Surpreendente, essa é a palavra correta para descrever esse jogo. Um título convidativo sem transparecer toda a beleza que há por trás dele é realmente um feito notável.

Controlando um protagonista carismático, cujo sua própria arte viabiliza emoções que você consegue captar só de olhar para ele. Você realmente sente o que ele sente dentro do jogo.
Toda a ambientação, as habilidades, os personagens de fundo - não há personagens verdadeiramente impactantes além do protagonista e o antagonista - e, principalmente, a trilha sonora colaboram para criar uma atmosfera super relaxante que, ao mesmo tempo, te trás essa sensação de solidão.
O background do jogo contado através de rádios e documentos agregam em duas frentes: a sensação de coleta e a curiosidade para entender o que, de fato, está acontecendo ao redor. Feita de uma forma sucinta, colaborativa e que consegue contar um pouco de cada figura que ali já esteve presente, todos esses "colecionáveis de áudio" te fazem se envolver com uma história que, mesmo sendo simples, é interessante, pois te insere muito mais fundo no que é o ambiente que você está explorando.
A trilha sonora é definitivamente o forte desse jogo. Disponibilizaram-na em uma plataforma de streaming, de duas, uma, ou tem muita confiança na sua qualidade ou quer divulgar o trabalho sonoro que é o ponto mais chamativo do título. De qualquer forma, esse jogo conseguiu me viciar de mais nas suas músicas. Elas constroem o clima de cada pedaço do jogo de maneira extraordinária. Você sente quando está em perigo, no mesmo nível que você também sente quando está seguro. Quanto mais próximo de áreas hostis e desconhecidas, mais pesada a música se torna. Em contrapartida, quanto mais próximo de lugares que se mostram, além de oferecerem ambientações mais aconchegantes, seguros, a trilha sonora acompanha esse sentimento para que você, de fato, consiga "enxergar" isso.

Parabéns a todo o time que desenvolveu essa bela obra, definitivamente foi um tempo muito bem gasto e duvido que não irei repetir essa experiência muito em breve. Ansioso por mais conteúdos do sr. MrSuicideSheep!

Sempre gostei de jogos mais infantis, mas esse daqui me divertiu mais do que eu imaginava.

Nos moldes de Little Big Planet, Mario Galaxy e entre muitos outros com as mesmas características de câmera por cima, dando uma vista muito boa do personagem controlável, mas também de toda ambientação, Astro's Playroom trás o melhor do divertimento.

Um jogo introdutório, cujo tem a finalidade de apresentar as diversas funcionalidades que o DualSense trouxe com o PlayStation 5, te coloca em um mundo que a dificuldade não é uma barreira. Você tem vontade de explorar cada pedaço do mapa e degustar, não apenas a trilha sonora - que é incrível, por sinal - como o próprio ambiente que é muito bem construído.

Com uma pitada de história e nostalgia, você revê gerações anteriores da PlayStation e personagens sendo incorporados pelos robôs que te dão aquela sensação de "opa, esse é o jogo tal, olha que legal!".

Não é difícil, muito menos desafiador, sua proposta, além de, como já dito, apresentar as funcionalidades do controle, te oferece uma diversão super leve e gostosa de desfrutar. Apesar desse ser seu principal objetivo, é um ótimo exemplo de como um jogo ainda pode cativar tanto um jogador apenas com jogabilidade, sem história ou elementos de que te prendem ao conto, deixando a parte jogável de lado.

Vale o tempo investido e ainda te deixa com um gostinho de "foi uma experiência única, não sei se terei com outro jogo".

Um sucessor digno do nome que carrega.

O Marvel's Spider-Man: Miles Morales trás uma série de implementações novas, não apenas na narrativa, mas na jogabilidade também. Miles se mostra um protagonista super carismático que, em certos momentos, transparece muito mais essa característica do que o próprio Peter.

Acompanhar o amadurecimento do Peter como Spider-Man é fenomenal, mas com o Miles essa jornada se torna muito mais prazerosa, pois você não acompanha apenas o amadurecimento do herói, mas do próprio Miles como pessoa.

O jogo é carregado de referências novas, uma versão mais explorável de New York e com uma trilha sonora incrível. A participação ativa do Ganke como o auxiliar indispensável do Spider-Man torna mais íntima a ligação entre o jogador e o Miles, pois ele extrai todo o potencial de transparência do personagem, não permitindo que nenhum pensamento ou decisão do Miles passe em branco sem nenhuma reflexão, seja ela boa ou ruim. Graças a isso, você sempre se sente imerso na mente do Miles.

Peca um pouco no fato do jogo mais parecer um DLC do que uma continuação da franquia, entregando um conteúdo bem curto e pouco aproveitado, juntamente de features que poderiam ser melhor desenvolvidas. Fora alguns questionamentos sobre a decisão de transformar Marvel's Spider-Man: Miles Morales em um jogo e não uma DLC, ele vale a pena todo o tempo investido.