Veredito: Vai direto pro pódio dos favoritos.

Eu gosto muito de falar sobre jogos, às vezes até mais do que gosto de jogá-los. Foram pouquíssimas as vezes que um jogo me deixou sem palavras, que hesitei em tentar explicar por que gostei dele, com medo de não fazer jus ao tamanho da foderosidade do que tinha acabado de jogar. Mas vou fazer um esforço aqui.

Outer Wilds é um jogo de exploração espacial - você é um astronauta alienígena conhecendo os planetas, luas e tals do seu sistema solar - mas é principalmente um jogo sobre o deslumbre com a descoberta. Sobre ir lá e ver o que tem depois da curva com seus próprios olhos, compreender como as coisas funcionam e ficar maravilhado com a sensação de 'ahá, agora eu entendi!'.

Ao mesmo tempo, é um jogo sobre sair da zona de conforto. Não só porque nunca joguei nada parecido antes, inclusive morrendo várias vezes até me acostumar com a física e controles esquisitos ('para onde fica a frente?' é o tipo de dúvida constante no começo) nem só porque ele jamais te pega pela mão: como disse o Errant Signal o jogo é uma via de mão única e jamais irá em sua direção, você é que tem que ter o trabalho de ir até ele. Mas porque você nunca vai resolver os puzzles e jamais vai entender a trama se não estiver disposto a pisar onde ninguém nunca pisou e ir onde você jamais iria normalmente. Pensar fora da caixa, ser curioso e querer de verdade entender o universo à sua volta são pré-requisitos pra se aproveitar Outer Wilds, tanto os puzzles e mecânicas quanto a história.

Antes da 1ª decolagem vários amigos da sua vizinhança te contam anetodas sobre o sistema solar: uma corrente marítima esquisita e criaturas assustadoras em um planeta, um colega astronauta que desapareceu, uma estátua e uma pedra que agem de um jeito que ninguém entende. Tudo pra te deixar intrigado e curioso pra explorar. Se a exploração pela exploração e a descoberta pela descoberta não te enchem os olhos, se na escola você não gostava daquela sensação de entender algo que não entendia antes, talvez passe algumas horinhas com Outer Wilds, enjoe e resolva ir jogar algo melhor. Mas se te atrai a ideia de descobrir o que aconteceu com povos e espécies extintas, compreender como funcionam tecnologias que antes eram confusas, e principalmente ter um envolvimento emocional com o mundo à sua volta a tal ponto que você vai ousar fazer coisas por ele que jamais ousaria antes... Garanto que a viagem vai ser inesquecível. ❤️

Tinha muito potencial mas acabou estragando tudo... propaganda de que você pode ser tudo mas do que adianta se o mundo não reage de acordo com o que você é? Não importa se você é um líder com um exército gigantesco, mercenário sanguinário ou um simples ex-escravo, todos vão te tratar como um bosta como no começo e as relações não mudam, o game na questão de dificuldade e realismo é muito bom mas tirando isso é bem medíocre e até mesmo tendo gráficos de um jogo de 2006 ele tem problemas de otimização.

I didn't think I would find a game consisting almost entirely of menus, text, and a single 3D model of a space station to be this compelling. It does threaten to overstay its welcome a bit towards the end (once you have enough upgrades and have completed certain quests that take the major antagonists out of the picture, the tension in staying alive and getting through each day is largely gone and it sometimes feels like you're just killing time to advance the quest meters), but the wonderfully textured writing and world-building still made me want to help everyone I could survive the crushing weight of far-future capitalism.

eu sempre tive um pé atras p soulsborne pq grande parte dos meus amigos sempre disseram q os jogos da fromsoftware foram uma das experiencias mais legais que eles ja tiveram com um jogo, ent a barra sempre teve MT alta pra mim justamente por causa disso, e por consequencia duvidava muito da qualidade dos jogos

foi assim até eu jogar Bloodborne, que foi meu primeiro soulsborne e souls-like no geral, e rapaz, nao decepcionou nem um pouco

tem todo um estigma ao redor dos jogos da fromsoftware de serem reconhecidos como "os jogos mais dificies do mercado", e eu entendo que isso ja faz parte do marketing e da marca deles, mas eu acho isso tao prepotente e exagerado que me deixa triste ver amigos meus deixar de testarem os jogos por "medo" de jogar ou por achar overrated

e tudo isso é errado. nenhum soulsborne é inerentemente dificil ou imbativel, todos os jogos sao centrados ao redor da experiencia de superar os obstaculos e aprender com seus erros, e eu digo com 100% de convicção que os jogos do Miyazaki sao os melhores e talvez os unicos a replicar essa experiencia sem falhas e sem repetição com tanta perfeição. eu me lembro da primeira vez que eu matei o Father Gascoigne no Bloodborne, e me lembro de todas as vezes que eu morri pra ele, e claro, no momento eu sempre me enchia de raiva quando morria e fracassava, mas no momento que apareceu na tela PREY SLAUGHTERED eu me enchi de tanta alegria e ate um pouco de orgulho que eu nunca vou esquecer dessa sensação. sao poucos os jogos que me marcam puramente pela sua gameplay, pq eu me considero mt mais movido pelos personagens e pela historia, mas Elden Ring e Bloodborne são os unicos que eu realmente considero o ápice na questao de design de gameplay.

ninguem disse que a vida seria facil, mas nao vai ser por isso que ela deve ser dificil tambem.