2024

Backrooms do Michael Phelps

ah sim... o clássico dos clássicos dos clássicos. um dos primeiros RPG's que joguei na vida. cá estou jogando pela quinta (?) vez. um exemplo ótimo pra mostrar pras pessoas a importância da memória e como isso deve, e é, repassado. gosto muito de como passe o tempo que passar, esse jogo continua sendo lembrado e nunca deixa de aparecer nas listas dos melhores. espero que a minha geração (Z) e as futuras continuem essa tradição. existem muitos jogos que estão começando a ser esquecidos, muitas franquias que não são citadas e se ofuscam pela histeria coletiva gerada com o "novo". o capitalismo não apenas é rejeitado por mim pela imbecilidade do que se propõe, mas também por todas as tragédias que desenrolam para que ele possa "funcionar". Chrono Trigger, pelo menos, parece ter encontrado seu lugar. pra mim, é um exemplo de resistência da nossa comunidade que ainda não percebeu o quanto é bem politizada.

gostaria, inclusive, de aproveitar para deixar aqui algumas tímidas palavras de homenagem à um dos trabalhadores desse projeto que, não só transformou o mundo, mas também deu vida à esse que é um dos melhores jogos de todos os tempos:

em um mundo onde somos vistos apenas como classe trabalhadora, meros consumidores, reduzidos à servos dos interesses da classe dominante, não posso deixar de, mesmo em morte, agradecer ao mestre Toriyama. as lágrimas e a melancolia que escorreram de mim quando vi a notícia foram, até então, a última vez que me senti um ser humano. muito obrigado.

primeiro jogo indie feito inteiramente em Cuba! toda a solidariedade aos nossos irmãos latinos na resistência contra as aves de rapina.

esse jogo (assim como meio que qualquer plataforma de puzzle) possui coletáveis, mas a maneira que são abordados é bem interessante. tudo baseado no detalhe de que não podemos conhecer nosso desfecho se não soubermos a nossa própria história. isso é reiterado pelo personagem Cronista sempre que o encontramos. o único coletável são pedaços de papel que, juntos, viram um item para relembrar o protagonista de seu passado. uma maneira bem interessante de lidar com essa característica super comum nesse gênero e, que fica mais interessante ainda quando se tem uma ideia da história do povo cubano. espero que saiam mais jogos feitos lá. consumir arte de outros países é sempre muito revigorante.

pra terminar gostaria de adaptar uma das minhas frases históricas favoritas. frase essa de Porfírio Diaz:
"Pobre Cuba. Tão longe de Deus mas tão perto dos Estados Unidos."
(na original é pobre México)

eu sou um órfão de Cube World. e os órfãos desse jogo não são apenas órfãos, são órfãos espancados e abandonados numa viela. encontrei, finalmente, algum tipo de conforto em algo com o mesmo gráfico. pq é tão raro ver projetos em voxel? é tão difícil assim criar arte nisso (não faço ideia)? explorar mundos com esse gráfico é gostoso demais. tô encantado por esse jogo, pprt. espero que não caia no limbo dos jogos indie e ganhe mais reconhecimento. o sapinho pode não dar parry em uma bomba atômica mas ele pode explodir uma naja gigante com uma 12.

ser uma toupeira deve ser irado

um dos co-op mais divertidos que já joguei na minha vida. basicamente um Destiny com Dark Souls 3. por mais que a história principal seja meio meh, os mundos são MUITO maneiros. todas as quests são massa demais e a dublagem é muito foda. esse jogo tem uns bosses INCRÍVEIS cara, muito refrescante ver algo assim nesse gênero que muitas vezes se condena à repetição do genérico (soulslike).

única parte triste foi que zerei na Game Pass e acabei me amaldiçoando com precisar dar dinheiro pra Microsoft se no futuro eu quiser fazer um NG+. também, ter um personagem no seu jogo chamado Ford não ajuda muito quem faz história a não lembrar do filho da puta do Henry Ford. sabia que ele que publicou Judeu Internacional nos EUA? pqp.

ainda tô xingando o último boss.

eu queria TANTO zerar esse jogo cara. simplesmente amo essa tosquisse ianque, é engraçado demais. o protagonista chamado Cutter Slade (??? KKKKKK) falando pra um camponês alienígena de outro planeta que ele também tem um rito de passagem na terra, mas esse ocorre na traseira de um Ford Mustang é CINEMA.

curiosamente, esse aqui é não ironicamente um dos jogos mais influentes de todos os tempos. os precursores de mundo aberto muitas vezes são reduzidos para a franquia da Rockstar, mas saiba que muitas coisas que GTA III fazia em 2001, esse jogo em 99 já tava pocando. infelizmente foi um fracasso de vendas, pq exigia um computador muito potente pra rodar e até hoje isso é perceptível. porra, imagina a galera quando lançou isso vendo a água desse jogo. a água dos Assassin's Creed de PS3 é pior.

os diálogos são incríveis. o mundo de Adelpha é muito interessante e os habitantes igualmente. a trilha sonora é só BANGER atrás de BANGER. eu tava me divertindo pra caralho, porém... pqp. o sistema de save desse jogo parece original à primeira vista e de fato é, mas a praticidade disso é horrível, ainda mais pra um jogo que não é muito responsivo. nessa versão enhanced os caras nem pra aumentarem a velocidade de movimento do personagem principal e das montarias, tlg? parece um astronauta cagado andando em gravidade quase 0. no meu save também deu umas bugadas de missão, do npc bugar mesmo e não fazer o que tinha que fazer, me fazendo ter que voltar muito atrás e repetir coisas de um jogo muito lento de ser jogado. paia demais. isso foi constante a ponto de me fazer broxar total com o jogo.

queria muito zerar esse negócio e acho que ainda pego de novo pra fazer isso. infelizmente, no remake que saiu em 2017 depois de um kickstarter fracassado, parece que perdeu-se muitas das coisas intuitivas e curiosas que tem no original e deram um approach mais """moderno""", no sentido de te tratar igual um idiota que não zera nada que te deixe perdido por mais de cinco minutos. então acho que a versão definitiva a ser jogada continua sendo essa e, espero que esse clássico cult aqui ganhe mais popularidade pra que alguns modders resolvam esses problemas. definitivamente entrou na minha lista pessoal de queridinhos underground e se tem uma coisa que eu não faço é gatekeep, então pra você que curte umas coisas velhas e estranhas, ou assim como eu, tem uma curiosidade histórica, fica aí a recomendação desse jogo estranhamente revolucionário.

esse jogo tinha tudo pra ser espetacular, mas se perdeu tentando demais ser suas inspirações. a busca incessante pelo outro apenas nos faz esquecer de nós mesmos.

acho que essa é a primeira vez que vejo alguém usar a mecânica de Braid pra fazer algo diferente

o dev realmente jogou Minit e pensou e se eu fizer 20 Minit

uma das melhores coisas que já aconteceu nessa indústria foi o Tim Schafer, um cara que se retroalimenta de risadinhas de canto da boca de outras pessoas, ter virado diretor

mais um jogo pra ser jogado deitado no sofá. mas não pq ele é relaxante, não... é pq ele é jogado praticamente sozinho.

não consigo dizer que um videogame tem um bom pacing, no sentido de avançar fluidamente, quando você não o "joga". a única liberdade que esse jogo te dá é ao entrar em combate ou escolher diálogos opcionais. de resto, tudo é resolvido no automático. aqui vc controla um cara que é um Taumaturgo (como se fosse um detetive) e precisa resolver mistérios. o jogo resolve os mistérios instantaneamente depois que você coleta evidências suficientes. evidências essas, que são absurdamente fáceis de serem encontradas nesse simulador de estalar dedos (R2), onde o estalo mostra não apenas onde vc deve ir pra main quest, como cria uma região ao redor do boneco que faz brilhar tudo que é relevante. admito que isso seria muito legal em um filme, em um gibi e tal... mas não em uma mídia onde existe a interação. deveriam criar um gênero pra isso na nossa comunidade.

anyways, vou dar shelved nisso aqui pq mesmo assim ainda quero pegar pra zerar pq se passa em um contexto histórico que me interesso muito. setembro de 1905, na Varsóvia, pra ser mais exato. pra quem não sabe, 1905 foi a primeira Revolução Russa e a segunda foi em 1917. a de 1905 não é muito falada pq foi uma revolução burguesa. o partido comunista russo juntamente de Lênin&camaradas concordaram com o que Marx dizia de que, em países subdesenvolvidos, é provável que primeiramente deve haver um desenvolvimento do capitalismo antes de haver sua superação. então, fizeram uma coalizão com a burguesia da época para usurparem o poder da aristocracia e instauraram uma República Democrática. em 1917, aí sim, houve a revolução comunista que é mais comentada e sabida.

confesso que a de 1917 é bem mais interessante pra mim e se esse jogo passasse nesse contexto, seria bem mais pica (SEQUÊNCIA???). já estudei como a burguesia ganha a luta de classes e domina o Estado o suficiente pra estar cansado desse tópico. mas esse jogo tem um trabalho histórico muito foda, principalmente em mostrar a sociedade russa daquela época. um must play pra qualquer um interessado no assunto ou apenas aos amantes de história.

> caso você seja um camarada, incentivo fortemente buscar entender os antecedentes da revolução e esse jogo é um bom pontapé inicial pra começar seus estudos (que, caso ainda não te centralizaram, é necessário e de suma importância para a nossa luta). venceremos!

TEE LOPES MENTIONED

acho que os desenvolvedores foram muito visionários nesse debut e isso resultou em um jogo com muitas ideias muito boas que são pouco utilizadas. é meio paia não precisar usar mais do que 2 transformações pra passar das fases. achei que faltou uma criatividade ali no level design. o que é triste, pq a gameplay disso é uma DELÍCIA. todo o resto é impecável. poderia ter sido bem melhor.

esses devs ainda me pagam por terem feito um jogo tão gostoso de dirigir e com uma rádio tão boa travado atrás de um ciclo de loot monótono pra caralho

pra mim, vocês que tankam com tanta facilidade essas taxas insanas de random encounter desses jogos antigos, são tipo os monges da 36º câmara Shaolin. reencarnações do mestre Oogway.

depois de saírem de 4 horas jogadas tendo avançado apenas 30 minutos da história principal pq tavam travados com inimigos aleatórios, se transformam no Iroh tomando chá. "It is how it is", dizem.