This review contains spoilers

Breve comentário sobre Final Fantasy 7 Rebirth: A melhor experiência com jogos da minha vida, do tipo que expandiu minha visão sobre o que videogames podem alcançar, toda a grandeza da série foi alcançada nesse jogo, ele conseguiu fazer com que personagens que eu já amava ficassem ainda mais queridos, o jogo cria um contraste entre momentos alegres e tristes, que remetem a diversas situações reais e ele nos ensina que a vida tem que ser vivida com amigos, fazendo memórias e enfrentado os momentos ruins com os amigos, afinal FF7 é sobre isso, mesmo nas perdas, ainda existe esperança.
O jogo a todo momento te lembra que tem um inimigo a espreita, algo que está chegando e que o destino já anunciou, o Sephiroth é um dos grandes vilões dos jogos e toda a atmosfera construída para ele nesse jogo foi perfeita, cenas maravilhosas como a do começo do jogo em Nibelheim que mostra toda a maldade dele, ou nos momentos em que ele aparece na mente do Cloud, todas esses construindo uma perfeita sensação de ansiedade, quase como se fosse um filme de terror.
A narrativa faz questão de enfatizar que essa parte 2 é sobre perdas e como podemos lidar com isso, todos os personagens sofreram, como foi muito bem ilustrado nas cenas do templo dos Cetra, em que todo mundo é levado de volta a suas memórias mais dolorosas, essas talvez foram as cenas mais tristes da franquia, porém serviu para dar muita profundidade aos personagens e as suas relações, o discurso da Aerith após dizendo que o fim não é tudo e que eles retornariam ao planeta e até podem reencarnar em outra vida, porém deixando claro que mesmo sabendo disso a perda ainda é algo triste e que não devemos focar no ódio, é lindo, o contraste entre Aerith e Sephiroth aqui fica claro, uma personagem que mesmo sentindo ódio não se entregou a ele e tenta ser sua melhor versão com ajuda de todos os amigos e o Sephiroth que já se entregou ao ódio total e a solidão, uma batalha cliche entre bem e mal porém muito bem executada, ainda sobre a cena do templo a escolha de deixar o Cloud de fora dos flashbacks das memórias dolorosas foi assertiva demais e serviu pra ilustrar como o protagonista segue perdido na história, Cloud não sabe quem é ou qual seu proposito, ele apenas segue o chamado e essa parte conseguiu muito bem mostrar isso, ainda que não tenha dito de uma maneira totalmente explicita, o protagonista fica entre o bem representado pela Aerith e o mal pelo Sephiroth, e mais uma vez o jogo sabe muito bem balancear entre cenas leves e pesadas.
No japão existe a idea de que somos quem somos por causa de nossas relações e nossas memórias, por isso eles respeitam muito seus ancestrais, nesse jogo Cloud não tem suas memórias de fato e portanto não sabe quem é, a única coisa que trás ele de volta nos momentos em que se perde totalmente são seus amigos, principalmente a Tifa, ela de toda maneira tenta apoiar o Cloud e tenta trazer ele de volta, até dá certo em alguns momentos, porém nesse jogo os herois estavam destinados a perder, durante o decorrer de toda a história nos é apresentados falhas na memória do protagonista, flashbacks incompletos, perda de consciência total e a execução disso foi magistral, um dos grandes desafios desse jogo era lidar com uma das mortes mais icônicas dos videogames e pela construção dele, de cenas do Cloud tendo falhas na memória, conseguiram enganar e dar esperança para quem joga e para os personagens inseridos nesse momento, Cloud ao chegar no altar dos Cetra se depara com a Aerith rezando para conseguir parar o Sephiroth de destruir o mundo, porém exatamente como no jogo original, Sephiroth vem voando do céu com sua espada para matar A Aerith, Cloud dessa vez consegue desviar a espada, mas em mais uma de suas falhas de memoria, a cena muda para a Aerith perfurada e Cloud com ela em seus braços e sangue, o jogo mostrou um destino de esperança como se Cloud tivesse salvado sua amiga, mas ele não conseguiu e sem tempo para o luto a equipe precisa lutar contra Jenova e parar o Sephiroth, após essa batalha contra Jenova, uma batalha contra Sephiroth acontece, Cloud não consegue deter ele sozinho e precisa da força de seus amigos, inclusive daqueles que ja partiraram como o Zack e Aerith, os dois dando força para um Cloud que por um breve momento voltou a ser o verdadeiro e não o fantoche de Sephiroth, memórias e relações com os amigos o trouxeram de volta e venceram juntos o mal, só que assim como foi dito, a jornada não acabou e Sephiroth ainda continua vivo, depois dessa luta o jogo segue para um final em um campo aberto maravilhoso, cheio de flores e vida, porém todos da party estão tristes com a perda da amiga Aerith, menos o Cloud que devido a dor está totalmente fora de si e está vendo a Aerith, porém só ele pode ver ela, Tifa e Barret percebem que tem algo de errado, porém não falam nada e o jogo segue com um adeus da Aertih, toda essa sequência só deixa claro como são memórias que nos mantém vivos e pela dor da perda Cloud mantém a Aerith viva, um final angustiante em que o herói da história está completamente surtado, sem saber como lidar com o luto e ainda sobre o perigo e controle iminente de Sephiroth, os heróis perderam, porém precisam seguir em frente, um grande final que não teve medo de ser, igual o jogo inteiro, cheio de contraste entre realidades e surtos, um final angustiante e lindo ao mesmo tempo, vale dizer também que a música tema do jogo resume toda a jornada dele, todo FF7 está cheio de promessas, do Cloud para a Tifa, do Cloud para Aerith, Barret para a filha, “No Promises to keep” apenas representa como esse jogo estava destinado a terminar de uma maniera melancolica e o apice disso é a frase final “No Promises Await at Journey’s End”, que também representa a loucura total de Cloud, na cena final a Aerith promete a ele que vai parar o meteoro e ele promete que vai parar o Sephiroth, mas ela está morta, essa promessa não aconteceu, pelo menos não no mundo em que o resto da party está, por isso não haverá promesas no final, pois ele não fez nenhuma com a Aertih dessa vez, mas claro que ainda falta a promessa dele com a Tifa de ser o herói, porém nesse final melancolico ele já se entregou completamente a loucura, uma narrativa cheia de contrastes e muito maravilhosa.
Sobre a gameplay, o sistema de batalha que já era maravilhoso no remake foi aprimorado, sistema de golpes em conjunto e sistema de matéria, exploração do mundo com chocobos, missões secundárias lindas que complementam o sistema de relacionamento, mundo maravilhoso pra ser explorado, é impossível ficar entediado com tanta coisa para se fazer nesse jogo, a melhor experiência que tive com videogames, em quesito gameplay o jogo gera também um contraste assim como a narrativa, porém em relação a vida real, o Remake não era um mundo aberto e saiu em época de pandemia, agora o Rebirth é um jogo mundo aberto que sai em uma época pós pandemia, esse é o melhor jogo que eu já joguei e ele mudou minha visão de mundo, mudou minha vida assim como o diretor queria que fosse, me fez perceber o porquê videogames são meu estilo de mídia preferidos.

Que jogo horroroso do krl, pelo amor de Deus não tem como

Experiência definitiva da guerra do santo graal em jogos.

Final Fantasy xvi é um jogo incrível, tudo nele foi perfeito e a conclusão não poderia ter sido melhor, é uma história nova e diferente para a franquia Final Fantasy, mas que utiliza os meios e elementos dela pra realizar sua historia, é simplesmente muito bom, todos os personagens são incríveis e bem construídos, Clive certamente entra para o patamar dos melhores protagonistas e seu romance com a Jill é nível Tidus e Yuna, que jogo maravilhoso, uma história que tem um grande coração.

Ótimo port para psp, quem não gosta da ost dessa versão tem uma grande falha no caráter.

Não acreditava que era possível melhorar algo que eu já considerava perfeito, porém a atlus provou que eu estava equivocado sobre isso, Persona 5 Royal aprimora e adiciona diversos conteúdos que apenas deixaram persona 5 ainda mais perfeito, se alguém me perguntar para recomendar algo para jogar, eu direi persona 5 royal sem pensar duas vezes, esse assim como persona 5 é meu jogo preferido, porém o persona 5 royal está na frente apenas por ter mais conteúdos que deixam o jogo mais longo e dinâmico, os dois pontos “negativos” que citei sobre persona 5 na minha review eram o palácio do okumura e mementos que podem ficar maçantes, Persona 5 Royal consegue arrumar isso mudando o lvl design desses palácios e adicionando novas mecânicas neles, além de arrumar os poucos “erros” que o original possui, P5R adiciona novos personagens e aprofunda mais todos os personagens já apresentados, isso só foi possível por conta da nova parte da história, além do novo semestre, novas mecânicas, trilha sonoras, locais, itens e personas foram adicionados, o que tornou tudo mais dinâmico e que casou perfeitamente com o clima do jogo.
Sumire, Maruki e akechi foram os personagens que mais receberam desenvolvimento nas novas partes do jogo, Maruki é com toda certeza um dos personagens mais bem escritos do jogo e provavelmente um dos melhores “antagonistas” da série, Sumire é minha personagem preferida do jogo, o arco todo dela foi simplesmente incrível e muito detalhado, amei cada vez que ela apareceu e também amei a sua conclusão na história, o confidant do akechi também foi uma das coisas mais legais dessa nova versão do jogo, a nova história possibilita que o espectador possa entender mais o Akechi e a relação com o Joker.
Toda a conclusão desse jogo consegue ser ainda melhor que a do original, tendo outro ótimo vilão e mais um episódio de superação dos problemas junto com os laços verdadeiros que criamos com nossos amigos e conhecidos.
Persona 5 Royal é sem dúvida um jogo maravilhoso, que melhora a sua versão original e que melhora também todos os outros personas, assim como persona 5 marcou a geração, não podemos deixar de citar a importância da sua versão definitiva, é provavelmente um dos JRPG mais importante de sua época e para mim o mais importante, amo esse jogo com todas as forças e sempre lembrarei dele com carinho e entusiasmo.

Persona 5 é meu jogo preferido, eu amo literalmente tudo nesse jogo, os personagens, o mundo, a gameplay, trilha sonora e tudo que compõe ele, foi o primeiro persona que joguei e graças a isso pude me introduzir na franquia Persona e shin megami tensei que também se tornou minha franquia preferida de mídias em geral.
Persona 5 conta uma história de superação das injustiças cometidas com os personagens principais, cada um com sua particularidade, o jogo nos mostra como construir laços verdadeiros com pessoas podem superar nossos piores traumas, as relações de persona 5 entre todos os personagens são muito bem desenvolvidas e escritas a ponto de parecer totalmente natural, simplesmente amo a relação do protagonista com o Ryuji, Ann, Makoto, Haru, Yusuke, Futaba, Morgana e todos os outros personagens que não são do grupo principal, poderia detalhar cada relação deles e cada subgrupo que foi criado a partir das relações desenvolvidas, mas isso é algo que vale a pena experimentar jogando e lendo cada confidant do jogo, adoro como os plots da história se encaixam e de como tudo se resolve no final ligando todos os pontos do jogo desde o começo, jogando persona 5 conseguimos sentir que os escritores e desenvolvedor do jogo possuíram um carinho enorme na hora de desenvolver ele, a história é simplesmente perfeita.
Sobre a gameplay desse jogo, ela consegue unir todos os pontos positivos dos personas anteriores e aprimorar os pontos negativos dos antigos também, as batalhas ficaram mais dinâmicas e rápidas, a fusão dos personas ficou mais fácil, o que otimiza o tempo que ficamos no velvet room (ainda assim dá para gastar umas boas horas nisso), os palácios do jogo são esteticamente bonitos e divertidos para se jogar, apenas o palácio do okumura e mementos ficam um pouco cansativos para alguns jogadores, mas nada que dificulte ou piore a gameplay, o design dos bosses do jogo são brutais e únicos, cada um tem sua particularidade e relação com os desejos distorcidos de suas almas, assim como o design cada um tem uma batalha diferente, as lutas não são repetitivas o que faz com que podemos lembrar de cada uma das lutas e estratégias distintas para derrotá-los.
Uma coisa que vale citar também é a incrível trilha sonora do jogo e como ela casa com a atmosfera construída, não vale nem a pena citar minhas músicas preferidas do jogo, porque eu amo todas e cada época da minha vida eu acabo gostando mais de uma do que outra, a Lynn e o Shoji Meguro são simplesmente monstros na música.
Para finalizar, Persona 5 é um jogo incrível que eu acho que todos deveriam ter a oportunidade de jogar, eu poderia ficar falando horas sobre esse jogo e tudo que gosto nele, mas apenas digo que amo esse jogo do fundo do meu coração, joguei ele em 2017 e até hoje não tem um único dia que eu não pense em persona, todos temos mídias que “mudaram” nossas vidas e certamente persona 5 mudou a minha, apenas obrigado atus.

Death Stranding tem uma história cheia de detalhes com personagens e mundo bem escritos e desenvolvidos, junto da narrativa maravilhosa o jogo possui uma gameplay complexa e inovadora, que conta com exploração do mundo, combates, construção e interação com outros jogadores com intuito de se ajudar e se conectar, o vasto mundo aberto, as missões e a história fazem com que o jogador fique imerso em um universo totalmente desconhecido e perturbado, sedento por respostas sobre os mistérios apresentados.
O maior ponto negativo do jogo é esse idealismo estadunidense de que eles são o mártir da liberdade e símbolo da união dos povos, mas entendo que isso só tá no jogo, porque o kojima queria muito fazer isso parecer um filme norte-americano, porém os pontos positivos se sobressaem aos pontos negativos,como por exemplo a fotografia, trilha sonora, exploração, entrega de carga com uso de automóveis e combates contra os diversos inimigos.

Simplesmente o goat dos simuladores de namoro.