Apesar de ser um game curto, Valiant Hearts é um jogo simplesmente incrível que conseguiu retratar de maneira única os horrores da I Guerra Mundial. Como historiador, é impossível não se empolgar com um game que mesmo sendo bem simples em suas mecânicas consegue ser denso em seu conteúdo.

Não vou entrar muito na questão do enredo, mas tudo me lembrava de textos da faculdade que tratava as relações entre os povos, os conflitos anteriores que marcaram a população mais velha (como um dos protagonistas) e a expectativa dos jovens de irem em busca das glórias que vitórias na guerra podiam ser atingidas.

Pra quem gosta do tema, indico dois filmes que são incríveis e que trazem representações desse período histórico, com pontos de vistas antagônicos, um mais antigo e outro bem atual: Glória Feita de Sangue (Stanley Kubrick - 1957) e Nada de Novo no Front (Edward Berger - 2022).

O que mais me motivou a jogar os games da Remedy foi esse universo compartilhado entre os games que o Sam Lake criou. Essa DLC representa a direção criativa dele da maneira mais fiel possível. Depois de jogar American Nightmare e ficar com uma sensação de "Ok, isso foi divertido mas talvez não fosse o momento pra isso", a DLC Night Springs de Alan Wake II mostrou que agora era o momento. Aliando o potencial atingido em Alan Wake II e a criatividade (pra não dizer loucura) do Sam resultaram nesses 3 episódios incríveis e muito divertidos.

O primeiro é o alívio cômico que em diversos momentos temos na gameplay do jogo base.
O segundo traz a Jesse Faden como protagonista e pra quem curtiu Control, vale a pena demais, apesar de ser o mais curto dos dois e até um pouco simples.
Já o terceiro é totalmente inusitado e só empolga mais os fãs do Remedyverse. Simplesmente incrível. Quem não pegou a versão com DLC pode já se arrepender e ir comprando o pacote de Season Pass.

L.A. Noire é um jogo INCRÍVEL pra quem se interessa por investigação policial. Chega a ser inacreditável que um jogo lançado há mais de 10 anos tinha tanta qualidade e eu não pude enxergar nas primeiras vezes em que joguei lá no PS3. Acho que isso se dá pelo fato de que meu perfil como jogador mudou muito de lá pra cá.

Ao assumir o controle de Cole Phelps, um veterano da II Guerra Mundial, agora integrado a polícia de Los Angeles, começamos a carreira resolvendo casos pequenos de patrulha e crescemos na carreira, assumindo depois casos de homicídio, narcóticos e incêndios criminosos. Ao fim de cada "mesa de casos", tudo se conecta e passa a fazer sentido. Não venho aqui pra dar spoilers, por isso só posso dizer: JOGUEM L.A. Noire.

A narrativa supera a gameplay. Ao contrário do que esperamos da Rockstar após jogar GTA, a ação aqui é controlada, o mundo é mais devagar (retratando bem a realidade dos anos 40), mas cada interrogatório, cada investigação, achar evidências nas cenas dos crimes, tudo muito satisfatório. Como eu terminei ele após Alan Wake II, é impossível não comparar o caderno de evidências e casos do Cole com a Sala do Escritor do Alan e o Lugar Mental da Saga Anderson.

The Callisto Protocol quando foi anunciado foi um jogo que me hypou muito, quase comprei na pré-venda e fico feliz de não ter comprado na época e ter terminado somente agora.

É um jogo bem divertido, campanha um tanto quanto curta (não que seja necessariamente ruim) e com muito gore pra quem curte. Na mesma pegada de Dead Space mas com uma atmosfera muito menos "opressiva", é possível se conectar com os personagens e com a trama, e ela é fácil de desvendar só com um pouquinho da gameplay.

Enfim, pegando numa promoção é um ótimo jogo. A edição completa com as DLCs estava R$65 na Steam e foi uma boa experiência. Até por que um ano e meio já se passou do lançamento do jogo, houve melhorias pra rodar ele no PC e tudo mais.

Comecei Fallout 3 duas ou três vezes antes dessa última. Empolgado pela série da Amazon, comecei a jogar em nova tentativa de zerar o jogo.

A jornada foi toda muito divertida e ainda pretendo continuar jogando as DLCs. A fórmula Bethesda que deu muito certo em Oblivion, seguiu em Fallout e "masterizada" em Skyrim torna tudo muito familiar pra quem gosta da desenvolvedora. Os bugs de sempre também estão presentes, mas o único que me incomodou foi o na missão final que não aparece como concluída pra mim por nada.

Cenário imersivo, trilha sonora boa e questlines bem interessantes, com um combate versátil com muitas opções de armas. Recomendo demais e agora tô interessado em New Vegas e em Fallout 4.

Desde que lançou o RE4 Remake eu já tava ansioso por ser um grande entusiasta do game original. Quando vi que o Separate Ways não estava junto no lançamento foi até uma decepção pois o game base estava lindo e reimaginado de uma forma que fazia mais sentido pra história.

Tudo isso se replicou na DLC Separate Ways. Zerei no modo intenso e a dificuldade é condizente com o game. As alterações que foram feitas na história ficaram ótimas ao meu ver e a cena pós créditos (tal qual um filme) foi muito boa também.

Enfim, me diverti DEMAIS mesmo jogando poucas horas por dia. Pra quem já era fã, vai aproveitar com certeza e quem está começando na franquia, vai curtir também.

Prince of Persia era uma das minhas franquias favoritas quando criança/adolescente. Joguei todos eles no PS2 mas na época não conseguia finalizar os games. De toda forma, tinha os 3 games na minha conta da Ubisoft desde que quis montar meu primeiro PC. Esse ano foi o dia de finalmente encarar essa pérola.

Apesar dos mais de 20 anos do lançamento original do game, as mecânicas não envelheceram mal. O combate até pode ser repetitivo e alguns inimigos insuportáveis. Mas temos puzzles interessantes (a todo momento) e uma progressão bem bacana do game.
Acho que quem não for fã da franquia não vai aproveitar tanto quanto quem é, por isso já aviso de antemão que essa crítica tem viés pró Prince of Persia.

This review contains spoilers

Planet of Lana me chamou a atenção pelo design, primeiramente. Os cenários que passam ao fundo enquanto avançamos sempre são bem interessantes e vão mudando conforme nos aproximamos do objetivo.
Como um jogo de plataforma de resolução de puzzle linear, Planet of Lana entrega uma história simples que requer nenhum diálogo intelegível para que seja compreendida.
Quando o Planeta é atacado, Lana perde seu companheiro e seu objetivo é encontrá-lo a todo custo, enfrentando máquinas e o ambiente. No percurso, Lana conhece Mui, um amigo inesperado que se parece com um gato e que de alguma forma se conecta com o Planeta.

Pra quem gostou de Limbo e Inside, Planet of Lana é uma BAITA pedida. E quem tem gato de estimação, segura o choro durante a gameplay kkkkk

Blasphemous foi um jogo que de começo me prendeu durante 2h, depois acabei dropando por um tempo e retomando após zerar Hollow Knight. Pela semelhança de gênero mas com um estilo mais sombrio e com gore, foi uma boa pedida dar um tempo nele pra enfim zerar.

Fiz o final mais simples, até porque não me lembrava de algumas coisas e não fui atrás do 100%, estava jogando ele no Amazon Games. Então não tive aquela motivação extra de ver as conquistas sendo desbloqueadas conforme jogava. Dificuldade na medida certa, boss fights interessantes (e todos com design bem bizarro também). Me diverti demais com esse.

This review contains spoilers

Na empolgação de jogar os games da Remedy, por ter terminado Alan Wake 2 e saber da relação entre o Xerife Breaker e o Mr. Door... Fiquei muito tentado a jogar Quantum Break, porém, o que eu não esperava era a experiência DECEPCIONANTE que o Xbox GamePass oferece para os usuários. Li alguns players tendo os mesmo glitches e bugs que eu, como por exemplo, a falta de sincronia com o streaming dos episódios da série Quantum Break entre os atos jogáveis. Ou então as luzes brilhantes em verde, rosa e cinza que IMPOSSIBILITAM totalmente alguns trechos sem tirar a paciência do jogador.

Fora isso, a história é bem interessante, o gancho pra relação do Hatch com o Jack Joyce no fim do game também foi bacana, com o mesmo estilo da bifurcação com o Paul Serene. A gameplay dá pra se dizer que não "envelheceu" bem. Válido lembrar também que no Hard a batalha final é simplesmente INTRAGÁVEL. Eu morri algumas vezes enfrentando inimigos em alguns cenários, mas eu era punido conforme era imprudente. Na última batalha, é tanta coisa acontecendo no cenário, aliado aos bugs da versão do GamePass e os inimigos esponja de bala que eu devo ter perdido uns 25-30 minutos somente nessa batalha. Nenhum outro trecho do jogo me prendeu TANTO quanto esse.

Vale a pena pela história, mas vá sabendo que terá momentos tortuosos. Ainda mais se for jogar a do GamePass.

This review contains spoilers

Eu já havia zerado a versão padrão de Control no Playstation 4 há algum tempo. Porém, com o lançamento de Alan Wake 2, me interessei muito pelo universo compartilhado que a Remedy Games está criando para os seus jogos. E como eu nunca tinha jogado a DLC AWE que demonstra essa ligação entre o FBC e Alan Wake/Cauldron Lake/Bright Falls, me obriguei a começar ele de novo no feriado de final de ano.

Control é um jogo incrível por si só, já havia aproveitado e aprovado demais ele na primeira gameplay. Agora foi só pra confirmar mesmo.

Agora vou em busca do 100%.

Edit 09/01/2024: Atingi o 100% no dia 06/01, a conquista mais difícil foi uma da DLC AWE chamada Vending Spree, onde basicamente meu jogo tinha bugado o spawn do inimigo que tem que ser derrotado para atingir ela. Resumo, tive que reiniciar o último episódio do game para então fazer toda DLC e aí sim os inimigos aparecerem.
TERMINEM O JOGO ANTES DE COMEÇAR AS DLCs.

Elden Ring é o GOTY de 2022 e é provavelmente o GOTY do meu coração também, prêmio que eu entrego anualmente pro jogo que eu mais gostei no ano, independente de ter sido lançado nesse mesmo ano ou não.
Fiz questão de ter essa platina em minha coleção no Playstation de tanto que curti o game.

Death Stranding é possivelmente o jogo mais subestimado pelos players. Enquanto é o mais superestimado pelos fãs de Hideo Kojima e o que ele faz. E ainda bem que estou nesse segundo grupo.
Zerei a 1a vez no PS4, depois consegui resgatar o game gratuitamente na Epic Games e fui até atingir todas conquistas dele. A profundidade dos personagens, o desenvolvimento da trama, a dificuldade que é chegar de um ponto x ao ponto y sem estarmos conectados... Tudo torna Death Stranding um jogo que me cativou demais. Valeu a pena investir um bom tempo pra fazer o 100%.

Alan Wake II me fez mergulhar no universo dos jogos da Remedy Games. Com ele revisitei jogos que já havia zerado (Control), na expectativa pré-lançamento joguei Alan Wake de 2010 e também American Nightmare. Quando pude jogar Alan Wake II foi simplesmente a melhor experiência possível. O jogo é incrível.

Edit1: Estou rejogando Alan Wake II após mergulhar no universo de O Iluminado e Doutor Sono de Stephen King. As referências são incríveis pra quem gostou da leitura. Está sendo ainda mais satisfatória a gameplay do que da primeira vez.

Edit2: Após platinar o jogo, tô mais ansioso ainda pelas DLCs. Ainda bem que comprei a versão Deluxe do game.