Silent Hill é um jogo de muitas inovações. O primeiro jogo da saga usa de ferramentas simples, porém inovadoras, pra fazer o jogo linear parecer ocorrer num mapa aberto. Também foi um dos pioneiros a usar a neblina para disfarçar o draw distance curto que o processador do PlayStation 1 podia desenhar. Esses e mais elementos de imersão e montagem atmosférica tornaram o jogo um dos maiores jogos de terror da história.

Sua história confusa e aberta a interpretações apetece o jogador a ir mais e mais afundo para obter respostas. E é aí que seu problema maior mora. Alguns podem dizer que é proposital pois você está na pele de uma pessoa confusa devido ao acidente de carro nos primeiros minutos da introdução. Mas sou da opinião que as coisas deveriam ficar mais claras no final do jogo.

Joguei fora de época então não pude obter mais informações do manual, que era uma coisa comum há uns 20 anos atrás.

Essa procura insaciável por uma explicação plausível do paradeiro de Cheryl te faz experienciar diversos puzzles interessantes e lógicos, mas não posso dizer o mesmo do uso do ''mundo aberto'' do jogo que em vários pontos te obriga a explorar cada centímetro do mapa em busca da próxima pista, chave ou cutscene. Achei preguiçoso a maneira como eles forçam você a ir em cada canto já que cerca de 90% do mapa é apenas cosmético e não-funcional.

O sistema de batalha com armas de fogo não te dá uma opção simples de escolher o alvo, coisa que Resident Evil em 1996 já tinha. Com armas brancas é até mais eficaz em situações close quarters. No geral é bom, vindo de um protagonista inexperiente com técnicas militares.

Obtive o final BAD+ mas vi os outros finais no YouTube, que no total são cinco. Finais múltiplos aumentam a vida útil do jogo pela rejogabilidade, e isso é sempre uma coisa boa.

Apesar de seus problemas, é o jogo que abriu uma das minhas sagas favoritas de terror e tendo jogado suas sequências notam-se incontáveis melhoras.