69 reviews liked by ximitos


vendo minha namorada jogar isso aqui nos últimos dias, sem colocar a mão no controle e sentir meus receptores de dopamina vibrarem toda vez q eu clicava na cara de um PM durante um shoot dogde, meio q me fez ter a certeza de q esse é um dos AAA mais racistas de todos os tempos.

ao menos na maioria dos jogos onde um protagonista norte-americano detona algum país de terceiro-mundo, ainda parece existir um certo esforço pra n pintar o lugar como um eterno inferno sobre a terra. existe um certo esforço para contratar gente q fala xangainês em Kane & Lynch 2, ao menos inventar um país fictício em Resident Evil 5 ou um monte de banana republics aleatórias nos Jagged Alliances, Far Cries e seus derivados.

ao menos a maioria dos protagonistas desses jogos n tratam constantemente o país onde estão como uma fossa séptica infestada de malária, pra depois meter um papo pau-mole autoconsciente sobre ser um salvador gringo em território latino-americano. autoconsciência no texto lixo desse jogo n faz lá muita diferença quando claramente nenhum brasileiro fez um proof-reading do roteiro ao menos pros diálogos em português parecerem algo q realmente sairia da boca de alguém. ao menos esses jogos n tem um roteiro do Dan Houser tentando fazer algum comentário real sobre militarização da segurança pública, corrupção ou violência no Brasil sem pesquisa ou vivência alguma. porra, até o Saci-pererê e o Curupira são vilificados aqui! maluquice!

só meio q odeio esse jogo mesmo. e até hj a melhor representação de São Paulo em um videogame é em Incidente em Varginha (1998) pra DOS durante a missão da Praça da Sé. esse sim é kino, viu.

Give us back the badass Artorias box art asshole

eu gosto de sempre manter um pouquinho de boa vontade quando eu começo a jogar alguma coisa pela primeira vez. acho q se a gente se deixa levar muito pela opinião alheia e já parte com a intenção de odiar seja lá o q estiver pela frente, a gente vai acabar tendo uma má experiência. a síndrome do Angry Videogame Nerd e o motivo de meio mundo odiar Simon's Quest e The Adventure of Link de cabo a rabo, saca?

o q já é frustrante se torna insuportável. problemas técnicos e uma apresentação mais atrapalhada já deixa um gosto azedo na boca de cara. tudo q o jogo tem a oferecer de pior se torna a única coisa q o jogo tem a oferecer. já é caixão e vela preta. n tem nada mais q possa salvar esse videogame.

acho q isso é algo q rola um pouco com Sonic Adventure. uma galera online já há quase 20 anos decidiu q a franquia teve uma transição complicada pro 3D e meio q isso se tornou fato. digo, realmente n foi lá a transição mais elegante do mundo se comparada a Ocarina of Time ou Super Mario 64, mas n deixa de ser uma experiência interessante. n deixa de ser um jogo com seus próprios méritos.

eu adoro Sonic Adventure, e fico muito feliz por ter dado uma achance para ele uns tempos atrás. os ports modernos roubam um pouco do charme dele, mas a versão original de Dreamcast é muito lindinha. os cenários paradisíacos, a densas florestas sul-americanas, os templos flutuantes e as gigantes naves aéras são cenários tão gostosos de simplesmente estar presente neles. juntos com a maravilhosa trilha sonora de Jun Senoue e companhia, este acaba q se tornando o jogo do Sonic com o melhor senso de espaço. o mundo realmente parece ser um lugar vivo, apesar de todas as plataformas flutuantes por aí.

e navegar por essas plataformas é divertido! a física do jogo é meio esquisita e um tanto q primitiva, mas eu acho q justamente por conta dessa primitividade q é meio q divertido brincar com ela. ela te fornece bem mais liberdade q muitos dos outros jogos modernos da franquia, e acaba sendo meio q impressionante como vc consegue impulsionar certos personagens pra praticamente o outro lado do mapa se vc souber o q está fazendo. meio q adoro isso.

e sabe outra coisa q eu adoro? as fases do Big the Cat. talvez eu seja doida, mas eu realmente acho q o jogo só faz um mal trabalho em tutorializar elas. depois q vc pega o jeito, dá pra pescar o Froggy em segundos, e depois nenhuma das fases dura mais do q vc quer q elas durem. meter um Sega Bass Fishing no meio do seu platformer 3D frenético é uma escolha um tanto q destoante, mas eu meio q gosto. acho charmoso.

outra coisa charmosa é a historinha aqui. ela é um tanto q boba e simples, mas eu gosto q ela consegue manter uma boa balança se levando a sério o suficiente para evitar se tornar uma paródia de si mesma, mas ainda evitando o melodrama desnecessário de alguns futuros jogos do Sonic. eu gosto dos pequenos arcos dos personagens. da Amy e do Tails se tornando mais independentes e tendo suas pequenas aventuras pessoais, do Gamma buscando salvar sua família e a si mesmo, do Knuckles lidando com o passado do seu povo. gosto como aos pouquinhos vc vai descobrindo mais sobre a Tikal e seu passado. é tudo coisa boa, coisa gostosinha. meio burra as vezes, mas tudo bem.

acho q muito do q eu disse aqui vale pra Sonic Adventure 2, apesar de eu n ter me conectado tanto com ele. eu n teria muito o q falar dele sem ficar fazendo comparações demais com o primeiro. mas eu amo o Shadow, meu ouriço bad boy favorito! eu adoro tudo relacionado a ele e a Maria. eu amo o Eggman explodindo a Lua e todo mundo tratando isso como se ele só tivesse colocado fogo em um ônibus ou coisa assim. eu amo esse cara agressivamente italiano q aparece do nada em uma cutscene! eu adoro o Sonic e o Tails invadindo a limousine do presidente dos Estados Unidos da América! só coisa boa tbm.

recomendo vc dar uma chance pra Sonic Adventure, se nunca tiver tocado nele antes. talvez acabe n sendo muito a sua vibe, mas eu diria pra vc ir de coração aberto e formar suas próprias opiniões sobre ele. pelo menos vc vai ter do q reclamar de primeira mão!

eu pensei que ia gostar menos desse, já que eu tinha perdido o interesse quando joguei pela primeira vez uns anos atrás, mas dessa vez acabei me divertindo. foi interessante observar os pontos fortes do primeiro jogo sendo expandidos, como a tatilidade dos cenários, os combates divertidos e a história (geralmente) bem escrita. tais pontos não foram expandidos ao ponto de tornarem max payne 1 obsoleto, mas acaba tornando o segundo jogo como a sua própria coisa, quase que divorciados entre si, seja por bem (como os combates mais frenéticos e o aumento de objetos interativos no cenário) ou por mal (o camp perdido com o aumento do orçamento e a narrativa que mantém a boa escrita mas se torna mais esparsa).

as vezes um coração aberto n é o suficiente. as vezes um jogo infelizmente só faz jus a sua reputação mesmo. o q é uma pena, pq apesar de tudo eu amo esse jogo.

ele é sem dúvidas uma das coisas mais lindas colocadas no Mega Drive. eu amo a água, os golfinhos, as lulas e as baleias. eu amo o pouco q vc pode ver da superfície, alheia a todos os perigos q te esperam no fundo do oceano. eu amo a estranha e serena hostilidade q permeia as profundezas. eu amo o Ecco, as estrelinhas q decoram a sua cabeça, e sua determinação para salvar sua família de aliens além da compreensão humana.

a versão de Sega CD, em particular, tem algumas das melhores músicas q já ouvi em um console da sua geração. são meio q no geral apenas trilhas ambientes, mas conseguem elevar a já maravilhosa apresentação do jogo pra outro nível. amo de paixão.

mas infelizmente, aqui temos meio q diversas decisões contraditórias de design. o Ecco n é lá a criaturinha mais responsiva do mundo, e um ritmo mais lento e metódico casaria muito bem com os puzzles de exploração do jogo. porém, os constantes inimigos e armadilhas, aliados ao terrível e brutal limite de tempo da respiração do Ecco, tornam a experiência extremamente hostil. esse golfinho n consegue ficar nem dois minutos debaixo da água, e como vc pode imaginar, meio q é onde vc vai passar o jogo inteiro. a versão de Sega CD tem até alguns checkpoints um pouquinho mais generosos, mas nada q realmente salve a experiência.

eu nem sou contra esse jogo ser hostil. eu acho q uma certa hostilidade é algo q Ecco the Dolphin precisa. ele é só um carinha enfrentando seres extra-dimensionais pelo tempo e espaço, no final das contas. mas meio q a única forma de progredir nesse jogo é decorando perfeitamente o cenário e conseguir navegar por ele com a precisão de um speedrunner. o q tipo, talvez eu só n seja gamer o suficiente pra isso, mas sei q n sou a única q passa por esse perrengue. e considerando q um dos designers já foi bem honesto sobre a origem dessa dificuldade, n consigo deixar de ficar um tanto q amarga com isso.

de qualquer forma, eu amo o Ecco. eu quero dar uma chance pros outros jogo com esse carinha, e espero q o Ed Annunziata consiga um dia financiar seus planos pra um sucessor espiritual da série.

essa é a música q toca em uma das fases finais, aliás. vc precisa jogar Welcome to the Machine pra crer.

Bioshock Infinite ainda é Bioshock?

A jogabilidade é a mais fraca da série. Calma, eu sei que evoluímos nos tirinhos, e na verticalidade do gameplay, mas não acho que seja uma grande evolução, essa verticalidade não expande a exploração como em Dishonored é só um disfarce pra linearidade do jogo. A sensação de atirar com as armas é melhor, mas perdemos variedade e diferenciação, nesse quesito, Bioshock 1 e 2 ainda são melhores.

Os Vigores (basicamente os plasmids), são muito inferiores aos outros jogos da franquia. Tem muita opção, mas a grande maioria causa o mesmo efeito, atordoamento ou dano. Nos vigores perdemos também as características imersivas que tínhamos no primeiro jogo: usar elementos em reação com o ambiente, abrir caminhos com os poderes, etc.

A história é o que há de mais "Bioshock" aqui. Mas o jogo começa com um potencial absurdo (inclusive as primeiras horas são maravilhosas), a história parece andar para um caminho interessante e desanda completamente no meio do jogo, quando iguala a Vox Populi (organização revolucionária de pessoas oprimidas pela sua raça, que são LITERALMENTE ESCRAVIZADOS) aos fascistas, racistas e cristãos fundamentalistas de Columbia. Ainda em relação a história, nos outros Bioshock as escolhas geralmente importavam, em Infinite temos poucos momentos de escolha, e quando temos não fazem grande diferença.

Resumindo, é um bom jogo de ação, mas não é um bom Bioshock.

Espero que o Ken Levine não estrague tudo em Judas...

Veredito: Pois é, né, então... Pô, até que é bacaninha, vá lá.

Um clássico que finalmente tomei vergonha na cara pra jogar. E vale a pena? Atinge as expectativas? Resposta curta: não.

Resposta longa: vai lá jogar, porra. É maneirinho, meio engraçado e divertidinho. A fama só não faz jus, mesmo com a excelente dublagem (vantagens do ScummVM). É um produto de seu tempo: trocadilhos que variam do hilário ao vergonha-alheia e puzzles indo do sagaz ao puta obtuso pra cacete. Vale a jogatina? Claro que vale. Mas a sensação de 'porra, joguinho bacana mas bem superestimado' foi inevitável.

queria ser do contra e gostar mais desse joguinho, mas infelizmente os gamers tão certos dessa vez.

pelo menos Topsy-Turvy tem esse spritezinho muito precioso do Yoshi.