Esperava amar esse jogo por amar Downhill Domination, mas não senti 1 terço dessa diversão. Ainda me pegou de surpresa por ele ser rogue like, um gênero que me cansa bastante.

As bikes pegam uma velocidade daora, mas as pistas são muito parecidas e mudam com muito pouca frequência. Até trocam os obstáculos, mas não foi o suficiente pra mim.

Da pra jogar pra relaxar ouvindo uma musiquinha, se divertir já vai ser mais difícil.

O parkour nesse game tá até melhor que no primeiro e é gostoso de usar ele no mundo aberto, apesar de eu preferir a linearidade do clássico. A cidade tem uma identidade ainda mais futurista que a do primeiro jogo, isso eu não curti tanto, mas também em vários momentos passamos por cenários que lembram bastante o mesmo.

Falto mais habilidades no sistema de rpg, chega um momento que vira só atributo pra desbloquear e tem muito objetivo secundário pra encher linguiça, mas não são obrigatórios.

O combate teve umas melhorias, mas ficou faltando muita coisa ainda, tinham que ter colocado mais formas de enfrentar os inimigos mais fortes, porque eu só consegui derrotar eles dando vários chutes e voadoras (eles aguentavam umas 10).

Já na história eu não prestei atenção, até tem alguns personagens legais como a Plastic, mas eles ficam falando no meio do parkour e meus olhos não conseguem acompanhar a legenda. Iria dar 4 estrelas pro jogo, ia depender do final, mas ele me broxou. A ultima missão até foi legal, mas podia ser bem mais extensa, entregando mais fuga e parkour.

Ao mesmo tempo que eu gostei, também achei que ele se estendeu demais. Talvez porque eu fui burro, não necessariamente culpa do jogo. Por conta disso não fiz o final verdadeiro, nem to muito afim de fazer.

Os chefes tem um nível de dificuldade bem destoante do resto do jogo. Eu estava esperando só um zeldinha básico, mas fica complicado se tu não puder usar bombas incendiarias (fica a dica).

Trilha sonora é boazinha, não incomoda, mas também foram poucos momentos que curti ela. Quando a poeira baixar, vou reescutar as musicas pra ver o que se salva.

Agora o resto do jogo eu amei, trás muito bem aquela sensação de "ah, era assim que chegava aqui", bem característico de Zelda-likes e Metroidvanias. E claro, o protagonista é fofo.

Um bom Beat 'em up, mas a história é praticamente nula. Mesmo a gameplay compensando a falta de história, o jogo peca muito em ser raso demais.

Os chefes são totalmente genéricos, o boss final chega a ser vergonhoso de fácil. Até o level design das fases são rasas demais, sem nada muito "único".

O jogo é MUITO parecido com Streets of Rage, com exceção que Streets of Rage tem personagens legais, bons chefes e um ótimo level design. Não apenas uma jogabilidade Beat 'em up viciante.

Prós:
- Uma aula de boa trilha sonora.
- Ótima ambientação e atenção aos detalhes + gráficos com uma linda estética.
- Boas tramas entre os personagens.
Contras:
- O jogo é 0 intuitivo (sério, chega a ser frustrante não saber fazer tais cafés, e o game não te ensina).
- Excesso de diálogos e pouca interação com o jogo.