11 reviews liked by Klondike


o melhor jogo brasileiro que temos. plataforma 2D todo redondido, nota 10 mais do que justa, game acerta em tudo.

jogo mt leve e a região é mt boa, impossível de se perder em qualquer momento do jogo.

como eu sempre digo, esse jogo seria mil vezes melhor se você pegasse os sapatos de correr junto com a Pokedéx. é terrível sempre ter que ficar andando devagar que nem um pateta até depois do primeiro ginásio.

Amazing, heartwarming game that has so much charm and personality. One of my favorites this year by FAR. Maybe of all time.

esse é o melhor remake que poderíamos ter tido. perfeito.

EU ODEIO SISTEMA DE PESO!
E Souls Like assim não é pra mim. Prefiro algo com mais ação fenética.

This review contains spoilers

Eu pensei que The Messenger era uma paródia afetuosa de Ninja Gaiden. Após 12 horas de jogatina, descubro que estou errado. A apatia coletiva por trás de todos os personagens, que parecem a todo momento não levar nada a sério e não perderem a oportunidade de fazer trocadilhos e piadinhas não importa a situação, é um mecanismo de defesa. O mundo de The Messenger não é o mundo de u desenho animado que sempre tem tempo para tirar sarro da aparente falta de lógica de vários de seus tropos: é um mundo de horror cósmico em que os poucos sobreviventes de um holocausto que transcende o tempo e espaço fazem o que podem para manter seus resquícios de sanidade e esperança. Que isso tenho sido tão bem camuflado por boa parte do jogo e, quando revelado, se demonstre perfeitamente coerente com narrativa, é um testemunho do quão bem escrito é o game e como ele sabe escolher a hora certa para se revelar como mais profundo do que parece.

Eu diria que, na base, é esse senso de ritmo o segredo de The Messenger, a grande característica que o torna especial. Veja, por exemplo, a maneira como a aventura é dividida em duas partes: o que é a princípio um action-platformer 8-bits linear depois se revela como um quasi-metroidvania com viagem no tempo e gráficos 16-bits. Essa estrutura permite que todas as principais mecânicas do jogo sejam introduzidas uma a uma, de forma isolada, com os desafios se complexificando de forma progressiva antes do jogo te deixar "livre" para usar tudo o que aprendeu. Tecnicamente, as seis primeiras horas do jogo são apenas um longo tutorial — mas está tudo inserido de forma tão coesa na narrativa e o ritmo em que novas coisas vão aparecendo é tão bom que você nunca fica com a sensação de que é um tutorial.

Minha maior crítica para o game fica mais pelo potencial desperdiçado em certas partes. O jogo adora subverter tropos do gênero, usando isso como sua principal fonte de humor, mas a subversão nunca sai do campo narrativo. No momento que pensei que ele quebraria todas minhas expectativas, virando um shopping simulator, ele logo fez uma correção de curso e voltou a ser um action-platformer tradicional (ainda que com um temperinho de metroidvania). Talvez seria pós-modernista demais fazer algo desse tipo, mas, hey, um homem pode sonhar.

"o fluxo do tempo é sempre cruel... sua velocidade parece diferente para cada pessoa, mas ninguém pode mudá-la..."

tive muitos pensamentos ao finalizar Ocarina of Time, a transição do jovem Link para o herói adulto é extremamente triste, pois ele é lançado em um futuro sombrio e sem esperança, onde Hyrule está em ruínas e as forças do mal dominam. não há espaço para a infância florescer. entendo isso como uma metáfora para a vida real onde muitas vezes somos privados da oportunidade de experimentar uma infância antes de sermos lançados ao mundo adulto, temos que ser nossos próprios heróis. meu primeiro contato com o jogo foi nesse ano e me arrependo de não ter tentado antes, é uma obra prima.