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Real darkness has love for a face.
The first death is in the heart.
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A combinação de uma imagem de banner gerada por IA, assets que são claramente retirados de asset packs fajutos e várias análises positivas geradas por IA me fazem pensar como está fácil fazer e vender videogames hoje em dia.

Não é perfeito como muita gente faz parecer que é.

Persona 5 é um jogo muito fácil de gostar, não é atoa que a Atlus segue milkando a franquia com jogo mobile, spin-off etc. O jogo incorpora elementos do role-playing e dungeon crawling ao lado de cenários de simulação social em meio a personagens bonitos, animações de qualidade, trilha sonora fantástica, combate dinâmico, fluido e viciante. Unindo o melhor de sua casta, é comum ver pessoas que não gostavam de jogo por turno aqui convertidos à série de uma vez por todas.

Contextualizando de forma rápida, a série Persona teve origem como um spin-off da franquia Megami Tensei e desde então, os títulos foram angariando cada vez mais sucesso e se tornaram reconhecidos como alguns dos melhores JRPG da indústria dos jogos eletrônicos. Persona 5 Royal é uma versão expandida do seu título, em que a versão original foi dirigida e produzida por Katsura Hashino, que desde o terceiro Persona tem sido o principal nome por trás dessa série, bem como o responsável por dar a ela uma certa independência de SMT, da qual se originou.

A premissa da história resume-se no Japão sofrendo com uma série de incidentes conhecidos como "desligamentos mentais", que têm acarretado diversas mortes e se tornaram causa de extrema preocupação para o governo. Sendo assim, acompanhamos a jornada de um jovem estudante transferido para a cidade de Tóquio após ser colocado em liberdade condicional por um crime que não cometeu. Assumindo o codinome Joker, ele se une a um grupo de estudantes rebeldes, conhecidos como os Phantom Thieves of Hearts. Juntos, eles descobrem a habilidade de entrar no Metaverso e acessar mundos paralelos criados pelas distorções mentais das pessoas, os chamados Palácios.

E como em toda série Persona, a simulação social vem os personagens precisam equilibrar a vida de estudante e os deveres como Phantom Thieves, e aqui pra mim vem a parte mais broxante do jogo. Não só amo os Social Links da série como chorei em muitos deles, além de achar ótimo a dualidade da vida social e o combate que é feito na franquia, mas aqui simplesmente a escrita falhou no que é componente de metade do jogo. É notório uma grande flanderização no quesito personagens de Persona 5, que em conceito, é quando um personagem que perde o que os torna tridimensionais e realistas e, em vez disso, tem um aspecto de sua personalidade repetido até que eles se tornem uma caricatura completa, pra no final do jogo eles não terem um pingo de desenvolvimento e continuarem da mesma forma. Isso porque estou ignorando todas as fan-services, alívios cômicos toscos, questões problemáticas, falas desnecessárias etc. Isso tudo torna o elenco de Persona 5 chato, o mais fraco da franquia e derruba um pilar importantíssimo na construção da obra.

Não me entenda mal. Para mim, o que torna a franquia Persona especial é sua capacidade de integrar a narrativa e as mecânicas. O que torna videogames únicos é a interatividade, então usar o gameplay para comunicar uma mensagem é o maior feito que eles podem fazer. Cada personagem de série precisa crescer, sentimentalmente, para se fortalecer e continuar de pé na luta. Para que isso aconteça, é preciso passar tempo com eles, ajudando-os a enfrentar dramas pessoais e situações difíceis. Infelizmente não senti nada de especial em Persona 5 quanto a isso.

Mas sinceramente, eu to procurando o que reclamar mesmo, porque de resto o jogo é perfeito mesmo. O combate é uma verdadeira vibe que me vicia igual droga. Eu gozo só de transitar entre os menus desse jogo. Todo o visual, desde as interfaces vivas e vibrantes aos personagens diversos e únicos só exemplifica mais um grande trabalho do talento de Shigenori Soejima - são bem desenhados e expressivos, e as dungeons, que também receberam melhorias gigantescas no gameplay - que antes elas eram apenas corredores, aqui são repletas de desafios e mecânicas únicas entrelaçadas à história - causam um impacto nos nossos olhos desde o primeiro minuto em que pisamos nelas. O conjunto sonoro acompanha a qualidade, composta principalmente por Shoji Meguro, com colaborações de outros artistas, a música de Persona 5 apresenta uma mistura eclética de estilos, que vão desde o jazz até o rock, eletrônico e pop, oferecendo uma experiência auditiva rica e diversificada que complementa perfeitamente a narrativa, o estilo visual e a jogabilidade, enquanto adiciona uma camada adicional de profundidade emocional como Persona sempre faz.

A equipe tinha a responsabilidade de ser uma experiência relevante e de maior qualidade frente ao sucesso da versão original. E que missão cumprida. A versão Royal mantém todos as qualidades de Persona 5, melhora alguns pontos específicos e apresenta muitas novidades incríveis, incluindo mecânicas de jogo, mapas, personas, missões, itens, personagens e, na minha opinião, o melhor arco franquia, fez todas as minhas horas investidas valerem a pena.

Em conclusão, Persona 5 Royal é arte aos olhos e que cativa nos seus detalhes com sua narrativa envolvente, jogabilidade cativante e estilo visual único. Apesar dos meus problemas com o jogo, estamos diante de um dos melhores exemplos do gênero e uma verdadeira conquista notável na indústria dos videogames.

Póquer e roguelike, aquela combinação que você nunca imaginaria que daria certo.

Adoro quando a indústria dos games e seus constantes lançamentos, de tempos em tempos, consegue me surpreender com combinações totalmente diferentes e inesperadas. Balatro une o novo e o velho, um dos mais bem sucedidos gênero dos videogames dos últimos anos com o jogo mais popular de cartas já idealizado.

Ainda que você nunca tenha jogado pôquer na vida, não há com que se preocupar, eu pelo menos joguei muito pouco na vida e Balatro aqui tornou tudo muito simples até mesmo para quem não possui experiência prévia com a modalidade. Você tem que usar suas cartas dadas para fazer uma variedade e combo de mãos. O problema é que, ao contrário do poker normal, onde você é simplesmente encarregado de vencer os outros jogadores sentados em sua mesa, aqui você tem que usar suas cartas e as mãos que eles fazem para acumular pontos para derrotar o dealer. A maneira como isso funciona é que cada carta corresponde a uma quantia de pontos e, dependendo das mãos que você formar, um multiplicador será anexado à quantidade de pontos, com um Full House colocando um multiplicador de quatro vezes na sua pontuação para aquela rodada, por exemplo.

Sendo assim, seu maior objetivo é chegar na última rodada, a Ante 8, e vencer a aposta final. Mas, para chegar lá (pense em cada Ante como um andar de uma torre), é preciso primeiro superar os desafios anteriores, sendo cada Ante (ou andar) constituído de três rodadas de crescente dificuldade: a Small Blind, a Big Blind e o Boss e que, como em um bom roguelike, são definidos aleatoriamente a cada partida e, lógico, perder significa começar do zero, de novo.

Vencer uma rodada concede dinheiro de acordo com a sua performance, que pode ser usada para comprar melhorias e cartas para o seu baralho, sendo possível comprar cartas de tarô, espectrais, modificadores planetários, capazes de aumentar a pontuação de todas as suas jogadas de um determinado tipo, e as cartas curinga, peça chave para vitória, capazes de alterar completamente a eficácia e a funcionalidade do seu baralho. Em condições normais, é possível ter até cinco curingas ao mesmo tempo, o que concede ao jogador a liberdade necessária para tentar fazer a melhor combinação possível e até mesmo “quebrar o jogo”, alcançando pontuações tão altas que superam qualquer desafio gerado aleatoriamente.

Balatro realmente é um jogo fantástico, engenhoso, criativo e genuinamente único. Ele apresenta a mistura perfeita de mecânicas de jogo simplistas e acessíveis combinadas com sistemas matemáticos amplos, profundos e complexos que irão entreter e desafiar todos os jogadores de cartas, desde o novato ao experiente. É um exemplo brilhante de como a fórmula roguelike pode ser usada na prática sem se tornar massante e genérica na medida que te deixa um viciado em póquer para o resto da vida.