15 reviews liked by ShadiusMaximus


Eu achei que fosse um clone de Mad Stalker com a skin do anime, mas apesar dele ter a estrutura bem parecida ele é outra parada, tudo nele é mais complexo e criativo eu diria, tem mais fases e ataques especiais, parece mais com um jogo de luta mesmo, ele tem um esquema de boss fight e melhorias muito interessante também, joguem pra descobrir, to incrédulo que um anime mecha foda-se de 2000 provavelmente feito pra criança tenha um jogo tão bom e bem feito assim, merecia ser mais conhecido.

Ele pega tudo de errado no anterior e conserta, é tão óbvio como aquele jogo é mal feito que logo de início tem uma forte ênfase no aperfeiçoamento do combate e daquela mecânica de perseguição. A grande novidade são os múltiplos protagonistas, sacada perfeita e corajosa pra fugir da mesmice, mas acho que não funcionou tão bem, enquanto os 3 personagens novos são muito bons e é legal o combate único deles (principalmente do Saejima) acaba que todos tem pouco tempo pra brilhar, se tu focar na história da pra completar a parte de cada em menos de 3 horas e muito desse tempo é cutscene, tem capítulos que são 90% só isso, ah beleza, é um jogo mais "filminho" (como diria o filósofo Cristoph Sena Schlafner) não é esse o problema, eu queria ter visto mais dos personagens, esse tempo curto também fez a progressão das skills ser corrida, como tu não tem tanto tempo pra ganhar xp acaba que todos os combates obrigatórios são o suficiente pra te deixar forte, em menos de 1h o personagem já tá num nível que deixa o jogo muito fácil, a única batalha que tive dificuldade foi o boss final do Tanimura, não tem aquela progressão legal e meio lenta que eu curtia dos outros jogos, o ápice disso é na primeira parte que tu controla o Kiryu e ele já passa de nível 9 vezes. Falando sobre a história é interessante como esse jogo tem um certo destaque pro submundo de Kamurocho, no 1 tinha uma questão com os mendigos, aqui volta isso, o mapa agora tem áreas superiores e subterrâneas, esgotos habitados por mendigos também, tem um quarteirão secreto com uma população chinesa formado por becos estreitos e escusos, isso tudo combina demais com toda a vibe e estética neo noir da franquia, talvez o jogo que tenha melhor trabalhado isso até então. Quando chega na trama é aí que o elefante na sala surge, ela caminha de forma quase perfeita intercalando pontos de vista, tem o resgate muito bem feito de um personagem do jogo anterior também, a questão principal é que nem no 2, um crime do passado que causa todo o caos no presente, dessa vez trazendo toda uma corrupção dentro da polícia e tal, mas é aí que vem o motivo desse jogo ter uma certa infâmia, simplesmente o plot twist mais broxante que eu já vi na vida envolve esse acontecimento, muitos dizem que isso destrói totalmente o jogo, não acho que chega a esse ponto, mas realmente é problemático, óbvio que a franquia tem seus bullshits aqui e alí, mas dos 5 jogos que joguei com certeza esse foi o maior de todos, isso que no 2 tem um castelo mágico brotando do chão, sinceramente não sei pra que isso, parece que o roteirista da franquia tem alguma síndrome de Shyamalan que todo jogo tem que ter um plot twist ultra mirabolante. Falando assim parece que eu nem curti o jogo, mas eu amei, a história mesmo com esse problema é ótima, os personagens novos também, inclusive nem tava com vontade de jogar com o Kiryu. Por fim queria destacar a trilha sonora, a melhor da franquia até o momento pra mim.

Me incomoda como ele tem a exata mesma estrutura narrativa que seu antecessor só mudando o contexto e os personagens, chega a ser bizarro no final tu perceber que esse jogo comete até o mesmo erro com o vilão, porém é interessante toda a trama ser baseada num único acontecimento do passado que leva a todo caos de agora e liga o destino de todos os personagens, o suspense criado em cima disso é bom mas a trama força a barra o tempo todo, esse jogo também tem um problema sério no que tanje escolha de trilha sonora, quem jogou sabe exatamente a qual cena estou me referindo. Pra mim a melhor coisa acabou sendo o combate e o sistema de skills, transformando os restaurantes em locais importantes, ele troca o sistema de estilos por um único estilo que combina bem todos os outros, o combate é bem fluído mesmo que seja muito fácil e a física de tudo sendo bem estranha.

Não é um jogo tão único e com uma história tão bem contada como a do 0, mas consegue ser marcante, um dos pontos que mais gostei foi tudo que cerca o personagem "The Florist of Sai", o lance dele é o tipo de coisa que me agrada muito, também me passa uma vibe de trama do Batman, o Nishikiyama também é um personagem incrível, o problema é que a história se perde muito no lance de ficar matando personagem relevante para tentar causar impacto, uma em específico é bem tosca e outra bem desnecessária, pra mim é perceptível que lá em 2005 eles não acreditavam numa sequência e acabaram fazendo isso pra deixar a trama mais bombástica, por causa disso o jogo parece o fim de uma trilogia épica, não o início de uma longa franquia. Em questão de mecânicas acho que o grande destaque é o Majima Everywhere, é muito bom o Goro como esse stalker/rival do protagonista mas que na real nós que queremos ir atrás dele pra evoluir o Dragon style.

O grande mérito desse remake foi ter deixado a dungeon mais modorrenta, sonolenta e sem graça da história dos videogames numa coisa divertida, estilosa e até com elementos de roguelike, ele também melhora a qualidade de vida do jogo, desde coisas que facilitam/agilizam o combate e a exploração (viagem rápida pra tudo por exemplo), até mecânicas novas que melhoram a experiência num geral, mesmo com essas melhorias ainda é um jogo problemático (como o original também era), a ost eu não preciso nem comentar, não chega a ser ruim a reformulação das músicas, mas são basicamente versões sem alma das originais, pra mim mataram totalmente a estética também, é um Persona 5 com skin, a Atlus não consegue largar essa bosta, das mecânicas novas teve 2 que me incomodaram muito, como no original os meninos da party não possuem social link (o que não faz o menor sentido), aqui eles tentam concertar isso, mas ao invés de dar um social link pra cada um, colocaram um sistema de encontros super confuso e sem graça, parece que foi feito de qualquer jeito, era melhor nem ter colocado, o outro é a mudança na Monad, na real é outra coisa mas botaram esse nome, qual o sentido de tu tirar uma dungeon extra feita pra farmar e colocar uma sequência de inimigos mais difíceis que a Nyx mas o XP é o mesmo que tu enfentar qualquer sombra normal. Pra mim Persona 3 vai ser sempre isso aí, um jogo marcado por boas idéias com péssimas execuções e uma história muito fraca mas que possui um final realmente sensível e tocante, nem com 4 versões diferentes esse jogo conseguiu ter uma versão definitiva, vamos ver se daqui uns 15 anos não lança um Persona 3 ReReload que arruma tudo que me incomoda, aí posso até deixar minha filha jogar, só não posso deixar ela fazer o social link do enforcado.

Nesses meus 6 meses jogando isso, 1 mês foi só aprendendo a jogar, desenvolvi insônia, virei um procrastinador, quase fodi a minha mão, fiquei com bolha nos dedos, meu notebook quase explodiu, meu mouse quase quebrou, virei noites, atrapalhou vários planos q eu tive, perdi horas em saves ruins, perdi bons saves de horas, tive rages absurdos (quando terminei o Iberian Struggle com Portugal começando por um duque e fiz o "Avenge the Battle of Tours" num save com quase 300 anos e logo depois perdi o império numa guerra interna quando tentei revocar um título q tinha 81% de chance de dar certo), comecei a evitar jogar com homens pq não aguentava mais fazer filho o tempo todo e levar chifre ferrando a dinastia, comecei a estudar speedruns do jogo e tryhardar muito só pra criar o império do mar do norte rápido (deu certo, eu criei em 60 anos, teria sido mais rápido se o Bjorn não tivesse passado dos 70), fiquei viciado em estudar sobre feudalismo, império Bizantino e a reconquista da Ibéria, tudo valeu a pena

Ótimo jogo, ainda mais levando em consideração a limitação da época, o fato de não ter analógicos transforma isso aqui num jogo de terror em alguns momentos, demorei muito pra me acostumar com os controles também.

Sistema de customização muito bom, poderia ter mais opções, mas o que tem é interessante, dá pra fazer um mecha ágil, tanque, um misto, literalmente um Zaku, os 4 tipos de movimentação também, mas de longe a melhor mecânica desse jogo é como a economia funciona, basicamente te força a ser o mais eficiente possível nas missões, se não me engano tem algo parecido em Front Mission.

Questão da história, é interessante como a narrativa é contada através de e-mails, a partir deles tu recebe a informação do contexto e a lore do q tá acontecendo, sim bem minimalista que nem eles fazem com Dark Souls, inclusive tem um grupo terrorista chamado Dark Soul no jogo.

Óbvio que por ser da From é um jogo difícil, mas PAUTAQUEOPARIU, um trecho da missão final é mais difícil que o jogo inteiro, tá loko coisa de maluco aquela subida.

Eu nunca joguei um jogo tão ruim na minha vida. A nota tá alta, claro, ele tá dentre os meus favoritos jogos jogados, eu aqui me refiro a "ruim" num sentindo vulgarizado da palavra, aquele "ruim" a quem populares, habitantes do Brasil de base (ou "Brasil profundo"....) se referem, o "ruim" antônimo de "bom". O dialeto popular comunica sem complicações e arrodeios — gosto bastante dele — e vem super a calhar porque a forma como esse jogo é "mau" não é gráfica, ela é espiritual, acionando assim essa memória religiosa que origina o termo; a atmosfera de Nocturne é de um pleno apocalipse, a narrativa é conduzida através de plot points setados por decisões baseadas em egoísmo, ganância e orgulho, não há virtuosidade em Shin Megami Tensei III, o jogo começa te introduzindo a uma guerra aonde o bem perdeu e não parece que possa se fazer muita coisa a respeito, ou então que talvez nunca tenha existido esse tal lado; mesmo em canecido branco, pálido, nocturne não parece existir a luz e brilho que conhecemos, isso é um elogio, e não se fala em outra coisa quando se toca nesse jogo, subcomunidades internet a dentro, porque existe um forte culto em torno de todos os aspectos desse jogo a nerdaida não poupar elogios ao falar da direção de arte e como ela é incrível; sobre história também e ela é bem maneira sim, como dei a entender agora etc.; trilha sonora? sou todo ouvidos!.. mas, irmão, a gameplay disso aqui que é a melhor coisa, eu nunca conceberia um jogo de turno tão foda nesse aspecto — satânica máquina de eficiente entretenimento.
Ele é difícil, mas te educa, de uma forma tão rígida que beira ao criminoso nos remetendo àquelas histórias "Você acha que seu pai é ruim? a pois o meu me batia de cipó de goiabeira..." que os nossos avós nos contavam— em referência ao tal Brasil profundo aqui supracitado.
O beabá é mais ou menos esse aqui: um boss é extraoirdinariamente filho da puta contigo, abusa de mecânicas que o jogo não te ensinou, você morre, você bola uma estratégia para vencer ele, você morre mas vê que pode dar certo, você passa: real senso de mérito. Há uma liberdade gigantesca para o jogador moldar seu personagem e os demônios da sua party a partir de skills e o sistema de fusão, pena que ele é pouco acessível e eu realmente recomendo o uso de sites com a calculadora de fusão e os demônios para jogar; dominar bem essas mecânicas e conseguir derrotar os bosses te dá um senso domínio tão forte e esse aspecto da gameplay é refletido na narrativa: true demon ending.

É um bom jogo, com certeza o grande chamariz é o sistema de skills, é ótimo tu criar tua própria build com os personagens e tal, mas existem 2 grandes problemas, primeiro, o mais óbvio, é ser um jogo pela metade, inclusive acaba com um cliff hanger tipo Code Geass da vida, o outro é o fato da experiência completa ser só com o NG+, todas as áreas tem um lugar fechado que só libera com o NG+, sem contar que só com ele tu consegue chegar no nível máximo, conseguir todas as skills e enfrentar o Demi-Fiend.

SIMPLESMENTE SHIN MEGAMI TENSEI NOCTURNE O JOGO MAIS JUSTO DA HISTÓRIA DEPOIS DO XADREZ

Thank you Shin Megami Tensei Nocturne