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This review contains spoilers

Arkham Knight foi lançado no ano de 2015, junto com outros grandes nomes como The Witcher 3, Fallout 4, e Dying Light. A Rocksteady resolveu tomar das mãos da WB as rédeas do nome do morcego e continuar os eventos de Arkham City, ignorando que Arkham Origins existiu e fechando a trilogia Arkham com chave de ouro.

O jogo trabalha com dois enredos diferentes que juntos cooperam para temperar e auxiliar no desfecho da trama principal, o primeiro aborda as consequências do jogo anterior: Batman e todas as outras pessoas infectadas pelo sangue do Coringa se transformando no Príncipe do Crime, e o segundo não só é introduzido nesta entrada, como carrega o título do jogo.

O Cavaleiro de Arkham, um misterioso mercenário que está trabalhando junto com o Espantalho e é apresentado como um conhecedor de todas as técnicas do Batman e jura matar ele até o fim da noite, um conceito interessante que infelizmente só tem a ficar pior, apresentando a maior falha de enredo do jogo.

A trama principal dessa vez usa o Espantalho como o vilão e sua maior e mais perigosa arma, a toxina do medo que faz toda a população de Gotham evacuar a cidade e deixar somente os piores criminosos vagando pelas ruas, e o Batman, o único capaz de salvar todos (ou pelo menos assim se pensava). Além disso, não há muito mais a ser comentado do enredo (na verdade tem muito, só não de forma superficial), fora o toque especial que é ver o Coringa acompanhando e comentando todos os atos do morcego durante sua jornada.

Agora para a jogabilidade, Arkham Knight evoluiu bastante de seu antecessor, refinando todas as mecânicas já existentes e adicionando uma que dividiu opiniões: o Batmóvel. Em alguns momentos do jogo, você será forçado a entrar no batmóvel e jogar uma sequência de tank combat, e para quem já jogou Transformers: Dark of the Moon (2011), é exatamente a mesma coisa. O batmóvel se transforma em um tanque com uma pequena variedade de armas ao seu dispor e você precisa destruir todos os outros tanques inimigos, mas sem ocasionalmente se transformar num robô gigante agora. Pessoalmente eu não me incomodei muito com essas partes, eu acho que pode sim ser difícil usar o controle pra mirar, mas nada que simplesmente alternar pro mouse e teclado não resolvessem, no mais, eu achei muito satisfatório correr pelas ruas de Gotham com o Batmóvel e mesmo assim ainda me encontrava preferindo planar para os meus destinos sem problema nenhum. Para mim, o Batmóvel foi uma adição muito bem-vinda ao jogo, que pode sim irritar alguns jogadores, mas o jogo parece saber disso e tenta não forçar muito.

Agora passando para as mecânicas refinadas: o combate conta com uma variedade nova de animações, interações com o ambiente e interações com aliados, todas muito bem encaixadas para dar aquela sensação de ar fresco para quem vem de Arkham City ou Origins. O modo predador também passa por novos ares, agora com a mecânica de golpe de multi-intimidação que entrega fielmente a destreza do morcego durante uma luta, um novo equipamento é introduzido, o sintetizador de voz, que torna as sessões de predador muito mais convidativas para a criatividade do jogador. Realçando o maior ponto forte da franquia: seu stealth diferenciado e desafiador.

O mundo aberto é rico e cheio de coisas pra fazer (mesmo se você ignorar o Charada, naturalmente): Torres e acampamentos para serem dominados (uma lembrancinha da Ubisoft), drones nos céus para serem abatidos e explosivos para serem desarmados são todos mecanismos de progressão perfeitamente atrelados ao mundo aberto e ao enredo, cada um desses que você faz implica em perda de presença do exército do Cavaleiro de Arkham. E se estes não são suficientes, há diversos outros vilões com seus próprios enredos espalhados pelos distritos, todos esperando o morcego para jogá-los de volta à delegacia. Duas-caras, Pinguim, Vagalume, Chapeleiro, Crocodilo, Sr. Frio, Liga dos assassinos, e claro, o Charada, que agora dá ao jogador uma motivação maior para realizar seus enigmas, sejam os puzzles mais elaborados e divertidos de fazer, ou o mini plot de salvar a mulher gato.

Dessa forma, Arkham Knight é rico em conteúdo, atendendo a sensação de jogar como o Cavaleiro das Trevas, e a de ler uma HQ escrita pelo próprio Paul Dini, e de forma mais completa dessa vez - se nos títulos anteriores poderia haver a sensação de estar faltando algo, dessa vez não há, em Arkham Knight tem tudo, toda a batfamília reunida, Gotham, boa porção dos melhores vilões, investigar cenas de crime, descer a porrada em bandidos, prender os maiores criminosos, o batmóvel, nada ficou de fora, todos os elementos que definem uma verdadeira estória do Batman estão aqui.
Agora, vamos aos pontos negativos: e o principal deles é referente ao enredo, a trama do Cavaleiro de Arkham é mal feita ao ponto de desinterpretar um importante personagem já consolidado na história do morcego. Esta falha de roteiro começa quando o Coringa começa a fazer o Batman se sentir culpado pela morte de Jason Todd, revivendo suas cenas de traumas, tortura e morte, quando isso acontece minutos depois do Cavaleiro de Arkham aparecer não restam dúvidas de qual seria sua identidade (para aqueles que conhecem o Capuz Vermelho é mais fácil ainda fazer a associação, já que o design dos dois são bem semelhantes), e o roteiro não prevê isso, montando palco para um mistério já solucionado, fazendo o grande momento da revelação ser anti-climático, e por fim, tornando todo personagem do Arkham Knight (o subtítulo do jogo), literalmente inútil para a trama, todo o roteiro poderia acontecer sem ele, e até mesmo a única cena em que o Jason Todd impacta de verdade, poderia facilmente ser substituida pelo Asa Noturna.

Além da falha de enredo, é notável e irritante o comportamento da câmera durante sequências de combate em lugares não muito abertos, a IA também pode apresentar episódios de desligamento total que vão fazer você perder um enorme combo durante uma luta, NPC’s presos em paredes, inertes e travados em alguma ação vão acontecer ocasionalmente.

De forma geral, a Rocksteady encerra a trilogia Arkham perfeitamente, sem pontas soltas. E mesmo que a concorrência fosse mais forte, seria difícil superar a franquia no gênero, Arkham Knight faz jus ao padrão de qualidade da franquia e com certeza é o melhor entre os três, só não recebendo 5 estrelas pelo crime cometido contra o Jason Todd no enredo principal.

''Assassins Creed: Brotherhood é uma extensão de seu antecessor, dando mais ênfase às novas adições de jogabilidade e melhorias gráficas, com um enredo feijão com arroz e diversas atividades espalhadas pelo mapa, é um jogo que honra seu passado e com certeza irá lhe manter entretido por mais horas.''

Assassins Creed: Brotherhood é o terceiro jogo da franquia e continua a história de Ezio Auditore, dessa vez em Roma. Nesta entrada, Ezio enfrenta as consequências por ter poupado a vida de Rodrigo Borgia e paga com a morte de seu tio Mário, motivado pela vingança, Ezio vai até Roma com o objetivo de destruir os Borgia e reconstruir a capital.

Dessa vez, contamos com muitas melhorias e inovações na jogabilidade, o combate é mais fluido e fiel às habilidades de um mestre assassino e o mapa é recheado de novas atividades para fazer. Algumas missões têm sua estrutura alterada do feijão com arroz da saga, por exemplo as de Leonardo Da Vinci, onde você opera equipamentos de guerra avançados que parecem até mesmo desafiar a engine do jogo, ou as da Cristina, que fazem você sentir novamente o prazer de jogar o segundo jogo.

E a principal nova mecânica do jogo e o que dá nome à essa entrada: a criação da irmandade. Depois de um certo ponto da campanha, o Ezio recruta pessoas acometidas pelo Borgia para lutar ao seu lado, entregando ao jogador a possibilidade de gerenciar e melhorar os recrutas até virarem mestres assassinos. É uma ideia muito interessante, vai lhe roubar algumas horas de sua vida até evoluir todos os nove recrutas, mas que infelizmente não tem muito espaço e/ou repercussão no jogo. Eu fui atrás de evoluir todos os 9 recrutas para assassino, mas sinto que poderia ter finalizado perfeitamente a campanha principal sem eles.

Sobre o enredo, não há muito o que comentar, os personagens são o mesmo e não possui aquele tempero do desenvolvimento de personagem de seu antecessor, Ezio consegue o que quer sem obstáculos e ponto final, Cesare Borgia foi um ótimo antagonista que parece não ter tido o espaço que merecia, o final se arrasta (e sem motivo aparente, visto às 10 horas de campanha do jogo) e parece acabar de forma repentina e até mesmo sem repercussões.

Por fim, é um excelente jogo, passei mais horas nesse do que no 2, provavelmente porque não parei até reconstruir 100% de Roma, pegar a armadura de Rômulo e upar toda a irmandade. Ainda faltou muita coisa pra fazer (mesmo desconsiderando coletáveis), como as missões especificas de cada guilda e alguns contratos de assassino. Então coisa pra fazer não falta, e são coisas legais e engajadoras, que são sempre bem vindas. Não vou dar as 5 estrelas porque é nesta instalação da franquia que começa a sobrecarga de missões de perseguir o alvo, são numerosas e enchem o saco, além de alguns bugs e quedas de performance que foram mais frequentes aqui até agora.

E tem paraquedas agora.

Assassins Creed II é uma experiência refrescante e, acima de tudo, inovadora em relação ao seu antecessor.

A Ubisoft fez um excelente trabalho em reciclar o (pouco) que deu certo em Assassins Creed I e descartar o que não funcionou, incluindo o Altair. No segundo jogo, observamos as mesmas animações de combate e parkour - com incrementações de algumas novas, recorrentes de adições de novas mecânicas - um salto absurdo e positivo da qualidade de dublagem e gráficos no geral.
Dessa vez, corrige-se os dois maiores empecilhos da entrada anterior, um ciclo de gameplay raso e curto, e a inserção de um novo protagonista. E é impossível fazer uma review sobre Assassins Creed II sem falar sobre seu protagonista, Ezio Auditore. Diferente de seu ancestral, Ezio é carismático, mas não só carismático, ele chora, ri, sente raiva, angústia, remorso. Reage de forma real e interessante às situações em que se encontra. Desta forma, é difícil não simpatizar com ele, o trabalho de desenvolvimento de personagem neste caso é um dos mais bem feitos já realizados em jogos, na minha opinião.
A jogabilidade é altamente envolvente, e foi fácil perceber isso quando as 16 horas que fiz em duas semanas jogando o primeiro, eu fiz em um fim de semana no segundo, algumas novas mecânicas são introduzidas: dessa vez, num mapa consideravelmente maior você pode explorar tumbas para desbloquear a lendária armadura de Altair, resolvendo puzzles e realizando parkour em tempo limite. Algumas missões são temperadas para não cair na mesmice do ‘’sneak’n’stab’’, geralmente estas são acompanhadas de figuras históricas, como Leonardo Da Vinci, sim, agora o jogo não tem medo de brincar com a história e insere personagens reais em papéis importantes na sua trama, como Nicolau Maquiavel, também.
No mais, não há muito o que se comentar além disso, o enredo é bem trabalhado e com certeza sustentado pelos seus personagens e há algumas mudanças significativas na gameplay. Dessa vez eu realmente me diverti jogando e ficava chateado com as pouquíssimas transições que tiveram para o Desmond que fossem interromper minha aventura com o Ezio.
Assassins Creed II é um must-play da franquia e deve levar as 5 estrelas por conseguir entregar tudo o que podia na época em que foi lançado.

Ah, e você pode nadar agora.