Zerei esse jogo em 2021 e foi uma experiência bastante esquecível. Minha única memória dele é que parece ser um jogo de navegador, e é extremamente repetitivo.

Tem uma estética maravilhosa, com designs de personagens incríveis, cenários lindos e uma trilha sonora fenomenal. Os níveis são muito divertidos de jogar, e as animações de cada equipamento e veículo tornam a experiência ainda mais encantadora e satisfatória.

Meus únicos problemas são com o sistema de combate, que não é muito interessante, e na verdade lutar contra a polícia acaba se tornando uma atividade chata, e com algumas boss fights, especialmente a com o DJ Cyber e a batalha final, que apresentam umas mecânicas duvidosas.

Cyberpunk 2077 é, sem dúvida, um jogo que deu a volta por cima. Embora eu tenha jogado pela primeira vez apenas alguns meses atrás e ficado profundamente decepcionado (pra falar a verdade, nem sequer consegui jogar muito devido à essa decepção, incluindo a enorme quantidade de bugs e mecânicas estúpidas), hoje, pouco tempo depois, o jogo já se encontra melhor em níveis astronômicos. Muitos bugs e erros foram corrigidos, mecânicas antigas foram retrabalhadas e novas foram implementadas, proporcionando uma experiência extremamente prazerosa.

Ele ainda tem seus defeitos mas nada que não possa ser corrijido no futuro, considerando as excelentes atualizações recentes, ou, por ora, resolvidos com alguns mods, que surgem a cada dia. Também vale a pena mencionar o combate, que é extremamente satisfatório e diversificado, graças à nova árvore de habilidades e da ampla gama de armas diferentes.

Apesar de a maioria das escolhas do jogador não parecer impactar tanto o rumo da história, a trama é impecável e os personagens são excelentes, incluindo em Phantom Liberty, a nova expansão. Cyberpunk 2077 é um jogo excepcional e que ainda tem muito potencial de melhora no futuro próximo.

This review contains spoilers

The Walking Dead: The Final Season, como o título sugere, encerra a saga de Clementine nos jogos da franquia The Walking Dead da Telltale. Como já é de costume, a narrativa é excelente, repleta de cenas emocionantes e referências a jogos anteriores. Os gráficos, que já eram lindos nas edições anteriores, atingem um patamar ainda mais alto dessa vez, deixando qualquer um maravilhado. Algo que é raramente mencionado nas análises do jogo, mas merece mais destaque, é a interface, que raramente aparece mas, quando aparece, marca presença, especialmente na tela de morte.

O jogo também aborda algumas questões morais e filosóficas que acredito que faltavam nos jogos anteriores, enquanto assumimos o papel de uma personagem jovem, sem qualquer experiência em desempenhar o papel de uma figura materna, ou talvez de irmã mais velha, durante o fim dos tempos.

Pela primeira vez na saga, o jogo conta com dublagem em português, o que me animou bastante, e ela é ótima, apesar de ter seus defeitos, assim como as legendas. Por outro lado, só os dois primeiros episódios foram dublados, devido à falência da empresa durante o desenvolvimento do jogo. Mesmo anos após a aquisição pela LCG, o jogo continua incompleto nesse quesito. Pelo mesmo motivo, ele conta com uma série de bugs já antigos, como personagens sumindo durante cenas, animações sendo interrompidas e até conquistas que não são desbloqueadas quando deveriam.

Amei o fato de vários paralelos com a primeira temporada estarem sempre presentes ao longo do jogo, desde a capa até a narrativa em si, incluindo o final, apesar de eu acreditar que ele não foi tão bem executado.

Na minha experiência ao jogar, assim que foi revelada a mordida que Clementine sofreu, fiquei em negação e resisti fortemente à ideia. Mas à medida que a dupla caminhava em direção ao celeiro e lutava por sua sobrevivência, essa ideia cresceu em mim. Foi uma sequência extremamente emocionante, e passei a acreditar que talvez aquele fosse um final lindo pra uma personagem tão querida, além de servir como um momento crucial na vida de Alvin Junior, que seria importante pro seu desenvolvimento como sobrevivente no apocalipse. Apesar de Clementine estar pálida e debilitada por ter levado a mordida há uma boa meia hora, e não haver nada pressionando sua perna a fim de evitar uma morte por perda de sangue depois da amputação, ela milagrosamente sobrevive, afinal, os roteiristas estavam do seu lado. Eu realmente quis gostar desse final, mas até agora não consegui. Quem sabe um dia minha opinião mude.

De qualquer forma, fica claro que o jogo foi feito com muito amor e eu gostei.

Por conta da recepção negativa que o jogo teve no lançamento, decidi esperar mais antes de comprar e experimentar por conta própria, mas mesmo com o tempo adicional que os desenvolvedores tiveram para aprimorar o jogo, eu ainda assim não achei nada demais, e olha que eu nem fui uma das pessoas que tinha altas expectativas antes de ele ser lançado.

Se é com isso que você se importa, Cyberpunk 2077 tem gráficos excelentes, mas parece que o orçamento foi direcionado quase que exclusivamente pra esse aspecto. O jogo até que funciona por si só se você não for muito exigente, mas em comparação com outros jogos de mundo aberto que tiveram um orçamento semelhante, ou até menor, ele acaba até parecendo um jogo ainda em early access. Cyberpunk 2077 dá a impressão de ser um trabalho de escola deixado pra última hora.

Olhando de longe, a cidade é impressionante e aparenta ser enorme, mas, quando você chega mais perto, percebe que grande parte dela foi feita só pra encher linguiça, sem interação alguma com elas, por mais insignificante que possa ser. Nem mesmo os camelôs escapam. O que mais me incomoda é que algumas dessas estruturas têm interiores modelados, mas só podem ser acessados durante missões específicas e depois delas nunca mais.

Além disso, o jogo não te permite jogar em terceira pessoa a não ser dentro de um veículo, o que parece algo bobo, mas ao meu ver é a coisa mais ridícula do mundo, sendo que jogos muito mais antigos te permitem fazer isso. As únicas chances que você tem de visualizar o seu personagem customizado são num espelho ou no inventário. Nem sequer as cutscenes são em terceira pessoa. Qual é o ponto de permitir customização do personagem se os jogadores não podem vê-lo andando pelo mundo? Falando em customização de personagem, ela também deixa a desejar. Mais uma vez, jogos lançados anos antes fizeram um trabalho melhor. (Por que é que dá pra customizar minha genitália se isso não tem impacto algum e eu nem sequer posso andar pelado?)

Outras coisas que me incomodaram incluem um sistema de polícia terrível, que chega a ser inacreditável que tenha sido aprovado; várias telas de loading diferentes, porém todas igualmente irritantes; e o fato de que, apesar de Night City ser uma metrópole, as ruas parecem pertencer a cidades fantasmas, com quase nenhum veículo circulando e poucos NPCs caminhando pelas calçadas. Além de uma série de outras mecânicas que não servem propósito algum a não ser limitar o jogador e destruir sua imersão.

Talvez Cyberpunk 2077 valesse a pena se custasse no máximo 50 reais. Mas, em seu estado atual, quase 3 anos após o lançamento, eu não acredito que ele valha 200 reais, ou sequer 100 em promoção. Tudo o que Cyberpunk 2077 oferece, algum outro jogo Triple-A já fez melhor. Cheguei até a baixar uma série de mods pra torná-lo mais proveitoso, mas qual o ponto disso se eu estou baixando dezenas de mods pra fazer algo que o jogo base já deveria oferecer? Quem sabe no futuro o jogo esteja melhor ou valha um preço mais condizente com o que ele tem a oferecer, daí eu dou outra chance.

We should talk é um jogo que trata de emoções humanas e relacionamentos. Possui uma boa premissa, mas acaba fracassando profundamente em transmitir qualquer sentimento genuíno ao jogador, com personagens sem muita personalidade e uma jogatina rápida.

Tanto a arte quanto a estética de No Umbrellas Allowed são maravilhosas, e foi isso que me chamou a atenção quando o vi pela primeira vez. Ele tem um charme único!

Nas primeiras horas, tudo é divertido, mas depois acaba ficando repetitivo demais. Todos os dias basicamente a mesma coisa acontece, com apenas algumas pequenas interações diferentes. Chegou um momento em que eu só tava jogando no automático porque queria chegar ao dia final o mais rápido possível. Em relação à reputação, quando você é mau com os clientes, você se dá mal, mas quando você é legal, você também se dá mal. Eventualmente, eu parei no dia 20 e pouco porque não aguentava mais a mesma repetição e constante frustração.