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35h 0m

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2 days

Last played

April 12, 2024

First played

March 14, 2024

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Minha primeira memória de Twilight Princess é bem vívida. Eu tinha uns 9 anos e estava na casa de um amigo vizinho pra brincar e jogar. Enquanto isso, o irmão mais velho dele também estava com um amigo. A dupla estava na sala jogando esse jogo aqui, em sua versão do Wii, na parte da ponte que pega fogo. Eles estavam tentando de novo e de novo, mas não conseguiam passar, até que o amigo disse "Tá, vou olhar o guia de novo" e o abriu no celular, e foi lendo dando instruções de quais caixas empurrar pra conseguir pular. Algo no jogo me fascinou, mas só o joguei agora pela primeira vez, mais de 10 anos depois.
O que eu tenho a dizer é QUE ESSE MOLEQUES ERAM MUITO BURROS, MEU DEUS, ERA SÓ EMPURRAR UMA CAIXA NUMA POSIÇÃO ÓBVIA E PULAR!!!
Mas de certa maneira, que bom que eram, porque foi dessa maneira que eu descobri a existência de sites de guias de jogos, o que me possibilitou zerar muitos que eu não conseguiria quando criança. Acho que é por isso que essa memória é tão marcante. O anúncio da E3 desse Zelda marcou a indústria.

Foi mais marcante do que qualquer coisa nesse jogo.
Todo Zelda tem uma peculiaridade. Nesse, é virar um lobo que não expande as habilidades o jogo todo. De resto, é Ocarina of Time de novo, mais linear, e mil vezes menos mágico, fingindo dar algum foco pro combate e com o Malo Mart.

A "magia fantástica" é uma das coisas que mais amo nessa franquia, e todo mundo já tá cansado de saber que o tom sério e o realismo desse jogo são respostas a má recepção do Wind Waker. O Link não usa armas de fogo e fala palavrões como o Shadow (Mas é um lobisomem como em Sonic Unleashed) e não há nenhum tipo de gore. O visual é sim mais realista, mas sinceramente, acho isso uma grande besteira. As texturas podem ser mais detalhadas e nítidas, mas não divergem muito do que um Ocarina of Time seria se não fossem pelas limitações de hardware. Os personagens continuam tendo designs cartunescos e mais esquisitos do que nunca, e em nenhum momento a história é DARK como quer parecer que é. Eu até preferiria que fosse mais e se entregasse de verdade, mesmo que seja algo genérico de sua época. OOT e Majora's Mask são mil vezes mais "dark" e fúnebres mesmo com os visuais mais cartunescos, o que acaba os deixando mais sombrios ainda pelo contraste. Mesmo com tudo isso, parece que funcionou, já que esse era o Zelda que mais havia sido vendido até o Breath of The Wild.

A trilha sonora sempre é maravilhosa nessa franquia, e essa aqui continua boa, mesmo que seja a pior de todos os Zeldas que eu joguei até agora. Ela soa como instrumentalização midi de chip de áudio de console específico, mesmo que isso já não existisse mais na época, e de nenhuma maneira isso dá um charme a mais pra ela, tirando o canto da trilha do overworld noturno. Eu raramente gosto das músicas de combate da franquia, mas ninguém merece o tema de combate do lobo. Apesar disso, confesso que nunca achei que iria escutar breakcore em Zelda.

Pra resumir- gostei do jogo, excelência técnica, Midna é a melhor companion que o Link já teve, mas mesmo assim, não senti quase nenhuma emoção, nem positiva nem negativa. E eu queria muuuito ter sentido.
A parte mais marcante foi quando aquele cara simplesmente falou.

(Falando nisso, quero deixar claro aqui: odeio essa tradição de não ter vozes)