112 Reviews liked by ThyagoBR13


Wakfu

2012

Mais uma tentativa de gostar de MMORPG. Foda.

DQ = Dragon Quest

-Contexto

Nossa salame, você começou a jogar o primeiro DQ por causa da morte do Akira Toriyama, como você é fã dele né? NÃO, EU TE JURO, FOI UMA PUTA COINCIDÊNCIA, o Toriyama morreu dia 01/03 e comecei dia 03/03, entretanto a morte dele só foi anunciada no dia 8 acho, como dizia UMA PUTA DE UMA COINCIDÊNCIA. O motivo é mais simples mesmo, sempre tive interesse no primeiro título da franquia por pura curiosidade de ver um dos primórdios dos RPGs, tinha até jogado no passado incentivado pelo vídeo do DlinkVideos (grande mendigo leproso), foi uma epifania doida mesmo, abri, avancei um pouco e nunca mais toquei. O contexto dessa minha segunda jogatina foi que o meu pc morreu e fui jogar o que dava no celular, o pc ia chegar em pouco tempo, então queria um jogo curto pra zerar, este desta review sendo o escolhido.

-Versões

Vou ser sincero eu arreguei da versão original do NES e fui para a de SNES que aumenta a quantidade de dinheiro e EXP ganha, essa versão é uma que vem junta do DQ 2 só lançada no japão, procura por um patch e enfia na tua rom, a versão de game boy color também é boa e não precisa de patch (não sei se há muitas diferenças, depois checo para ver), além dessa temos também versões mais modernas hoje em dia como a do Android e Switch, que definitivamente são as melhores versões, não joguei então não posso opinar muito, mas tem um elemento bem importante que você vai agradecer por ter jogado nelas (explicarei na sessão "dicas"). Outro detalhe ferrado da versão original é que você tinha que usar um menu para falar, checar e subir fucking escadas, uma bosta mesmo, em versões futuras, incluindo essa do SNES tudo foi mitigado para um botão (feeling like Earthbound??), então vai pelas mais modernas mesmo.

Ou seja, tecnicamente eu não tive a real experiência do primeiro DQ e você também não precisa ter, se você tem medo do DQ 1 original (uhhh o fantasma do Dragon Quest uhhh). De qualquer forma independente das versões você ainda vai lidar com os elementos datados do primeiro DQ, mesmo que em menor escala, estes sendo: alto nível de grinding e random encounters, lentidão e ficar perdido.

-Game design

.Elementos datados

Felizmente grande parte dos elementos datados desse jogo são mitigados quando você nota que o jogo tem tipo 10/12 horas, sério, é uma zerada de meia semana. Com o decorrer do jogo você recebe diversas magias que eu não esperava receber aqui: uma de escapar de dungeon, uma de voltar pro castelo do começo e outra de DIMINUIR A FREQUÊNCIA DE RANDOM ENCOUNTER COM DIREITO A AVISO QUANDO ELA ACABA??? TEM JOGO DE SNES QUE NÃO TEM ISSO PORRA, sem falar claro das qualidades de vidas que as versões posteriores introduziram.

Quanto a parte de ficar perdido, o jogo te dá pouquíssimas informações, estas sendo dadas pelos diversos NPCs que esse jogo possui, grande parte deles são valiosíssimos te dando dicas de progressão. "Ai Salame você está me dizendo que eu não irei ficar perdido?" Certamente que sim, esta forma de obter informações tem seus problemas, um deles obviamente sendo você dar o azar de não falar com um NPC especifico ou não lembrar do que ele disse e ficar perdido, especialmente alguns itens invisíveis no mapa (que spoiler, é o que falei mais cedo que eu ia abordar na sessão "dicas"), pode jogar com um guia do seu lado que vai te poupar tempo. (O canal do GebirgeBR fez uma gameplay zerando o jogo em 4 horas, super recomendo).

Isso iria ser inaceitável nos RPGs de hoje? Sim, mas convenhamos é bem sacanagem a comparação, os RPGs no futuro foram se tornando mais complexos, então é compreensível muitos deles não conseguirem dar todas as informações ao jogador por meio de NPCs (não que esse jogo consiga kakakaka). Anteriormente esses jogos foram lançados com manuais e a perspectiva de game design e distribuição de informações para o jogador mudaram bastante com o tempo, manuais foram ficando menos frequentes e tutoriais mais presentes, não estou dizendo que um é pior ou mais problemático do que o outro, mas nosso padrão de apreciação de um jogo é bem diferente do que era um padrão de uma pessoa à 30 ou 20 anos atrás, jogos evoluíram e criaram fundamentos de game design com o decorrer do tempo, o cara de 30 anos estava provavelmente escrevendo em um papel cada diálogo que ele achava importante. Ou seja, se você tiver essa curiosidade ou intenção de zerar esse ou outro jogo bem antigo, você vai ter que se preparar bem pra isso e se readaptar ao que anteriormente era o padrão para ter uma experiência menos frustrante, eu mesmo falei com todos os NPCs que achei, descobri algumas coisas sozinho e outras tive que apelar para guias, seja por não achar o NPC em específico ou só esquecer o que ele falou.

.Progressão

Algo muito foda que gostei no jogo é que ele tem um claro indicador de onde vai ter inimigos mais fortes, sendo as pontes, cada ponte que você passa os inimigos vão ficando mais e mais difíceis, uma ótima forma do jogador entender que talvez não seja o momento de ir ali e que ali tem progresso, ou seja, o progresso do jogo é ditado pelo seu level, tá sofrendo para os inimigos nesse novo local? não vai ter jeito vai ter que grindar em um local anterior para ganhar level ou juntar grana para um equipamento melhor. Com o decorrer dos leveis, você vai ganhar novos magias, boa parte delas substituem itens que ocupavam espaço no seu inventário, o que ajuda muito, pois seu inventário é super limitado, um exemplo são as magias que abordei alguns tópicos atrás, antes elas eram itens que você tinha acesso em shoppings que agora você não precisa mais comprar, liberando espaço no inventário para itens mais importantes, o jogo também conta com um mercador que guarda seus itens, super recomendo você guardar itens obrigatórios de progressão e pegá-los quando necessários, especialmente os que envolvem o desbloqueio da dungeon final.

.Combate

Boa parte do early game pode ser mitigado por floodar a magia "sizz" em inimigos que te dão bastante dano, mas o jogo não tem um stats de magia, então o dano dela é fixo e eventualmente seu ataque padrão vai dar mais dano, e sinceramente o resto jogo vai ser bem menos interessante na parte de combate, pois todas as lutas vão ser: ataca até matar e cura no overworld, com exceção em bosses que vira: ataca umas 2 ou 3 vezes e depois cura, repete o processo; um feeling bem de RPG antigão mesmo e sem muita variedade, o problema mesmo é que quando você recebe game over você é teleportado pro castelo do começo do jogo, não é tão ruim quanto parece, já que o mapa do jogo é bem pequeno e você não perde level, mas você ira perde grana, o que pode ser bem frustrante, felizmente o mercador que guarda itens também guarda dinheiro, então use-o se achá-lo útil. (Te juro tem jogo de SNES que isso acontece e você não pode guardar grana, sério WTF).

.História

Toda a história do jogo é super simples: você é o herdeiro do lendário herói, a princesa foi raptada e um bichão do mal tá causando desgraça no mundo, vai lá filhão. De resto você coleta "macguffins" para desbloquear o último castelo e é isso. É tudo bem simples mesmo, nenhum plot twist ao decorrer da história, só você andando com seu avatar em um mundo fantasioso medieval genérico com o objetivo lhe dado nos primeiros 2 minutos de jogo, para mim essa simplicidade chega a ser charmosa, o foco é sua história como jogador e não sobre o jogo, plots mirabolantes nem se eram pensados direito nessa época, o maior objetivo de fato era fazer um jogo jogável e didático na porra de um NES, tanto que eu sinceramente não curto muito como os jogos da franquia futuros continuam com o protagonista silencioso, quando não se há mais necessidade. Voltando para o jogo, grande parte do mesmo é opcional, você pode literalmente ignorar a princesa e zerar o jogo, entretanto cada um desses elementos opcionais te darão uma puta recompensa que vai garantir uma progressão mais suave, garanto. Algo muito foda, tenho que dar ênfase pro final do jogo, que não quero spoilar, mas é muito fofo o que fizeram e eu nunca vi fazerem isso em outro RPG, super recomendo vocês experienciarem isso.

-Dicas

.A maioria das dungeons são simples ao ponto de você não precisar de mapa nas interwebs, mas eu super recomendo mesmo assim, os random encounters provavelmente vão atrapalhar o que você vai lembrar do layout, e demora um pouquinho pra você conseguir a magia de sair dela, só entrar na dungeon com um mapa, pegar os itens e vazar é uma boa; entretanto a última que é o castelo do boss final eu super recomendo pois o layout é chatão e a melhor espada do jogo tá no meio desse layout. (de preferência o layout da versão que você tá jogando, não sei se tem diferença).
.Existem alguns equipamentos que você nem precisa comprar, tipo a magic armor e flame sword/blade, devido a ambas serem bem rapidamente substituídas não valendo o grinding para comprá-las.
.Dá pra ir derrotar o final boss de boa lá no level +20, só recomendo você não usar muita magia na dungeon, para guardar pro boss e tome cuidado que são duas formas, recomendo na segunda você sempre ir curando quando sua vida estiver perto dos 60.
.Itens invisíveis:
VERSÃO DE ANDROID E SWITCH TEM UM BRILHINHO NO LUGAR DOS ITENS INVISÍVEIS, NÃO FAÇAM O QUE EU FIZ E JOGUEM ESSAS VERSÕES;

A eldrick/roto armor está no tile onde você derrotou o cavaleiro negro na cidade abandonada;
A mark of eldrick/roto tem um NPC que te dá as coordenadas exatas do local onde ela se encontra, caso você salve a princesa você receberá a "princess pledge" que vai te ajudar a achar, recomendo anotar;
A flautinha para você derrotar o golem está 4 tiles abaixo da casa de banho na cidade de Koi (a única dica que vi dessa era que ela existia e que o golem dormia pra ela, mas de resto dei azar ou o jogo só não avisa mesmo).

-Apresentação e mamação desses japoneses lindos e com muito tesão (desculpe)

Um dos grandes fatores que fez DQ ser bem mais icônico e influente que muitos outros RPGs da época, foi seu carisma e simplicidade, que foram elevados pelo seu art style, design intuitivo e música, não sou um dos mais cultos para falar sobre o desenvolvimento ou dar crédito aos artistas, mas irei tentar, se quiserem outro meio de conhecer mais profundamente sobre o jogo recomendo o "Grindingcast" eles são muito pica.

.Arte (Akira Toriyama)

Sim, chegou a hora que você estava esperando, a hora da mamação do Akira Toriyama UHUUUUUUUU. Meteram esse grande homem para fazer as artworks de personagens e monstros desse e de todos os futuros jogos da franquia, tudo isso enquanto fazia os mangás dele, isso definitivamente fez speed run de expectativa de vida nele? Definitivamente, mas vamos preservar esse grande homem pelos seus magnânimos feito ...É vai ser difícil ver a série sem o art style dele, tristeza pura. Mas não vamos só mamar o Toriyama, não, vamos além nós iremos mamar o Koichi Sugiyama e o Yuji Horii, riso maligno. Não tenho tanto conhecimento sobre esses dois mitos quanto tenho pelo Toriyama, mas só meter ele e não falar desses 2 seria um puta desrespeito

.HUD e game design (Yuji Horii)

Este brabo é pai do DQ, sem zueira, ele é foi o principal game designer e o maior responsável pela interface simplista e organizada que atraiu bastante a atenção de um público mais casual para esse jogo e eventualmente para futuros RPGs, pois a HUD de DQ foi base direta para boa parte das HUDs de futuros RPGs. Ele continua até hoje trabalhando na série, e se você não manja tanto dele, saiba que ele é um dos membros da "dream team" de chrono trigger, é respeite o véio.

.Música (Koichi Sugiyama)

Quanto a música teremos que ficar tristes de novo, pois esse outro grande homem também morreu lá em 2021, não vou negar não conhecia muito do Sugiyama, já que antes da pesquisa dessa review meu conhecimento da série era nulo e os jogos que ele desenvolveu músicas foram somente desta franquia, de qualquer forma o cara é brabo, jingles icônicos e músicas memoráveis que ouvi durante essa review sem antes saber de sua morte e outras pedradas que irei ouvir com os próximos jogos.

*
Fiz uma pesquisa nada agradável pós review, nela falava algumas polêmicas do Sugiyama, especialmente sobre algumas de suas opiniões políticas imbecis. Disponibilizarei alguns links para os interessados no assunto.

Achei esse site em BR, não muito aprofundado:
https://www.jbox.com.br/2022/08/26/dragon-quest-compositor-polemico-tera-serie-sobre-sua-vida/
Se tu manja de inglês é bem mais fácil achar, recomendo esse post no reddit: https://www.reddit.com/r/HobbyDrama/comments/qn607s/video_games_drama_draws_near_command_koichi/

É bateu uma bad agora, e tenho certeza que ela vai aumentar enquanto jogo outros jogos da franquia, tanto pelo Toriyama quanto pelo Sugiyama. (Um pouco menos pelo Sugiyama depois da pesquisa). Felizmente isso também significa que irei apreciar mais os trabalhos deles com os próximos títulos e respeitá-los ainda mais.

-Minha experiência pós zerada

Olha eu comecei essa jogatina já me preparando para os elementos datados do jogo como: falar com todos os NPCs, grinding, todas as versões a se jogar; então eu já tinha me preparado mentalmente ao iniciar, sabia que não ia ser um jogo muito bom e um pouco complicado de zerar, e se você quiser jogar nem que seja por curiosidade, não é um jogo que recomendaria para você jogar em qualquer dia, você vai ter que saber com a besta que você vai lidar antes de você iniciar e se preparar, você vai ter que readaptar o seu cérebro para a forma de quando esse jogo foi lançado, se não, você só vai sair frustrado. DQ é um dos títulos mais influentes dos RPGs eletrônicos e que baseou diversos títulos futuros, só tenho respeito por essa série e no geral achei uma boa zerada, mas ô joguinho datado viu, mas nada muito estressante devido a sua curta duração. Pretendo zerar boa parte do resto da série em diante por eu ser um fã de RPGs, mas minha aversão à grinding é relativamente alta ainda, assim, não acredito que serão jogos que irei rejogar muito, mas ainda acho que vão ser boas zeradas, só espero que não desanime quando chegar nos títulos de 80~100 horas de gameplay... hahahaha, me deseje sorte.

This review contains spoilers

This game is a fantastic spectacle where you can spend your real and hard earned money. Only too realise you can only afford a single stone because of how fucking broke you are you dumb slut. But the the animations are well animated and I can really FEEL the Dragon Ball Characters CUMMING INSIDE ME WITH THEIR 20 INCH COCKS AND THEIR BASKET BALL SIZES BALLS. Also Dokkanfest TUR Rose is the best TUR Stay mad

Part of that Y2K style that used awkward 3DCG and pre-rendered textures to tell sci-fi stories about machines/souls (Garage, Kowloon's Gate, Malice@Doll), attached to 3D Mystery Dungeon. Too obscure, but fascinating.

okay... genuinely, how the fuck did i not review this game before? i love it. it's so good. it's very tedious and i will knock it down for being a bit unfair or unfun sometimes (paralysis ailment hitting me every 15 seconds no joke? dunno what happened there still.) but it's so good. the story drives me insane. i read the manga because i didn't understand it, but now i do and now i feel like my mind is exploding. go play it, it really is worth it. beautiful themes about struggling with religion, survivor's guilt, trauma, and queerness. baroque is a very queer game, that's barely subtle. if you didn't see it then whatever but yeah. it was definitely there. there's a large element of transgenderism in this story.

There is nothing I can say about this game that hasn't been said a thousand times over. Goodnight

naked snake is so hot its unreal

A fórmula definitiva do que veio se tornar Final Fantasy

É questionável qual Final Fantasy é o melhor. Afinal, é um leque variado de grandes jogos. Mas uma coisa é certa: os seus episódios, uns mais outros menos, foram extremamente marcantes em suas épocas. Enquanto o de número sete é o mais famoso, mainstream eu até ousaria dizer (não que seja ruim, é claro, ta longe de ser), é Final Fantasy VI que definiu a fórmula que trouxe o sucesso para a franquia. Então se hoje, jogos posteriores como FF7, FF9, FF10, FF12 e até Chrono Trigger são bastante consagrados, muito se deve a ele.

Sendo assim, Final Fantasy VI é quase um cult não só dentro da série como nos jogos de forma geral e aprimora tudo que tinha sido feito até então. Quebrando o lugar comum no qual a série se encontrava, o jogo nos tira da ambientação de fantasia e nos coloca em um universo mais futurístico, quase steampunk, modelo esse que começou a ser seguido pelos sucessores. Então espere ver diversas máquinas e tecnologias à vapor, castelos de metal, sem falar no tom mais sombrio que o jogo automaticamente adquire.

O enredo conta um mundo que esqueceu a magia, mil anos após uma grande guerra entre entidades míticas. Reconstruído pelo poder das máquinas, um império quer ter novamente o poder da feitiçaria nas suas mãos ao coletar criaturas chamadas Espers. É aqui que o game começa, com dois soldados conversando na neve, utilizando enormes armaduras mecânicas para se locomover e entre eles existe uma terceira pessoa, uma quieta garota de cabelos verdes, o nome dela é Terra, a única humana nascida com poderes mágicos. Depois de um acidente, ela acaba se juntando a um grupo rebelde que luta contra o império e sua ganância de poder.

E aí que entra a interação dos personagens, suas motivações e personalidades. FF6 desenvolveu seu elenco de uma forma tão incrível que é admirável até hoje, sendo ele um dos grandes pilares criados dentro da franquia e pelo qual ela é tão popular e relevante até hoje. Com um elenco de 14 personagens com bastante personalidade e carisma, há histórias comoventes de sacrifício, como a de Locke ou de Edgar e Sabin, quando eles tiram na sorte quem vai herdar o trono. Em outras, as cenas são de pura desolação, de luto. E tem a famosa cena da ópera de Celes, um dos momentos mais memoráveis já visto em qualquer lugar.

E isso não reflete só no desenvolvimento do jogo, mas também o combate é bastante interferido por suas indivualidades. Cada personagem tem uma classe pré-definida que o atribui com itens e acessórios particulares e um comando único. Locke, por exemplo, pode roubar itens dos inimigos, enquanto Edgar luta com máquinas que tem efeitos especiais. Sabin tem golpes como os dos jogos de luta e Setzer usa a sorte como arma. Definitivamente não há personagens principais, todo mundo do grupo é importante e você irá aprender a extrair o potencial de cada um, e existe até mesmo partes em que jogador divide o grupo em algumas unidades e controla todos eles - um de cada vez, é claro - numa espécie de estratégia em tempo real.

O jogo notoriamente se divide em duas principais partes, a primeira mais focada na introdução do mundo e dos personagens, e então reviravoltas acontecem e entra a segunda parte, que é praticamente um open-world dotado de segredos e lugares a se explorar. Então partir desse ato, é necessário o famoso grind, comum em qualquer RPG da época a fim de deixar sua equipe mais competitiva às adversidades, porém em Final Fantasy VI é feito de maneira incrível, se tornando bem menos maçante que o costumeiro e recompensando muito bem o jogador, seja com itens ou até mesmo com cenas que desenvolvem ainda mais os personagens que podiam passar batidas.

E não posso terminar a análise sem falar do excelente trabalho de áudio do jogo, considerado por muitos a melhor trilha sonora da série. Composta por Nobuo Uematsu, nome recorrente em toda a franquia, é difícil não se sensibilizar com a melancolia do tema da personagem Terra, por exemplo, assim como a "Aria di Mezzo Carattere", da famosa cena da ópera que comentei. E a peça que toca no final boss é uma das músicas mais épicas que já ouvi, com uma duração de 15 minutos que se extende em uma batalha espetacular.

Final Fantasy VI foi a despedida da Squaresoft da Nintendo. Desentendimentos posteriores e problemas na transição da quarta para a quinta geração fizeram com que a desenvolvedora partisse da Nintendo para a Sony, lançando o sucessor FF7 para o Playstation. E, apesar de não ter alcançado a fama da sétima entrada da série, Final Fantasy VI é sensacional e merece reconhecimento, conseguindo finalmente despertar o interesse do ocidente pelos RPGs japoneses de uma vez por todas, abrindo caminho para que Final Fantasy pudesse chegar onde chegou.

OBS: Essa versão da Steam é um port da versão de celulares iOS e Android, e as análises negativas aqui são por conta disso. Entretanto, nada que uma comunidade incrível não resolva: modders desenvolveram o ''A World Reborn'', na qual você pode restaurar o jogo a versões anteriores e mais antigas do game, seguindo fielmente o canônico e sendo então a versão definitiva de Final Fantasy VI. O link para download está aqui (Utilizei o Hybrid Mix, versão híbrida que mantém o melhor das duas versões).

Palworld é um catch monster misturado com sobrevivência bem interessante e divertido, tive uma experiência ótima no coop devido à sua boa progressão em geral e a busca por novos Pals e suas habilidades de montaria, proporcionando uma exploração bem extensa.

O objetivo do jogo se resume em enfrentar todos chefes de torre, e já de cara não entendi o porque não poder enfrentá-los em coop. Sendo um dos principais motivos no qual larguei por em quanto.

Além disso, é nítida a falta de polimento e muitos bugs, problemas de engine e colisão e problemas de conexão presentes. Além da sua otimização ser bem ruim o que até se justifica pelo fato de estar em Early Acess. Porém deve ser ligado um alerta.

Sobre jogabilidade, o game peca na questão do level up, não só achei demorado como também influencia o jogador a explorar e upar sozinho mesmo no coop, por ser mais rápido do que tentar disputar os mesmos Pals para captura. Como a melhor maneira de upar é assim, acaba que o game fica bem repetitivo para progredir nos níveis maiores.

Quanto à manutenção da base, é bem legal ver como cada Pal tem maestria em diferentes funções e acaba que esse quesito é o fator mais perceptível de progressão no jogo. Porém não só alguns bugs estragam (como por exemplo Pals doentes pois simplesmente somem do nada da base, se jogam no lago e etc) como também fato de ficar o tempo todo fazendo crafting de Esferas, arrumando armaduras, armas, ferramentas e etc. O que acaba tirando muito tempo de jogo e sendo nada cativante.

O sistema de dungeons do jogo é bem genérico e pobre, na maioria das vezes se repete os designs e os loots não são tão interessantes, além de em exceção do chefe final de cada uma, sempre os mesmos Pals e inimigos te esperam por lá.

De maneira geral, a diversão do game para mim teve uma boa queda nos níveis altos e mesmo esperando por algumas skills interessantes e alguns equipamentos legais, eu diria que a queda brusca do ritmo quanto mais se avança me fez perder um pouco do interesse. Mesmo assim, eu recomendo o jogo principalmente via gamepass.

Quem sabe possa ser interessante no futuro avaliar algumas configurações personalizadas nos servers para tentar deixá-lo melhor em alguns quesitos, mas com certeza espero por updates para sempre tentar melhorar não só as questões técnicas como buscar maiores funcionalidades.

Nunca entendi oq era pra fazer nesse jogo, e não tenho um pingo de vontade de voltar a jogar.

XBOX. 360. CLASSIC. Having your avatar run around this obstacle course all goofy, and even doing it with friends was a fucking blast, man.