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MGS V: The Phantom Pain é mecanicamente a entrada da franquia mais focada em criar uma experiência verdadeiramente formidável e dedicada à liberdade de abordagem nas missões de infiltração; dando ao jogador o direito de ter seu próprio estilo, e valorizando seus métodos diante do mundo aberto, ainda que se mantenha sendo um jogo que premia essencialmente o stealth. E tudo isso é feito com uma excelência absurda, tornando-o, tranquilamente, um dos melhores jogos da 7ª/8ª geração. Não que tudo sejam flores; a briga Konami x Kojima é sentida na segunda metade do jogo, onde se dá início a um ciclo de missões repetidas nas quais 13 das 19 missões finais já foram jogadas no início do jogo, alterando-se apenas a dificuldade da missão, e apenas três missões nessas 19 são relevantes para a história, que ainda acaba cheia de furos e pendências de coisas que ela mesma apresentou. Falando na história, ela é boa, mas é também a mais fraca quando se pensa na franquia como um todo, com um desfecho decepcionante para seu vilão, e os pontos principais da história sendo contadas em fitas cassetes, com o maior plot twist do jogo sendo em uma missão repetida. Jogar um jogo da franquia Metal Gear Solid com uma narrativa tão largada foi um tanto decepcionante para mim, já que estamos falando de uma franquia que trouxe tamanha revolução, justamente, por criar gameplays únicos em narrativas cinematográficas. Ainda assim, o gameplay excepcional justifica a obrigatoriedade de se jogar esse jogo pelo menos uma vez na vida.