Um plataforma competente que sabe diversificar seus desafios com fases únicas e bem boladas, entretém o jogador e de quebra ainda tem uma apresentação charmosa, mas... precisava ser difícil assim?

Não me leve a mal, o jogo não é mal feito ou sacana/malvadão. Com o tempo, você passa de qualquer fase, eu só achei que tem muitos elementos hitkill, principalmente nas fases "de nave", e qualquer deslize nos trechos sobre trilhos resulta em morte. Acho que não era pra tanto.

Algo que eu não vejo muita gente falar sobre nos games e nesse tem com clareza é a progressão de dificuldade ao longo das fases. Os últimos mundos são claramente mais desafiadores que os primeiros, e isso também vale pros chefes... ou quase. O último, estranhamente, não é o mais difícil. Não sei o porquê, mas tirando essa ressalva, meu elogio continua firme.

Um elemento meio deslocado, na minha opinião, são os coletáveis. Não é muito clara sua função, não é tão divertido ir atrás de todos - principalmente se você é que nem eu e morre muito sem sequer buscá-los - e a recompensa não é tão interessante assim. Felizmente são opcionais, e eu não fiz questão disso.

Donkey Kong Country Returns é um plataforma 2.5D que, apesar de não muito inovador, faz bem ao entregar um desafio aos fãs do gênero. Ele pode ser meio injusto às vezes, mas nada a ponto de te fazer desistir de jogar.

Tava em dúvida se experimenta? Pois não fique mais. Vai testar isso logo, porque se eu que sou ruim consegui zerar e me diverti, muito provavelmente você também vai.

É triste ficar de fora de uma experiência marcante porque o próprio console (e suas mãos) tornam jogar Kid Icarus: Uprising algo doloroso, e eu estou falando no sentido literal.

Existem 3 aspectos a serem levados em conta aqui: a parte técnica, a gameplay e a história.

O primeiro ponto é indiscutivelmente primoroso. É doido pensar que aqueles gráficos estão no 3DS, e o custo disso é a bateria, que por aqui acaba em 2h acumuladas. As músicas também são incrivelmente épicas e condizentes com o visual.

O problema mesmo são os outros dois pontos, vamos primeiro pro que todo mundo quer saber: jogar isso no modelo original do 3DS tendo mãos grandes é uma tortura. Não existe uma posição confortável pros seus dedos e a cada final de fase um descanso se faz obrigatório pela constante dor nas articulações das mãos. Isso acaba com o ritmo da jogatina.

Finalmente, a história. O que eu tenho para falar, se eu abandonei o jogo? Muito simples. Alguém da Nintendo - talvez o próprio Sakurai? - achou que atirar, mover o boneco e ler os diálogos ao mesmo tempo seria um feito realizável por humanos. É possível que seja, uma vez que eu já vi críticas positivas quanto à história desse jogo, mas devido ao que eu acabei de dizer, eu nem consegui prestar atenção no enredo. Aí fica difícil, o negócio não se ajuda.

Não vou dizer que eu nunca mais vou retornar a esse jogo, ele vai ficar lá instalado no console, mas enquanto a experiência for mais dolorosa do que divertida, eu tô fora, deixo pra galera que consegue jogar isso sem problemas. Inclusive, jogue Kid Icarus: Uprising, vai que você é uma dessas pessoas.

Vou logo mandar o que eu gostei antes do papo complicado:

• Níveis mais curtos
• Level design continua te exigindo estratégia
• A mãe do King Knight é adorável
• Comédia bacana

Eu não sei se eu gostei muito da estruturação do mapa. Talvez devido à "fadiga" da série, eu acabei só fazendo o mínimo de fases necessárias pra zerar, deixando muita coisa de lado, seja as habilidades (eu não usei nenhuma), boss fights opcionais, até as partidas de joustus.

Fico pensando se eu aproveitaria mais o jogo se ele me forçasse a consumir (pelo menos um pouco mais) do que ele tinha a oferecer, já que se for pra depender de mim... você já sabe o que aconteceu. Parece que eu só quis terminar logo, o que não é bom, porque essa campanha em si é bem feita.

Vale a pena comentar que eu achei a história e a gameplay as mais fracas das campanhas. Deixando claro que eu pulei Plague of Shadows porque parecia similar demais a Shovel of Hope.

Aí você deve se perguntar como que a nota ainda é alta apesar das minhas ponderações kkkk Yacht Club é outro nível, cria algo inferior às suas produções anteriores mas que ainda é acima da média pra games em geral.

A lição de hoje é: não termine jogos na pressa e se deixe curtir até o opcional, a menos que ele não te apeteça, pois sua experiência se torna mais rica no final, mesmo que tenha levado mais tempo (o que nem é um ponto negativo por si só).

Dito isso, o minigame de cartas é muito chato (eu que sou horrível) e a sua mãe merecia muito mais, King Knight. Você é uma vergonha e espero que um certo homem de pá dê uma lição pra você no futuro.

Que azar desse jogo, hein? Vou nem falar que é ruim, mas depois de eu ter jogado outros do mesmo gênero, esse jogo parece a repetição de tudo o que eu já vi. Seja no combate ou level design, não tem nada de único aqui.

Se você não tem bagagem de hack and slash e curte Castlevania, talvez valha a pena dar uma chance, mas comigo não rolou. Sem nota porque não joguei o suficiente pra tal.

É legalzinho, tem umas músicas daora e tal, mas as fases são mt parecidas, você mal joga com os outros da equipe, a história é bem genérica e rasa...

Não que eu achei ruim, eu me diverti, mas se for dar uma chance, não espere muita coisa. Felizmente esse jogo é curtinho.

Muita gente jogou Pokémon na infância, e quando eu digo que nunca nem encostei em um, é fácil de se surpreender. Bom, eu finalmente corrigi isso com Black. Valeu a pena?

Assim, o loop de gameplay é bem simples e você pega logo de cara: viaja-se de cidade em cidade passando por áreas naturais, nas quais captura-se diferentes Pokémon que serão usados contra os líderes de cada cidade. No processo, um plot sobre uma organização antagonista cria cada vez mais força.

A ideia dessa premissa é muito boa, mas eu sinto que a execução foi levemente aquém pro meu gosto. Esse ciclo de capturar bichos e lutar com eles cansa mais rápido do que deveria, e os vilões não fazem nada de relevante até o final, querendo mais é te ameaçar do que qualquer coisa.

A exceção do grupinho "do mal" é o N. Eu reconheço o valor dele nessa obra e gostei do desenvolvimento dele.

Apesar da leve repetitividade que o jogo tem, que me incomoda, ele consegue divertir mais que entediar exatamente porque o sistema de tipagens dos Pokémon cria uma estratégia que é sempre presente e diferente pra cada líder de ginásio. Essa dinâmica de criar o time ideal pra cada situação é bem massa, por mais que às vezes isso demande grind, que eu também desprezo.

Também confesso que, se eu fosse dev do jogo, eu diminuiria o poder dos ataques super-efetivos e aumentaria o dos pouco efetivos. De leve, pra não quebrar a proposta, mas o suficiente pra deixar as coisas mais justas.

Minha maior crítica seria, sem dúvidas, quanto à quase que obrigação de upar 1 Pokémon por vez. Tem situações em que vai ser preciso aumentar 20 níveis pra tornar alguém usável, e esse processo demora. Agora imagina quando tem que fazer isso com mais de 1 Pokémon? Vish... (Tem um item que ajuda, mas nem tanto assim).

Eu sinto que, se eu tivesse jogado isso na infância, como a maioria, nada dessas coisas que hoje eu considero defeitos me incomodariam. Claro, a jornada valeu a pena. Eu me apeguei aos meus bichinhos e o final foi empolgante.

No geral, Pokémon Black é daorinha, recomendado e tal, eu só sinto que joguei na época errada. Não pela história, mas pela estrutura do game que não achei tão interessante.

Eu fico feliz de ter pago só R$3,80 nisso, porque vou te falar, eu esperava mais. Muitos diziam ser "a melhor expansão de história da franquia", mas eu acho que AC Syndicate ainda leva o pódio com a DLC do Jack.

Comecemos dizendo que, sim, a proposta dessa mini campanha é bacana, mas foi tão mal conduzida... Digo isso não só porque as atividades secundárias são todas A MESMA COISA como também porque a história parece que não tem um rumo definido.

Falando na história, ela começa ok, fica nuns nadas por um tempo e depois decide acabar "do nada". Pareceu sem propósito, sabe? Introduziram uma ideia mas não souberam desenvolver bem, apesar de ter um ou dois momentos de destaque.

Como essa é uma DLC do Black Flag, decidiram que vários elementos do jogo base estariam aqui, como tudo que envolve o mar. E aí entram o mapa com muita água, upgrade do navio, saques de navios inimigos, sistema de procurado, caça de animais e mergulho. Posso dizer com tranquilidade que nada disso era necessário, mas eu acho que combina, né? Conteúdo superficial pra uma história superficial.

Cara, essa DLC é tão curta que tiveram que adicionar um "level gatekeeping" todo artificial, voltado a liberar escravos.

Felizmente, muitas coisas foram reaproveitadas do jogo base, como o combate naval/terrestre e o stealth, que continuam refinados, mas são muito mais do mesmo pra quem jogou dezenas de horas com o Edward, apesar da presença da escopeta, das bombinhas e daquele cutelo, que foram boas adições.

Apesar de ainda ter o DNA de Assassin's Creed forte aqui, Freedom Cry foi muito ousado em pensar que conseguiria fazer uma história bem desenvolvida e engajante em seus conteúdos secundários. Ela diverte, aprofunda mais o Adéwalé e serve pra quem quer um gostinho a mais da fantasia pirata, mas a experiência foi tão superficial e repetitiva que fica muito difícil recomendar, a não ser que você seja extremamente fã de AC, como eu, e queira muito vivenciar isso por conta própria.

Rhythm Heaven Megamix é um ótimo jogo de esperar na fila do supermercado, e leia isso como "pra sua proposta, ele manda muito bem, apesar de ser um mero passatempo".

A premissa é simples: você tem uma historinha básica, porém engraçadinha, e pra avançar você passa por diversos minigames rítmicos. Caso queira, você também pode conversar com um NPC ou alimentar um bicho.

Falando bem a verdade, eu foquei nos minigames principais, achei o resto meio descartável. Até que deu bom, eu me diverti bastante. A progressão das fases é notória e te faz pensar que você tá melhorando seu senso de ritmo.

As fases Remix são o ponto alto do jogo, combinando diferentes desafios que você já passou em um só e te forçando a lembrar de todos pra tirar uma nota boa. Pode-se dizer que são a prova do bimestre que servem pra ver se você aprendeu o conteúdo. Normalmente são o ponto alto no quesito OST também.

Não é como se eu tivesse algo a reclamar do jogo no sentido de ter algo que eu não gostei e que sua remoção seria benéfica. Sim, não entendi muito bem o propósito daquela Cafeteria, mas ela tá mais pro "Não fede nem cheira".

Dados os motivos, eu dou um 9. Ele não faz feio em nada, mas um 10 pode confundir alguns e pensar que ele tá no mesmo nível dos meus jogos favoritos, sendo que não, eu só analisei o RH Megamix de forma mais objetiva.

Dito isso, pó jogar. Ele é divertido e mantém tua atenção facinho. Vai até te emocionar e quebrar tua expectativa no final. Vale a pena a experiência.

É impressionante como a qualidade dessa campanha praticamente se equipara a história original. Fiquei de cara.

A ideia aqui é contar a origem do Specter Knight, e como isso inicia o plot de Shovel of Hope. E vou te falar, ficou muito interessante. Tudo é bem amarradinho, cada personagem tem sua importância e você consegue ver o lado do protagonista na história.

Por motivos de enredo, as fases são """as mesmas""", mas com twists para acomodar melhor as mecânicas do protagonista. Isso somado às habilidades maneiríssimas do Specter deixaram a experiência tanto original quanto familiar. As próprias boss fights são outra parada com o kit desse boneco.

Existem dois pontos que talvez sejam negativos pra alguns, que são a duração curta da campanha e a dificuldade levemente reduzida. Pra mim, esses foram aspectos que, na verdade, eu gostei. O tempo foi o necessário pra contar o que precisava ser contado e a dificuldade se encaixou melhor no meu nível.

Como nada é perfeito, vou dizer que eu achei uma certa fase e um certo chefe que foram notoriamente mais difíceis que o resto, até estranhei.

Resumindo: gostou da Shovel of Hope? Pode vir pra Specter of Torment de boa que tu vai gostar tanto quanto (eu até achei o enredo dessa mais daora). Só não se deixa levar pela duração, por favor.

Historinha bem bolada, enigmas divertidos, essa franquia é bacana, hein?

Eu confesso que lá pro último terço do jogo os enigmas subiram de dificuldade de modo que eu batia tanta cabeça pra resolver que cansava, sendo a história o que me mantinha jogando.

Claro, a culpa é toda minha eu ter empacado tantas vezes a ponto de olhar as respostas na Internet, mas não é porque eu sou ruim que eu vou culpar o jogo em si, que na verdade tem é muito valor.

Digo isso porque a premissa desse primeiro Layton é bem direta e reta, e a execução é redondinha. As coisas ficam mais grandiosas ao passar do tempo e o final é daora.

Se for pra dar pitaco, tem uns enigmas que são meio mal formulados, seja porque são difíceis de entender o comando, ou porque a resposta é aberta a interpretações.

Particularmente, eu acho difícil dar uma nota pra um jogo assim porque apesar de ser um jogo competente em tudo, não fiquei super engajada com o conteúdo. No momento da publicação da review, não tem nota alguma. Se quando você vir, tiver, então eu consegui me decidir.

Que experiência mais agradável, funcionou muito bem comigo que não tenho tanta experiência em RPG de turno. Esse aqui é simpleszinho e completamente funcional.

Como todo jogo do Mario, a história desse não é complexa, mas também não é desinteressante. É como um filme pra crianças que até adultos conseguem se divertir.

O ponto diferencial desse jogo tá no fato de tudo no combate ser separado por botões a depender de quem vai atacar/defender. É um conceito fácil de se embananar no começo, mas como a curva de dificuldade é bem amigável, você aprende tudo antes que a barra fique pesada lá pra frente.

Quem gosta de variedade de golpes também não vai se decepcionar. Apesar de só termos 2 membros na party o jogo inteiro, a progressão dos golpes faz com que toda hora você desbloqueie ataques novos, seja por avançar na história ou por usar várias vezes os que você já tem. A parte de aprender os timings de cada ataque em conjunto é sempre divertida também.

Eu não poderia deixar de mencionar o botão "correr" nos combates, que foi muito necessário no último 1/4 da campanha. Às vezes eu não tinha saco pra passar por 3 ou 4 lutas numa sala só de inimigo chato e só queria avançar. Às vezes eu só tava com vida baixa. Nos dois cenários, o botão se fez muito útil.

As partes mais divertidas são as lutas contra chefes, que sempre têm alguma mecânica diferente. Como o jogo não é tão difícil, é sempre um momento prazeroso... pera, o quê? O último chefe? Ah é... aquilo...

Por algum motivo, a batalha final é excessivamente mais difícil e demorada do que as outras. É chata num nível que me fez descer a nota, junto de uma ou outra área no game que parecia meio filler. Era dois problemas pra consertar e eu dava nota 10 sem problemas.

Quem tá precisando de uma aventura tranquila e prazerosa vai encontrar isso no remake de Superstar Saga, que não é excepcional mas tá loooonge de fazer feio. Infelizmente, o jogo dá uns deslizes que ficam mais frequentes lá pro final, mas não é nada que dure tanto tempo. Qualquer coisa, só ativar o Easy Mode (que eu certamente não usei na última boss fight...)

Pegue uma gamer casual, coloque-a para jogar algo um pouco mais difícil e veja ela sofr--- tentar inúmeras vezes até aprender (e se encantar com o jogo no caminho). Essa é a síntese da minha experiência com a campanha original de Shovel Knight.

Pode não parecer grande coisa pra uma galera, mas eu tive muita dificuldade nesse jogo, e me fazer persistir até passar de cada fase foi um baita teste pra mim, mas o motivo principal pra eu não desistir é porque esse jogo é absurdo de bom.

Comecemos pelas fases. Cada cenário consegue ser bem diferente um do outro, seja em visual ou nas novas mecânicas apresentadas. Isso é ótimo por trazer um dinamismo à gameplay, sempre te trazendo um desafio diferente.

Eu gosto como o sistema de upgrade tem uma certa simplicidade e ao mesmo tempo um charme. Cada NPC tem sua função, seja aumentar a vida, mana, dar buffs de arma ou outras armaduras. A parte mais legal são essas últimas, que basicamente se adequam ao nível de habilidade do jogador, semelhante aos checkpoints quebráveis que dão dinheiro se assim feito.

Um aspecto que não caiu no meu gosto, no entanto, foi a perda de dinheiro. Como eu já acho as fases difíceis por si só, não achei necessária essa punição a cada morte, pois adiciona um senso de desespero que só aumenta a chance de fazer besteira e morrer cada vez mais.

Não posso deixar de esquecer das habilidades, que foram essenciais pra mim, com destaque pra aquela de invulnerabilidade. Elas foram elementos que surgiram pra tentar fazer com que o combate não se restringisse ao ataque de pá, e te falar que seu propósito foi mais que cumprido, elas são ótimas.

Apesar de Shovel Knight não ser complexo em nada, eu gosto como ele faz tudo o que se propõe de forma muito competente, apesar de um ou outro detalhe que particularmente me incomodou.

O objetivo de me fazer aprender cada "armadilha" de cada fase e, principalmente, o padrão de cada chefe pra lá pro final acontecer aquilo me deixou muito orgulhosa de mim mesma, como se o jogo estivesse me dizendo: "Tá vendo como você melhorou ao longo da jornada? Olha só o que você foi capaz de fazer agora". Sinceramente, isso foi mais importante que qualquer outra coisa, até mesmo a boss fight final.

Baita jogo, baita experiência, baita aprendizado.

É jogando esse jogo que a gente entende de onde veio toda aquela base boa de Planet Robobot, que apesar de ser melhor, não fica tão à frente de Triple Deluxe.

Nessa iteração da franquia, você também vai encontrar uma direção de arte ótima, level design inteligente, poderes divertidos, boss fights com o nível certo de dificuldade e um clímax que se destaca como tem que ser.

A nota ser consideravelmente menor em relação ao tal joguinho com robô é, acima de tudo, pela história ser ainda mais deixada de lado, pelo final não tão caprichado quanto o do jogo seguinte, um nível de identidade mais fraco e a ausência dos robôs (é sério, eles fazem muita falta!).

Sem dúvidas, eu recomendaria jogar esse primeiro e depois o Planet Robobot, pois assim você acompanha a evolução e tem duas experiências que não são afetadas por comparação. Infelizmente não foi o meu caso, mas mesmo assim o meu tempo com Triple Deluxe foi bastante divertido.

Com certeza, a magia dos jogos Lego diminui quando se joga depois de adulto e sem um segundo jogador, mas se for analisar tecnicamente, até que esse jogo manda muito bem, considerando sua proposta.

A história em si é bem basicona. Tem um plot bem definido e um fim conclusivo, só o meio que é meio salada de eventos e personagens. Apesar disso, não deve ser algo que incomode o verdadeiro público-alvo, que são as crianças.

Agora, um ponto forte que eu sempre admirei nessa franquia e que continua firme é a capacidade de criar personagens com poderes diferentes e fazer com que todos eles sejam únicos no level design. Misture isso com o co-op e tenha fases muito bem boladas.

Minha surpresa, no entanto, é o massivo foco no conteúdo secundário/pós game presente aqui. É corrida no céu, é corrida na terra, puzzles, percursos acrobáticos, desafios de tempo, fases bônus... isso sem falar na rejogabilidade dos níveis principais. É muito conteúdo pra uma criança aproveitar, admiro o esforço de verdade.

Analisar um jogo infantil sendo maior de idade e tendo uma "bagagem gamer" pode facilmente ser injusto, pois não se compara Bob Esponja com Game of Thrones. Tendo em vista isso, eu digo com tranquilidade que Lego Marvel Super Heroes faz seu trabalho de forma muito competente, sendo um baita "primeiro mundo aberto" com rostos conhecidos pra seu irmão mais novo experimentar.

Judgement tem muita sorte de ter o combate delicioso da série, porque se não fosse por isso, deixaria ainda mais a desejar. Não é incomum uma empresa delegar um jogo a uma equipe menor sua e o resultado ser abaixo do padrão, mas poxa, é sempre chato quando isso acontece.

Como dito antes, a gameplay ainda se sustenta, porém com novas armas bacanas, veio o downgrade de só poder carregar 2. Apesar do sistema de horda bem daora integrado na campanha, o próprio sistema é um downgrade do modo em si já visto em jogos anteriores.

Claro, seria injusto dizer que esse aqui faz feio e é um jogo ruim. Ele é belíssimo e continua mega divertido, mas tomou uns passos pra trás que fica difícil defender, como a campanha mega curta e só ter 1 chefe (GoW1 era assim também, mas aumentaram a quantidade no 2).

A história também é outro ponto que podia ser melhor. Introduziram dois novos protagonistas, mas não gostei muito de nenhum deles. E nem do "chefe" deles, e nem do vilão final... é, esse elenco não é dos melhores.

Esse jogo aqui é um exemplo ótimo do que chamam de "sentimentos mistos", já que embora cumpra o papel básico de um jogo que é prover diversão, ele peca em relação ao que já foi apresentado antes, e olha que eu nem joguei o 3 ainda, a comparação tá sendo feita só com o 1 e o 2.

Fico feliz de ter jogado esse jogo num momento sem muitas opções alternativas, porque dificilmente eu daria uma chance em outro momento. Pelo menos agora eu tenho propriedade pra comentar, né?

Em resumo, Gears of War Judgement é bacana, porém um downgrade em relação ao 2 (e provavelmente ao 3 também). Pode até não ser ruim ou mal feito, mas o mínimo que se esperava era que a qualidade não fosse cair. Ao menos não caiu tanto.