A nota está meio alta tendenciosamente, pois não gastei um centavo no jogo quanto mais 300 reais, então leve isso em conta ao ler essa review.
O porquê joguei esse jogo? Sinceramente? Tem praticamente tudo que me atrai a uma obra, um conceito interessante perfeito para construção de personagens, música indie, escolhas, um mistério e uma chamada interessante para narrativa, o quanto disso é realmente excepcional? Não muito.
Para os problemas diretos do jogo que mais me incomodaram;

Não existe um jogo de 300 reais que nem é pesado, ter várias telas de carregamento de 30s até um minuto. Bagulho de você largar o controle, isso atrapalha na exploração, pois se você sair para uma área sem querer ficará com preguiça de voltar, simplesmente não existe ser tão mal otimizado assim sem uma desculpa e isso é constante em todo jogo, incomodo demais.

Agora quanto a trama, morna, sem graça, previsível, acho que a única parte secundaria a qual da para se interessar fora o romance é a história do Duckie que tem 2 minutos, então até o episódio 5 você ficará quase que empurrando todas as histórias manjadas para frente. O mistério é bobo, o twist do vilão é previsível e o twist final é horrível e sinceramente eu meio que caguei para todo mundo ali, o episódio 4 teve algumas cenas legais. O 5 é uma tentativa manja feita preguiçosamente (não tiveram o trabalho de mudar nem os modelos) e o final é tipo quando o Naruto convence o vilão e você fica tipo “eles conduziram isso assim mesmo lol” achei bem porco, mas não injogavel, recomendaria true colors para alguém? Não, Jogaria de novo? Não, o Jogo não conseguiu nem me deixar curioso o suficiente para observar as outras escolhas, foram às 10 horas de jogo mais mornas que eu já vi, parabéns ao maluco que escreveu esse roteiro fraco, olha que gostei de LIS 1, mas dessa vez não.

Se eu tivesse gastado 300 reais nisso eu estaria revoltado, mas como não foi mais um jogo medíocre, mediano que poderia ser ótimo, mas fica apenas na piscina. 

As palavras “Nada de mais”, “não vale a pena” e “foi só isso?” definem esse jogo uma grande broxada e nada mais.

Gráfico estilizado legal costumeiro da franquia, gameplay sinceramente a mesma coisa dos outros só que com uma mecânica subutilizada.

Acho que a coisa que mais me incomodou ao final é como eles tratam o espectador como burrinho tendo todas as oportunidades e indo pelo caminho mais obvio e expositivo é raiva é vermelha e você tem que aceitar seus sentimentos vai se foder! Tristeza é azul e você não pode existir apenas pelos sentimentos dos outros, vai se foder de novo! Ainda mais, pois todas essas coisas são meramente tangenciais já que o jogo não se preocupa nem um pouco em ser profundo, mas pelo menos ele tem na trilha sonora creep e thank you, acho que valeu já.

Termino por aqui pois quanto mais penso menos gosto, esse é um jogo que será meramente esquecido nem ódio ele merece.

Nota: 7.0.

Depois vários meses e exatas 105 horas de jogo entre viagens, aventuras e desventuras que me deixaram impossibilitado de jogar por um período venho um pouco mais sóbrio do que quando comprei finalmente e com propriedade fazer esta analise.

Acabei de zerar (Vi todos os finais inclusive) e platinar o jogo, depois do fim dessa grande jornada, infelizmente só posso dizer ser  um jogo bom e nada além. Se paguei 250 reais nele, então tenho direito de reclamar de tudo que me incomodou. Imagino que se você leu até aqui, talvez possa não estar entendendo como “bom jogo” é ruim, e realmente não seria se não fosse a expectativa  e a quantidade de pressão que esse jogo tinha. Sucessor espiritual de Dark Souls, une  o que existe de melhor em TODA franquia SoulsBorn,  mas também o que existe de pior.

Não cheguei a jogar o infame Dark Souls 2, mas um amigo, no qual experienciamos e comentamos sobre o jogo enquanto jogávamos, me disse que Elden ring é o Dark Souls 2 dois,  e o motivo disso é que ele potencializa todos os problemas vistos em DS2, a nona potência. Um grande exemplo disso também, a coisa que mais me incomodou no jogo todo é a quantidade absurda de repetição de chefes. Não cheguei a contar, mas falando bem, sinceramente não é exagero dizer que ignorando os chefes principais, nos enfrentamos cada chefe secundário pelo menos 2 vezes, se não mais, e em dupla, asa vezes até trio, caindo na grande falácia de dificuldade = quantidade ou esponja de dano maior.

Nas minhas primeiras trinta horas eu embebecido por este novo universo tranquilamente daria 10/10, nas minhas últimas trinta horas eu já de saco cheio estava ponderando dar nota 5/10, o jogo decai absurdamente. Com passar do tempo, você vai notando as repetições, as reciclagens de outros jogos que esse jogo tem MUITO, quase todo lugar legal, quase toda cena, quase todo chefe deve muito a outros títulos e isso para quem já jogou sinaliza uma preguiça absurda, fora as animações literalmente recicladas. Não me compreenda errado, o problema não é reciclar, mas deixar tão na cara que qualquer um que veja perceba, isso é extremamente feio, pois não houve nem o trabalho de disfarçar. Tirando isso, se você me perguntar o nome dos chefes mais marcantes lembrarei de 3 talvez 4, e isso para quem estava genuinamente pensando que esse era o melhor souls foi um baque muito grande,  já que tudo parecia tão fenomenal inicialmente. Fora o chefe final que eu não vou nem comentar para não spoilar, sendo bem sincero eu não dei a mínima para as áreas finais, por exemplo, da Malenia ou do Mogh, simplesmente inimigos de outras áreas, porem esponjas de dano e em excesso. Para alguém que tava muito animado para passar por essas áreas antes ver que foram, qualquer coisa só que difícil foi bem ruim. Em questão de gameplay eu não tenho nada a reclamar, esta muito mais fluida, mais limpa e otimizada, Hitboxs ridiculamente bem feitos e com uma variedade absurda de armas (fui de pura força com a espada do Guts de Berserk ate o final) simplesmente muito divertido. Quanto a narrativa, padrão SoulsLike, muito contemplativa, os itens geralmente dizem mais que os personagens. Uma coisa que adoro é esse clima de mundo destruído onde você já chega no meio, vieram pessoas antes e vêm pessoas depois, você não pode salvar o mundo. As missões secundarias, são excepcionais nisso onde cada uma é mais recompensadora que a outra, explorar te recompensa muito bem apesar dos excessos (Sim enfrentei pelo menos uns 7 dragões nesse jogo que são a mesma coisa e só muda a cor e o efeito). Agora uma coisa a se reclamar são todas as minas é catacumbas basicamente iguais com chefes repetidos. Fiz a maioria delas e sendo bem sincero, acho que foi numa delas que acordei para a vida e sai do meu mundo feliz onde Elden Ring era o melhor dos SoulsLike. Após enfrentar aquela maldita Biga de guerra 3 vezes que as catacumbas, na verdade, não eram tão diversas assim,  nem tão divertidas, e parte do jogo é  simplesmente assim, repetitivo, não tão criativo e  frustrante(é Miyazaki, talvez você tenha passado um pouco do ponto). Elden Ring é um jogo que ficou muito no quase e caiu muito no meu conceito além de dever muito a muitos outros jogos do mesmo estilo,  o que acaba deixando ele sem uma identidade própria muito forte, dito isto comparações são inevitáveis e eu ainda acho DS3 o melhor SoulsLike. Após tudo isso, Elden Ring ainda é um jogo que vale a pena? Com certeza, afinal me dei o trabalho não só de zerar, mas de platinar e escrever sobre ele, se fosse um lixo completo essa analise não iria ter nenhuma reclamação, ela nem ia acontecer. Elden Ring é um jogo mediano (Ou mid como os jovens falam) que tem seus momentos, poucos, mas tem, onde as primeiras 30 horas são ótimas, as últimas 20 nem tanto e a reta-final é legal. Para mim a experiência valeu bastante a pena, e se você é uma fã da série Souls possivelmente gostará e se não também, especialmente se jogar de forma mais casual, parte desses problemas citados podem passar despercebidos, mesmo assim faltaria muito arroz com feijão para Elden ring ser uma obra melhor.

E é claro terminada a análise seria, meu mais sincero vai tomar no cu para que fez os peles divinas (No qual enfrentamos 3 vezes cada, uma vez duplo), para quem decidiu botar tanto dragão, para quem decidiu reutilizar o asylum demon umas 6 ou 7 vezes nos avatares da tervore, para quem decidiu reutilizar as animações de sekiro na caruda, para quem pensou naquele boss final corta-brisa,  especialmente para quem pensou naquela biga, para quem balanceou o dano late-game, para quem pensou que boss triplo com bosses anteriores fosse legal e especialmente pra quem pensou que transformar boss em inimgo comum era uma ideia do karalho, Beijos de Luz eu não vou fazer o NG+ disso.