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GuiHan reviewed Batman: Arkham Knight
Não seria exagero chamar esse jogo, Batman Arkham Knight como a grande Magnum Opus da Rocksteady, há muito que apoia essa alegação, porém mesmo com muito carinho por ele, ainda apresenta muitas falhas. Nessa minha última jogada do título, havia me proposto experienciar o jogo em sua completude, jogar todas as suas dlcs, conteúdo esse que seria inédito para mim, conquistar todos os troféus e realizar os 240%, o que me gerou tanto experiências divertidas e interessantes, quanto momentos de frustração onde vi as rachaduras e falhas desse jogo.

Começando pela história principal, que ressalto que é boa, mas sinto falta do Paul Dini no roteiro, clássico escritor de histórias do Batman e escritor de Batman Arkham Asylum e City, onde noto uma mudança de tom considerável desse para os outros dois jogos, não que seja ruim, só uma preferência minha pelo tom mais gótico, as vezes puxando pro horror e pro sobrenatural que havia nos jogos anteriores. Gosto bastante do arco que o Batman passa ao longo do jogo, mesmo que para isso a convoluta presença do Coringa se faça necessária, mas a exploração dos medos do Batman, em relação a segurança da batfamília, do seu legado, de se ver se perdendo dentro da própria mente, são todos muito bons e bem explorados, não se é incomum a visão dele sendo contraposta, isso evolui o personagem no que é o único arco que o personagem passa na franquia além do Origins. Porém nem tudo na história funciona, e mesmo com um design excelente, o espantalho que ao meu ver é o vilão principal do jogo, que encapsula os temas de medo, é completamente escanteado, sinto ele tendo uma presença maior e mais marcante no Asylum, em que ele é uma somente uma ponta, sem contar a clara mudança de personalidade que ele tem daquele jogo para esse, onde antes ele era muito mais alucinado, infectando sem mais nem menos qualquer um que passasse por ele, aqui ele já é alguém mais controlado e metódico, o que não é uma mudança ruim em si, mas é curioso. Outro vilão que também sofre dessa falta de peso é o titular, Arkham Knight, que por ter sua identidade revelada tarde demais não abre espaço para explorar as implicâncias que a moral do personagem trás, assim sendo só relegado a alguém brabo com o Batman, que o quer matar a qualquer custo mas que em toda oportunidade que o tem não o faz. Em partes consigo apontar a falta de interesse da história tanto pelo Espantalho quanto pelo Arkham Knight como culpa da presença inexplicavelmente grande do Coringa, que volta pra roubar o foco do jogo para ele mesmo estando morto, o que não me entenda errado, ele é a alma desse jogo, ele está ótimo aqui, mas essa não é a história dele e nem deveria ter sido. O final do jogo, desde a chegada ao Asylum, com a revelação da identidade do Batman para todos, passando pela mente do Bruce intoxicado pelo gás do medo, jogando com o Coringa, superando os próprios medos e depois disso tendo a curiosa cena do protocolo Knightfall, é simplesmente maravilhoso, um primor da narrativa da Rocksteady, principalmente a parte anterior ao Knightfall, pois não gosto muito do discurso que ele prega de criminosos serem uma raça covarde e supersticiosa, que já vem desde as HQs, mas sendo elas feitas para um público infantil de praticamente um século atrás, tudo bem, ainda mais elas tendo um distanciamento maior com a vida real em seu tom e histórias, já aqui com um estilo ultra realista, num jogo moderno, acho estranho seguir nessa narrativa, quando o personagem tem tanto mais a proporcionar.

As histórias secundárias acabam sendo meio fracas também, muito por falta de uma finalização cativante, muitas delas terminam anticlimáticas, sem uma luta final, sem um evento interessante, não são todas assim, destaque para a missão do Pig e do Charada, que são bastante boas, também menção a missão do Morcego Humano que tem um começo sensacional com um dos melhores sustos que já tive, memorável, mas que depois tu passa por um processo repetitivo para mais um final anticlimático. Já sobre as missões da Season Of Infamy, elas melhoram muito em suas narrativas, muito mais intrigantes que as do jogo principal, com finais interessantes, Killer Croc oferecendo uma luta legal, Mad Hatter batalhas que retomam toda a sua jornada pela franquia Arkham, a do Ra's Al Ghul tendo dois finais diferentes, e a do Mr. Freeze com um final tocante após uma corrida por uma Gotham congelada, tudo isso, conteúdo muito bom, com o único detalhe que elas todas são extremamente curtas, coisa de 10 minutos no máximo para fazer cada uma, o que segura o potencial delas e acaba sendo um pouco insatisfatório. Seguindo nesse tom de histórias que apresentam potencial mas acabam sendo insatisfatórias pelo seu tamanho, os episódios de Arkham, nos deixam experienciar brevemente novos personagens diferentes do Batman, e para isso são ótimos, são uma introdução ao moveset deles, mas ainda assim são curtos demais, nenhum conta uma história muito interessante, mesmo a do Asa Noturna e do Robin tendo bons conceitos, assim sobrando só os desafios de combate e stealth para usufruir mais destes personagens. A última história que falta mencionar é a da Uma Questão de Família, com um escopo maior, em um mapa novo, jogando com a Batgirl, ela apresenta uma história levemente interessante mas que tem um final abrupto demais que chega a ser estranho, e mesmo assim segue sendo uma DLC divertida, tu consegue experienciar mais da gameplay, que tem seus toques para variar da do jogo padrão, tu anda por lugares diferentes, há mais coisa a se fazer, é uma DLC interessante de se jogar.

A cidade do jogo é linda, parte da apresentação sublime desse jogo, céus chuvosos em que a capa escorre essa água, luzes neon iluminam os prédios, tudo magnífico, incentivando a exploração por motivar querer ver cada pedaço dessa beleza toda. Outro aspecto que queria dar destaque da apresentação desse jogo são suas cutscenes e principalmente os segmentos em primeira pessoa, que foram executados perfeitamente.

Partindo para a gameplay agora, o combate nunca esteve tão rápido, a possibilidade de combos e ataques é grande, a variedade de inimigos é boa e te obriga a usar praticamente todo o teu arsenal de golpes e apetrechos para derrotá-los, e num geral tudo funciona de maneira bem fluída, isso é, no jogo principal, em certos mapas de desafio, a gameplay é colocada sobre tanto estresse, com tantos inimigos, te exigindo uma precisão tão alta, ainda mais indo atrás de alguns dos troféus, que simplesmente a gameplay quebra, a magia do jogo se desfaz e tu começa a ver as falhas dele. A fluidez que no jogo principal é elogiável, nos desafios, só serve para que inimigos te acertem golpes ao teleportarem, a quantidade de inimigos que era pra ser impressionante faz com que o personagem não responda direito aos teus comandos por não saber direito para quem tu tá direcionando os golpes, lembrando que isso não faz o combate ser ruim, mas o uso dele dentro desse contexto, sem se preocupar com o polimento dele para isso é de uma falta de cuidado. Outro componente da gameplay que se via mais presente nos jogos anteriores, é o stealth que aqui sinto um pouco desincentivado, muito mais bruto, derrubando 5 inimigos de uma vez só, não mais se é necessário esperar o momento certo pra atacar, muito proveniente de todas as habilidades que tu tem ao seu dispor que fazem ter que ficar escondido algo muito mais rápido. Outro pilar da gameplay desse jogo é o mais novo Batmóvel, que ao contrário do que muitos dizem, não acho que ele tenha um uso excessivo,ele te permite correr por Gotham de maneira rápida e enfrentar tanques no modo de combate, uma novidade que me agrada bastante, mesmo que demore um pouco até pegar seus controles. Assim, da gameplay só me resta falar sobre o que me é o aspecto mais triste, seus Bosses, todos reduzidos a encontros breves, isso quando sequer há uma luta, o vilão principal do jogo, o Espantalho nem sequer tem uma luta própria, enquanto no Asylum ele possuía 3, tristeza que só é levemente reduzida pela DLC onde tu enfrenta ele em um conjunto de pistas de corrida, mas ainda assim, não ter uma luta contra o exterminador, enfrentar o Arkham Knight em combate, algum tipo de luta diferente contra o Morcego Humano ou Vagalume, é simplesmente deprimente.

Sou um grande fã da série e tenho um enorme carinho por esse jogo, ele fez parte da minha infância e não foi somente o meu primeiro jogo de PS4, foi o motivo de eu ter comprado um, infelizmente agora é um jogo que a cada elogio que faço a ele, crítico sua implementação ou algum outro aspecto seu, ainda assim um jogo com muita dedicação posta em sua criação, divertido e que recomendo, pois não são seus defeitos que o definem, e seus méritos merecem ser experienciados e postos a luz.

1 day ago


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