the party ended an hour ago and he's still here

Eu adoro história super elaboradas, bem escritas, cheias de surpresa.

Mas eu acho incrível como Tacoma pega uma história que sozinha seria a coisa mais sem graça do mundo e torna ela super interessante apenas pela forma que é contada.

Nada tira da minha cabeça que videogame é a melhor forma de narrativa e esse jogo só contribui pra isso.

eu to namorando com uma slime e ninguém me avisou

sabe quando você chama seus amigos pra um rolezinho a noite, geral se divertindo e pá, noite mó legal

só que aí, já pras duas da manhã, um dos seus amigos, o qual você considera muito, tá muito louco e simplesmente não demonstra nenhum sinal de querer ir embora, você já tá com sono, de saco cheio, metade da festa já vazou mas o seu amigo tá lá sendo insuportável e você fica sem jeito de mandar ele ir embora, sabe?

essa dlc é isso aí

é aquilo né

quando é bom, é bom

quando é ruim, é ruim

This review contains spoilers

gente, deixa eu ver se eu entendi

o thomas zane criou o alan wake, só que daí o alan wake criou o alex cassey, só que o alex cassey também foi criado pelo thomas zane (?), daí o alex cassey é interpetado pelo sam lake e pelo que eu entendi chega um ponto que não tem mais diferenciação do ator e do personagem, o que implica que o alex cassey, que é o sam lake, criou também o alan wake e o thomas zane

é isso ou to maluca?

odiei o ultimo chefe

mas o tails é tão fofinho :D

gente... eu meio que gostei desse jogo (?)

gnomios instupidos burros pra caralho indiotas

Os trombones são uma invenção do capitalismo pra vender trombone champ

Eu joguei Breath of the Wild próximo do seu lançamento, lá em 2017. Seis anos depois a sua sequência, Tears of the Kingdom, é lançada e eu, como alguém que gostou muito de BOTW na época, fui jogar com um questionamento em mente: será que eu ainda gosto desse jogo?

Seis anos se passaram e minhas memórias de BOTW eram turvas. Lembro de ter gostado bastante na época, mas pensando nele hoje em dia, não é algo que eu tenho muita vontade de revisitar. Quando eu peguei TOTK eu estava com muito receio de que talvez meus gostos tivessem mudado tanto a ponto de talvez eu nem gostar mais desse tipo de jogo.

O jogo começa e te larga logo em um longo (bem longo) tutorial. Você vai aos poucos pegando as habilidades novas e aprendendo o que elas fazem e em quais situações são úteis. E admito que nessa hora aí eu tava pensando "puta que pariu, não vou gostar desse jogo".

Especialmente nesse início algo tava me chamando atenção negativamente. TOTK não melhorou em nada em relação ao BOTW quando o assunto é qualidade de vida. Tem diversas coisas que são desnecessariamente burocráticas e demoradas. Um exemplo é que ao pegar uma arma do chão com seu inventário cheio, em vez do jogo te dar a opção de trocar a arma por alguma do seu inventário automaticamente, você precisa abrir o menu, ir na arma que não quer mais, dropar no chão e assim liberar um espaço pra nova arma. Isso é apenas um dos exemplos, mas TOTK realmente tem muitos problemas pequenos, que pra mim tiram um pouco do ritmo da exploração.

Nessa hora eu pensei que se não teve nem melhoria de qualidade de vida talvez os problemas maiores de BOTW não teriam sido consertados também e bateu um desânimo. O tutorial é desnecessariamente grande, e me cansou bastante.

Porém, quando o jogo solta sua mão e te joga no mundo aberto aí a coisa mudou total de figura. Eu ainda tava receosa e com medo de me decepcionar, mas ali foi onde eu percebi que eu provavelmente ainda gosto sim de BOTW. O sentimento de liberdade e de descoberta da exploração é algo que realmente me pega muito.

Uma das minhas partes preferidas de BOTW, mas também uma das minhas maiores críticas ao jogo, eram as shrines. Eu adorava fazer elas e acho que funcionam muito como uma forma de te recompensar, e ao mesmo tempo variar um pouco o loop. No entanto, no BOTW acho que várias tinham problemas de serem simples até demais ou de simplesmente serem muito repetitivas. Tinham literalmente 20 shrines praticamente iguais, em que você tinha que lutar contra o mesmo inimigo repetidas vezes.

TOTK no entanto, conserta 100% esse defeito de seu antecessor. As shrines são variadas, divertidas e criativas, muitas ainda são simples e rápidas, mas pra mim isso faz parte do apelo delas. Não acho que o papel das shrines é te desafiar e te fazer ficar vários e vários minutos tentando resolver algo. É pra você passar por lá, resolver rapidinho e receber uma recompensa, e nesse sentido elas funcionam perfeitamente.

A adição das ilhas dos céus é algo muito bem vindo também. Elas são poucas mas muito densas em conteúdo. Tem chefes, shrines, coletáveis importantes. O que eu mais gosto delas é que chegar em algumas é quase que um puzzle por si só. Às vezes é necessário fazer um veículo voador para chegar em uma ilha mais alta ou mais distante, às vezes apenas o seu paraglider é o suficiente e às vezes é necessário fazer uma missão ou pegar um item específico para alcançá-las. No geral explorar as ilhas do céu é extremamente divertido e sem dúvida uma ótima adição em relação ao BOTW.

No entanto existe uma outra adição ao mapa: o underground. E essa parte eu já acho que é o maior defeito de todo TOTK. É uma área nova do mesmo tamanho do mapa principal, porém com muito menos conteúdo. Existem sim coisas legais pra se fazer no underground como coliseus, labirintos e baús escondidos com armaduras especiais. Porém, a quantidade de conteúdo simplesmente não justifica o tamanho. É um mapa imenso e a maior parte do tempo você só tá andando sem encontrar nada interessante. As coisas são desnecessariamente distantes e é só meio maçante. Conceitualmente é muito legal mas desgosto bastante da execução.

Falando um pouco do combate, isso é algo que eu lembro de não ligar muito no BOTW e honestamente não mudei muito minha opinião. Existem chefes bem legais, como os golems feitos de blocos (apesar de eles repetirem até demais) e os Gleeoks. Eu acho bem legal quando os chefes funcionam quase como puzzles, é mais sobre descobrir como derrotar eles do que uma luta em si. Não chega a ser nada muito complexo mas funciona e é bacana.

No entanto, quando os chefes exigem timing e são mais focados em combate melee como os Lynels, aí eu já acho que o combate só não funciona muito. O timing da esquiva desse jogo é muito esquisito, muitas vezes eu tomava danos que pareciam injustos e às vezes eu desviava de algo que parecia não fazer sentido.

Tem uma mecânica chamada flurry rush, que caso você desvie no timing certo o jogo fica em câmera lenta e te permite acertar um contra-ataque no inimigo. Essa habilidade é de longe a coisa mais inconsistente de TOTK, parece que o trigger dela é simplesmente aleatório.

Dito isso, a parte boa é que o combate é, em sua maioria, opcional. Obviamente terão chefes obrigatórios em várias missões, mas no geral, boa parte deles basta você ignorar e ir fazer outra coisa.

Isso pra mim é um ponto extremamente positivo desse jogo, ele tem diversos tipos de conteúdo e você foca no que te interessa mais. Tenho um amigo que fez pouquíssimas shrines, quase não pegou korok nenhum, mas perdeu horas brincando de construir veículos diferentes. Já pra mim a graça tá em explorar e procurar por shrines escondidas, a parte de construção só não apela muito pra mim.

É um jogo que pode durar 30h ou pode durar 500h, depende do seu estilo, depende do que você quer e do que te diverte ali. E no geral acho que tem variedade suficiente pra te engajar o suficiente por algumas horas.

Um dos elementos que não me pegou tanto assim, inclusive, foi justamente a main quest e as dungeons principais. Elas não são ruins, mas no geral era algo que quebrava um pouco o ritmo. Pra mim a parte mais legal é andar pelo mundinho e explorar, e quando eu tinha que parar pra ficar 2h focando em uma missão específica e lendo diálogos acabava me cansando um pouco.

Dito isso, as dungeons em si acho bem legais. Não são super desafiadoras ou complexas mas eu gosto dos puzzles e gosto muito do sentimento de liberdade que o jogo te dá em como você pode resolver as coisas de diversas formas diferentes. Em vários momentos você sente que está "quebrando o jogo", mesmo que tudo tenha sido absolutamente planejado pelos devs.

Zelda Tears of the Kingdom é, por enquanto, o meu jogo do ano. Chega a ser bizarro o quão divertido e engajante é explorar o mundo dele. Toda vez que você termina algo, você olha pro lado e já tem algo novo pra você fazer. Parece que o mapa é meticulosamente pensado pra sempre ter uma nova coisa interessante na sua frente. Ele não é perfeito e por vezes pode até parecer grande demais, mas é sem dúvida um dos jogos de mundo aberto mais únicos e interessantes da atualidade. Sem decisões de design saturadas, com várias mecânicas criativas e refrescantes, Tears of the Kingdom é sem dúvida um clássico moderno.