa muito uma expansão que não tem nem metade da duração do jogo base conseguir cair no mesmo maneirismo e cansaço com a história. Para um Horizon 3, a franquia precisa na minha visão de um novo diretor de narrativa competente e, uma duração/ escopo enxuto de mundo. (Talvez algo menos open world?)

Por fim, aquele boss final... Que boss... Que boss.

Começando pelos pontos positivos, é impossível negar que os gráficos, ambientação e imersão são incríveis. Desde o momento em que iniciei o jogo, senti que estava em Hogwarts, e dá para perceber o cuidado que os devs tiveram em criar uma experiência que fosse verdadeiramente imersiva. Algumas expressões faciais e modelagens podem parecer caricatas e apressadas, mas o saldo geral é positivo.

O sistema de combate é outro ponto positivo, com a facilidade de trocar o "deck" de feitiços tornando a construção de combos muito legal. Além disso, algumas sidequests são tão bem construídas que chegam a ser mais interessantes que a história principal.

Por outro lado, alguns pontos negativos me frustraram ao longo do jogo. A falta de um sistema de karma foi um deles, já que esperava que minhas escolhas de diálogos e ações tivessem um peso real na história. Além disso, a quantidade excessiva de coletáveis e loot fez com que a busca por eles fosse chata e monótona, e em algumas batalhas os inimigos viravam esponjas de danos, o que tornou o combate menos divertido.

Em resumo, Hogwarts Legacy é um jogo que vale a pena para os fãs de Harry Potter e de jogos de aventura estilo "Ubi-like" só que com mais carinho. Apesar dos pontos negativos que citei, a campanha é bem construída e imersiva. No entanto, algumas escolhas dos devs deixaram a desejar, como a falta de um sistema de karma e o excesso de coletáveis, o que pode tornar a experiência inchada em alguns momentos.

Update: Continuei no jogo para ir atrás da platina e descobri um bug nos coletáveis. Só pela frustração, vou diminuir a nota do jogo.

Após sentir uma certa saturação com a Star Wars, experimentei Jedi Fallen Order 2x antes de dropar. Contudo, com o lançamento iminente de Jedi Survivor, decidi dar mais uma chance e fiquei satisfeito por finalmente ter concluído o jogo. É fácil considerá-lo top 3 obras criadas do universo de George Lucas nos últimos 10 anos (não que isso seja uma tarefa muito difícil).

O combate é satisfatório, a trilha sonora evoca a icônica trilha de John Williams para a franquia, e o clímax do final é intrigante. No entanto, a estrutura Soulslite é bem desnecessária. O que me desagradou no jogo foi a imprecisão dos controles em alguns momentos, uma quantidade bem incomoda de bugs e a confusão dos mapas. Assim como aconteceu com algumas IPs (por exemplo, AC1 para AC2), Jedi Survivor vai refinar tudo e se tornar um jogão.

Edit: Platinar esse jogo deixa ele ainda mais frustrante.

Desde o anúncio, fiquei bastante curioso sobre Atomic Heart, um jogo que claramente se inspira em Bioshock (um dos meus favoritos da vida), situado em uma utopia soviética e com gráficos e ambientação impressionantes para um estúdio indie. No entanto, com o passar do tempo, minhas dúvidas sobre o projeto foram crescendo, chegando a um ponto em que eu não tinha mais vontade de jogá-lo. Quando o jogo foi lançado no Gamepass, decidi experimentar. Infelizmente, para mim, foi uma experiência horrível, simplesmente não consegui suportar o jogo nas primeiras três horas.

A narrativa me pareceu tediosa, o protagonista é insuportável, os personagens e NPCs são cheio de clichês e conotações no mínimo questionáveis (como os robôs fazendo "dirt talk" e com anatomia sugestiva ao Rule34). Embora a jogabilidade não seja ruim, ela me lembrou mais de um Far Cry do que Bioshock, e atualmente não é o tipo de jogo que estou disposto a investir meu tempo. E me disseram que ainda tem um open-world nessa joça.

Não tenho parâmetro pra falar de soulslike pq esse aqui é o primeiro que eu consigo terminar, mas eu curti bem. Os bosses são desafiadores mas conseguiram me deixar motivado a entender o moveset e analisar a melhor estratégia para atacá-los, a história me parece qualquer coisa mas o combate é bem gostoso de se jogar. O jogo bugou no final e eu não vou conseguir ir atrás da minha platina, por isso e pela falta de no mínimo uma legenda PT-BR e alguns bugs aqui e ali, a nota ficou menor do que poderia ser

No que provavelmente vai ser meu último jogo finalizado de 2022, Tacoma sempre me foi muito recomendado e cumpriu todas as expectativas. A ambientação do jogo e a forma simples de exploração me cativaram e me entreteram por algumas horas. Preciso jogar Gone Home que já ouvi falar que é bom e é da mesma dev.