Jogos que me marcaram

Isso é tipo uma ''linha do tempo'', talvez até mais relacionada com a minha vida do que com jogos em si. Não é sobre os melhores jogos que joguei, mas sim sobre jogos que marcaram determinados pontos da minha existência.

2006/2007 - Quase certamente não é o primeiro jogo que joguei, mas é o primeiro que me interessou de verdade pela mídia, quando joguei no Gamecube na casa de um amigo. Como meus pais me deram um PS2 e não o Gamecube, eu não tive acesso próprio até a emulação ficar acessível, e mesmo assim não terminei ele até hoje. Vergonha....
2007 - O PS2 só viria no final de 2008, mas o pequeno Vini havia ganho um pczinho ok pra época, e em uma banca de jornal, encontrou uma daquelas revistas que vinham com um CD de sei lá quantos jogos, incluindo uma demo do Sonic Heroes. Bom, como dá pra ver pela primeira entrada, eu gostava muito de coisas coloridas e tridimensionais, então é, me apaixonei. Daí também nasceu minha primeira hiperfixação, que foi o Sonic. Eu até já tinha jogado o 1, já que o cara que vendeu o PC pros meus pais tinha botado uns emuladores, mas os gráficos do Heroes me conquistaram. Entrava no Power Sonic todo dia e ainda ficava vendo as cutscenes dos jogos no Youtube tendo que esperar a internet discada por horas!!! Engraçado que ele quase foi pro limbo de não-zerados do Mario Sunshine, já que quando eu finalmente peguei o jogo completo no PS2 eu não consegui zerar. Mas zerei ele em 2019.
2007 - Eu já havia sido introduzido aos emuladores, mas eu não sabia ainda baixar jogos novos de outras plataformas. Certo dia, o pequeno Vini ENCONTROU O COOLROM. O resto é história. Os jogos de N64 sempre eram o maior barato, já que o tamanho de arquivo deles era tankável pra internet discada, e eram jogos grandes, em 3D, bonitos, imersivos... Porra, os Zeldas então... Coloquei o Ocarina mas eu também jogava muito o Majora's Mask, e até gostava mais dele. Aos 6 anos de idade, ter descoberto sozinho como baixar ROMs foi um grande feito, e jogos assim eram uma recompensa incrível. Eu não entendia inglês, então não zerei nada, ficava só andando pelo mundo e brincando com os cheats, mas já tava bom demais. 17 anos depois disso, finalmente zerei o Ocarina of Time, e pretendo fazer o mesmo com o Majora's ainda esse ano!
2008 - Isso não é nem pelo jogo (ou jogos já que é uma coletânea), é mais pelo PS2 mesmo, simbolizado pela Gems Collection porque por acaso foi o primeiro disco que coloquei nele. Eu digo isso porque eu tenho memória muito mais com o console e o que simbolizou ter um videogame pela primeira vez depois de tantas idas em casa de amigo e surfadas na internet. Só pra não deixar batido, vou citar de cabeça os jogos do Homem-Aranha, os GTA San Andreas piratas, Bomba Patch, o jogo merda do Shadow, jogos de animações como Madagascar e Shrek... Eu ainda era bem criança então eu ficava mais nisso aí mesmo... Foi bem legal mas eu não tenho 10% das histórias de PS2 que as pessoas costumam ter.
2010 - Videogame é pra se divertir, né? Ganhei o Wii de presente de Natal e fiquei jogando isso aí com minha prima a tarde toda até o braço doer e termos que tirar da tomada por causa de uma tempestade. Que dia maravilhoso foi aquele, e que console maravilhoso é o Wii. Outras pérolas dessa época foram Super Mario Galaxy (ainda é top 10 jogos pra mim), Sonic Colors, Super Paper Mario, WarioWare Smooth Moves, os PES que eram divetidíssimos, LEGO Star Wars...
2011 - Ganhar videogame em 2 natais seguidos é o sonho de toda criança, e cá estava eu com meu novo Xbox 360, e jogando um jogo que celebrava toda a história da minha grande hiperfixação até o momento, com aqueles gráficos HD lindíssimos. Minha priminha também nasceu no dia em que ganhei o videogame, o que tornou esse dia um daqueles que consigo lembrar pra sempre tudo que fiz nele, desde quando acordei até quando fui dormir.
2012 - Nesse ano, qual ser humano na faixa dos 10 a 13 anos não teve essa fase?
2012 - Uma pequena virada de chave na minha cabecinha. Fora o GTA, eu tinha tido muito pouco contato com jogos mais ''maduros'', e nem era por restrição dos pais, já que eles não entendiam nada de videogame e só me deixavam jogando. Era uma mistura de gosto e inocência. Pra quebrar esse gelo, nada melhor do que o GTA na escola, né? Veio tudo no momento certo. Eu já era mais sabidinho no inglês então curtia algumas das piadas ácidas, e no geral tinha mais senso do que fazer em um jogo de mundo aberto ao invés de ficar só zoando. Foi bom demais quebrar a cara do Gary no final!!! Que jogo! Nessa fase mais ''adulta'' do 360, incluo também experiências com jogos como o GTA 4, Sleeping Dogs, Resident Evil 5, Assassin's Creed Brotherhood e Saints Row 3.
2012 - 3 natais, 3 videogames novos!!!! Ao adquirir o PS3, eu concluí minha formação gamer com a introdução de 2 grandes novidades: jogar online e comprar jogo original. Os amiguinhos da escola eram pirados no tal do COD então lá fui eu, e que decisão boa... Além do multiplayer e zombies do BO2 serem lendários, eu ainda adquiri meu PhD em palavrões e insinuações sexuais logo aos 11 anos! Inesquecível!
2013 - Esse SERIA o primeiro jogo que eu pegaria no lançamento na minha vida, mas eu uma série IMPOSSÍVEL de eventos, a Americanas de Cruzeiro-SP vendeu todos. 4 dias de espera, mas que valeram a pena porque o que eu joguei esse jogo, pelo amor de Deus... Pena que depois de uns 2 anos o online encheu o saco....
2013 - Esse FOI o primeiro jogo que eu peguei no lançamento na minha vida, e foi meu primeiro ódio gamer, já que VAI SE FUDER QUE MAPAS DE MERDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA MATARAM O COD
2013 - Eu descobri o Ultimate Team... Prefiro não me estender.
2014 - Com um ainda moderado fifismo na cabeça, o adolescente Vini se depara com a escolha entre PS4 e Xbox One. Esse jogo desempatou a questão. É engraçado que mesmo eu tendo escolhido o PS4 por causa dele, nem consigo me lembrar tanto da história porque foram anos e anos só jogando FIFA quase, o que me fez jogar e zerar poucos jogos de verdade por uns bons anos aí.
2015 - Já não bastava o cérebro corrompido pelo FIFA, isso aqui ainda entra na cabeça do jovem.... Foram alguns anos tendo muito pouco contato com videogame de verdade...
2018 - Olha, não é como se eu ABSOLUTAMENTE tivesse parado de jogar tudo que não fosse futebol, mas se eu zerei uns 15 jogos nesse período que eu pulei, foi muito, por mais que alguns tenham sido fantásticos como por exemplo RDR1 e South Park Stick of Truth que estão no meu top 10 também, mas na minha cabeça tudo era só complemento às minhas jogatinas futebolísticas, então resolvi pular de qualquer forma. Isso nos leva pro final de 2018, em que eu havia acabado de terminar o Ensino Médio em um tom bem desanimador, os jogos de futebol estavam cada vez piores e eu resolvi usar o RDR2 como o escape pra colocar meu capuz de gamer novamente. Puta obra de arte apesar da obsessão doentia com o realismo e os diálogos extensos demais no cavalo. Eu estava de volta.
2019 - O VERDADEIRO GOTY DE 2018!!!! Ainda nesse momento meio que de ''redescoberta'', eu tinha 0 interesse nesse jogo pq achei que seria mais frufru chato de herói, mas uma vez, assim como nos velhos tempos, fui na casa da minha prima e ela tava jogando ele, o que despertou minha atenção e me fez comprar ele um tempo depois, e é o único jogo da Sony até hoje que te dá a experiência completa de jogar um filme. Muito divertido, e a história é muito bem executada. Obra-prima. Me senti como uma criança novamente, por tantos motivos...
2020 - Meu 2019 foi sobre redescobrir a arte dos videogames, e eu realmente experimentei bastante coisa, além de ter revisitado minha hiperfixação em Sonic. Acho que de tudo, só faltava eu experimentar um JRPG, e quando o mundo parou, eu vi esse jogo estranho em promoção na PSN me prometendo horas e horas de conteúdo, e todo mundo falando que era uma obra de arte. Era mesmo. Eu havia jogado o Vanilla, e imediatamente já fiquei esperando o Royal entrar em promoção pra me saciar, e depois foi o 4, o 3, os spinoffs, os clássicos. A nova hiperfixação. O Royal é simplesmente o jogo da minha vida!!! Com isso tudo, eu me abri mais pro Japão, e bom... não parou por aí...
2021 - HIPERFIXAÇÃO 3.0!!!!! Eu tinha tido uma pequena experiência com Yakuza 4 em 2015 e não avancei muito apesar de gostar, mas ter conhecido Persona me fez relembrar da existência da franquia, e eu joguei o Kiwami sem pretensões. Desde então eu tenho mais de 20 jogos dessa franquia zerados, então né....
2021 - Mais japonês do que nunca depois de ter jogado uma porrada de Persona e Yakuza, finalmente chegou a hora de jogar esse spinoff tão exótico, e cara... COMO QUE PODE UM SIMPLES SPINOFF DE UMA FRANQUIA JAPONESA QUE NINGUÉM CONHECE AQUI NO BRASIL SER TÃO BOM???? Isso deu um negocinho na minha cabeça, e foi aí que meu canal no YouTube nasceu, quando na euforia de ter platinado o jogo, eu decidi que ele merecia uma review em português brasileiro. Apesar de excelente, não é um dos jogos da minha vida em qualidade, mas em impacto talvez seja o maior deles.
2022 - Uma conquista adulta, já que foi meu primeiro jogo que fiz pre-order com meu próprio dinheiro! Foi um grande alívio pra um fã de Sonic, depois do que foi o Forces e todos os anos de espera. Gosto bastante do jogo, mas os updates, além da forma como aquela parcela da fanbase que entende pouco de videogame trata o jogo como se fosse um candidato a GOTY da vida, me deixaram um pouco cínico, confesso. Mesmo assim, foi bem especial.
2023 - Yakuza acabou se infiltrando cada vez mais na minha mente com o passar dos anos, e isso se refletiu bastante no meu canal, que acabou ganhando um foco específico na série. Como eu pulei o Ishin no lançamento, o Gaiden foi o primeiro que eu cobri assim que saiu, e cara, foi uma semana muito linda e especial. O jogo, apesar de curto, foi de encontro aos padrões da RGG, e o final foi a primeira vez que chorei com videogame. Lágrimas já haviam sido derramadas dias antes, quando o Fluminense ganhou a Libertadores. Regado a choros de alegria, o começo daquele novembro sempre estará no meu coração.
2024 - Se o Gaiden já tinha mexido comigo, imagina esse aqui, né? Certamente o jogo que mais antecipei na vida, até mesmo pela cobertura que fiz dele, e entregou demais, por muito pouco não foi o melhor de toda a minha vida. Vários dias sem dormir direito pra saber o que aconteceria com o Kiryu, e muito choro gamer no final, acompanhados da gameplay mais criativa de JRPG que já vi e de um grupo verdadeiramente amável de personagens. Não tem canelada no roteiro que estrague.

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