"É mais facil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo" Mark Fisher

Cloudpunk é a síntese de um mundo no mais tardio momento do capitalismo tardio, um mundo cheio de luzes neon e outdoors que fazem propaganda de uma vida melhor em que completa uma grande catarse com o quão cinza e sem vida o mesmo mundo é. Seus gráficos poligonais constroem uma cidade em colapso diante o próprio sistema, suas linhas de texto mostram um mundo sem esperança, onde os ideias capitais se encontro tão subjugados nos sentimentos das pessoas que o simples ato de viver parece absurdo.

É a dicotomia entre ser e essência, entre a estrutura e o discurso, entre a euforia e a melancolia.

A toda hora surgem diálogos sobre plantar arvores e construir lugares para crianças se divertir são movimentos de protesto, sobre o ato de se suicidar quando não se é mais produtivo é algo bem visto pela sociedade e sobre a arte ser apenas um produto de uma industria. Tais reflexões são o âmago de Cloudpunk e seu ponto mais alto.

Quando se busca pra outros quesitos técnicos do jogo, Cloudpunk se torna diminuto, sua gameplay de direção é medíocre, não chega a ser algo ruim mas também não é nada demais, se tornando enjoativa e repetitiva com o passar do tempo; os NPCs nos quais a protagonista conversa por diversas vezes não correspondem quanto a arte que representa eles nas linhas de diálogo e seu modelo poligonal.


No entanto nada disso tira o brilho, ou melhor, a melancolia deste game, é uma síntese politica do sistema vigente e como isso subjuga a essência da humanidade.

Jogue sabendo das limitações e sabendo o que esperar (textos e textos). Dito isso, Cloudpunk é fantástico.

Pseudoregalia se embriaga em nostalgias que causam um afago carinhoso em meio a uma industria tão brutal.

Remete em você lembranças que não necessariamente existem, mas que estão latentes em nosso inconsciente, não apenas pelo seus gráficos retrô, pelo seu level design de plataforma em um mundo semi aberto ou até mesmo pela sua narrativa simples e cativante, Pseudoregalia apenas existe e sempre existiu em sua mente.

Sua movimentação é precisa, rápida, responsível e muito satisfatória, seu mundo interconectado é extremamente bem construindo onde durante maior parte do game vai fazer você balbuciar "nossa, então todo esse caminho dava aqui ?", seus cenários e npcs contam uma história de um grande reino e seus design de som é fantástico, onde cada ação que a protagonista faz tem um feedback acalentador.

Pseudoregalia não é perfeito, existem sim alguns problemas na falta de desafios (principalmente quanto ao combate) e por diversas vezes você estará completamente perdido sem fazer ideia de para onde seguir para prosseguir, no entanto nada disso tira o mérito de Pseudoregalia ser fascinante.

Uma curta experiência que vai me marcar pra sempre, criando e redescobrindo memórias longínquas de uma época onde tudo era mais fácil.

Obrigado, Pseudoregalia.

O design de mapas é esquisito, TTK é estranho, é impossível se divertir jogando pois a cada 3 segundos você recebe uma Flash, os servidores tem apenas pessoas jogando de shotgun, os conteúdos de Battle Pass são medianos pra ruins, falta criatividade por parte dos desenvolvedores e o desempenho do jogo é uma eterna incógnita, você nunca vai saber se o jogo vai estar rodando a 190 ou a 37 FPS.

Enfim, MWII se trata de um retrocesso por parte da activision em relação a todo o progresso feito nos últimos 4 anos de COD.


Lamentável esse jogo, e todos os problemas aqui citados são elevados ao cubo quando se joga o Warzone.