Amnesia sempre foi um jogo que eu gostava de ver as pessoas jogando e não de jogar

Agora no Game Pass, eu fui em busca de me aventurar no terror psicológico que é disparado o estilo de terror que eu menos gosto.

Após terminar o jogo e pesquisar minimamente sobre, descobri que Rebirth se passa mais ou menos 100 anos após The Dark Descent e mesmo sendo uma verdadeira sequência, possui uma história própria e pode ser interpretado de forma independente. Então, se você está lendo essa resenha e tem interesse pelo jogo, talvez seja legal visitar The Dark Descent primeiro, fica a seu critério.

Uma história entre dois mundos: Em Rebirth, o jogo conta a história de Tasi, uma desenhista que está em uma expedição com seu marido Salim e uma equipe de exploradores que estão em busca de tesouros na África. Chegando próximo ao destino, o avião começa a passar por turbulências e, ao olhar pela janela, Tasi tem visões de um outro mundo muito estranho até que... o avião cai.

É aí que a jogatina e o começo da história se dão. Tasi acorda no meio do deserto e vê que está sozinha, pois toda a tripulação e, principalmente o seu marido, simplesmente sumiram. Sem lembrar ou saber de nada o que resta é partir para a exploração. Com o tempo, Tasi vai descobrindo que muitas coisas são familiares em muitos locais que ela passa pelo deserto, pois ela já esteve ali. Além disso, as passagens para o outro mundo e tudo que existe nele, o motivo dela já ter estado ali e o aparente sumiço da tripulação, tem a ver com ela mesmo e com o que ela carrega dentro de si.

A história é profunda e emotiva, com as descobertas sendo bem motivadoras para se manter no game. Sem dúvida alguma é o que tem de melhor aqui, mas infelizmente faz ser bem legal até a metade, pois dali para o final, nós já tomamos conhecimento de tudo e o pace geral do game vai ficando cansativo.

O medo está em todo canto: As premissas básicas de Amnesia são o escuro e o medo e em como sofrer a consequência disso faz com que a sanidade do personagem fique totalmente perdida. Aqui em Rebirth a explicação para não ficar no escuro foi muito boa, pois a Tasi possui uma doença que a impossibilita de sentir medo e, quanto mais ela sente, mais o medo a consome e isso traz notórias consequências ao corpo dela e a narrativa em geral, então basicamente, não sinta medo.

Mesmo com esse meu conselho de não sentir medo, é extremamente difícil fazer com que Tasi não se impacte por nada do que acontece na tela. Embora as aparições de monstros não sejam tão grandes até a metade do jogo, de lá para o final a parada começa a ficar séria. Existe uma parte onde você precisa resolver um puzzle labirinto (mas os monstros podem de te ver pois o labirinto é feito de espinhos então fica tudo aberto) ao mesmo tempo que foge de um monstro e é MUITO tenso, pois não tem lugar para se esconder e acender luz ou correr, chama atenção dele para você, então é muito desesperador.

Além disso, como mencionado da segunda parte do jogo, você vai passar por muitas cenas de perseguição e de inimigo stalker que você precisará contornar para avançar. Serão momentos de constante montanha russa entre tensão e alívio.

Gameplay leve, gerenciamento de recursos e puzzles: Simples e extremamente precisa, achei que os comandos encaixaram muito bem para o controle e a forma como você obtém itens e tudo mais no jogo, colaboram muito para a tensão e atmosfera geral. Uma lanterna e a impossibilidade de carregar mais do que alguns potes de óleo e a capacidade de carregar apenas 10 palitos de fosforo.

Durante a minha jogatina eu consegui gerenciar bem os itens e em momento nenhum eu fiquei sem combustível ou fosforo, mas fique atento ao medo de Tasi e as várias salas extremamente escuras, pois você pode ficar sem. Meu conselho para um fosforo bem usado é: acender 3 tochas para um fosforo usado. Vão ter momentos onde você não vai conseguir realizar essa matemática, mas está tudo bem, o importante é tentar fazer ao máximo para gerenciar bem os seus recursos.

Sobre os puzzles, eles estão em basicamente todas as sessões do game ou quase que a cada sala, variando entre grandes e pequenos puzzles. No geral, eles são bem fáceis de resolver e os documentos vão ajudar bastante e resolvê-los, isso quando eles não forem totalmente intuitivos.

Apesar de escuro, belos cenários e apesar do terror, ótimo som: Não pense que apesar de ser bem escuro o jogo não seja bonito, pois ele é... e muito. Sem dúvida alguma a parte do deserto foi a que mais me chamou a atenção em termos de beleza e detalhes, pois o jogo é escuro por si só, mas o deserto se passa de dia então traz um contraste bem interessante. Agora, a parte do outro mundo, já é escura por natureza e com o jogo dark, pode ser difícil de notar algumas coisas, mas no geral é muito belo também.

Sobre a parte sonora, aqui o destaque vai para todos os sons de atmosfera que dão o tom mesmo. Quase não há música e isso é ótimo para a proposta do jogo, então você vai conseguir perceber a nuances de objetos que você ou seu inimigo esbarra, as pegadas, o som da respiração que é importante quando você está se escondendo e por aí vai. No fim, apesar da música não se fazer tão presente, quando ela aparece, é bem encaixada com os momentos, principalmente nas fugas.

Agora, bom mesmo da parte de áudio é o excelente trabalho dos atores na atuação, com destaque para a atriz que faz a Tasi. Durante todo o jogo, mas principalmente no final, quando um acontecimento em específico parece mudar totalmente a vida e trajetória dela no game, foi muito bom.

Conclusão: O jogo não decepciona, porém não encanta. Para mim, ele se manteve no meio termo como um jogo legal e uma ótima experiência de terror para se jogar. Há quem diga que a história no final possa parecer clichê, mas eu achei que a construção dela foi interessante. Para mim, o que pegou foi a forma como o pace da metade para o final ficou e o game foi conduzido com o inimigo stalker sendo bem chatinho e tomando grande parte dos confrontos.

Reviewed on Dec 15, 2022


7 Comments


1 year ago

A epic games deu ele uns meses atrás

1 year ago

Vale a jogada, levei umas 11 horas para zerar, mas acredito que dê para terminar em mt menos tempo

1 year ago

Eu sou o contrário, assistir Amnesia é um saco, mas jogar é sempre uma experiência foda os jogos da Frictional

1 year ago

Eu gostava de ver o povo tomando susto kkkkk, principalmente o Alan, na época de ouro do canal dele.

1 year ago

Texto bonito, texto bem feito, texto formoso.

1 year ago

@CDX mt obrigado cara. tem mts erros no texto, mas to tentando aprimorar a escrita

1 year ago

Não existe texto perfeito, o importante é que tu tá tentando! =D
(e conseguindo :v)