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60h 30m

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3 days

Last played

December 21, 2020

First played

December 10, 2020

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Cyberpunk 2077 foi uma promessa de inovação, de um jogo que realmente puxasse os limites de hardware, software e gamedesign. Em inúmeros trailers, a CDPR prometia "uma experiência como nunca antes", com um mundo aberto vivo, possibilidades infinitas. Mas, infelizmente, não é o que me foi vendido ser. A partir dessa ótica, passo a fazer uma análise rápida do que achei do jogo, justificando minha nota real (3.25/5).

As missões principais são boas, o arco todo faz sentido e é bem finalizado, não é nada profundo ou inovador, são simplesmente vários heists num cenário futurista corporativo.

As secundárias também são bem trabalhadas, algumas mais do que as outras, todas valem ser jogadas, apesar de recomendar fortemente fazer um roleplay mais fechado, selecionando conforme seu personagem faria.

Sobre gigs e eventos no mundo em si não posso dizer o mesmo. Todos são pouco interessantes e, infelizmente, no momento que joguei, por praticamente todos passei por algum tipo de bug. Além disso, essas missões acabam sendo repetitivas com o tempo.

Sobre os aspectos de RPG, também acredito que o jogo pecou, na medida em que algumas habilidades são simplesmente inviáveis, crafting é inútil, mesmo com nível bem alto, por exemplo. Algumas armas que tanto custei para construir, eram simplesmente piores que qualquer uma que achava na missão principal seguinte. O mesmo ocorreu com roupas, cyberware e equipamento.

Seu char é, por conta da linearidade da história, bem delimitado, fazer um roleplay mais sério não é fácil, visto que o jogo te puxa a ser um "street kid", independente do caminho que você segue. Esse fator é coerente com a narrativa, porém. E, sendo sincero, não me impactou negativamente na medida em que entendi o que Cyberpunk de fato é: um jogo mundo aberto comum fruto de uma geração looter shooter.

Ademais, conquanto o gameplay de armas em geral seja bom, o melee do jogo é fraco, pouco atentado, nível Skyrim, o que tirou muito valor da minha experiência como streetbrawler.

Em termos de dificuldade, sinta-se livre, tem uma dificuldade adequada para qualquer tipo de jogador. Joguei no hard porque achei a dificuldade mais adequada para mim, e tive somente uma dificuldade não relacionada a bugs.

A trilha sonora é fantástica, é, para mim, o aspecto mais consistente de Cyberpunk 2077. A produção brilhou tanto na OST quanto nas rádios.

A interatividade com o mundo peca muito, é extremamente superficial e nada conforme o prometido pelo marketing da CDPR. Night City não é viva, mas somente um bonito background das missões encenadas. A possibilidade de interação é minima, se limitando a baristas, prostitutas e alguns vendedores de rua. A la GTA.

A IA do jogo é péssima também, não senti que ninguém, além dos personagens principais e secundários, era vivo. Há diversos vídeos na internet sobre, por isso não vou me prolongar nisso.

Cyberpunk 2077 continua, no momento, com hotfix 1.05, repleto de bugs. Em geral tentei ignorá-los, mas em certos pontos quebra a atmosfera completamente. Tenho diversos prints do jogo quebrando comigo em momentos cruciais.

Enfim, não é um jogo ruim, tem certos arcos muito bons, mas, no geral, é excessivo: tem um mar de missões copia e cola pra fazer, um punhado de armas pra usar, mas acaba que isso contrasta com a qualidade da missão principal, e assim, o conjunto fica incoerente, muito dispar.

A CDPR tentou mais do que conseguia e, pelo menos para mim, acabou desperdiçando um potencial gigante.

A princípio, devo dizer que é um jogo extremamente bugado, espero que consertem logo, mas infelizmente temos que julgar o jogo conforme ele foi lançado, então serei crítico. Nesse sentido, grande parte da minha experiência foi arruinada, apesar de alguns momentos engraçados de T-posing.

Quando a história e os personagens, sigo com a mesma crítica de "Joker": if you’ve never swam in the ocean then of course a pool seems deep. Com pequenas exceções, a maioria dos personagens não são explorados além da camada superficial, e a tão acalamada "Nightcity" também, nem minigames a cidade tem. Assim, apesar de viva, a cidade não é muito interativa, deixando MUITO a desejar.

Esperava muito mais pelo tempo de desenvolvimento e pela promessa do jogo que poderia ser - sem falar das inúmeras horas de crunch impostas aos developers. Enfim, Cyberpunk não sobrevive ao hype.