Infelizmente não tem como dar 6 estrelas.

Faz jus a toda a fama. Elaborarei mais posteriormente.

Por vezes alguns jogos aquecem o nosso coração. Por vezes videogames buscam nos envolver em seus pequenos mundos e nos convidam a nos sentirmos integrados aos seus conceitos e ideias. Por vezes, videogames quase nos abraçam, proporcionando um sentimento de carinho para com o jogador. Fire Emblem Awakening é um destes jogos.

Talvez não haja expressão melhor para definir a experiência ao jogá-lo do que envolvente. Simples e honesto, Fire Emblem Awakening não quer nos enganar em sua proposta, mas espera que seus jogadores se apeguem aquele mundo e se sinta parte junto de Chrom e seus Shepherds, e bom, isso acontece com muita naturalidade.

Grima, The Fell Dragon acordou e temos que pará-lo.

Sua história central é simples, apesar do bom desenvolvimento narrativo da política e ambientação dos reinos que compõem Para este mundo. Porém, para além de sua história, o jogo quer integrar o jogador aquele grupo comforme os capítulos se desdobram. Com um otimo desenvolvimento, seus personagens esbajam carisma e personalidade fazendo o jogador se afeiçoar a cada um, e propiciando que moldemos sua história da maneira que entendemos melhor, criando o seu grupo e investindo naqueles personagens que mais gostamos. Identificação é um item chave de seu gameplay. Contrariando sua estrutura de gameplay tático, que poderia nos distanciar, o apelo emocional de FE Awakening, associado a seus carismáticos personagens, é o que conecta o jogador e nos faz querer não sair mais de Ylisse.

Um jogo esteticamente convidativo, a arte de Yusuke Kozaki (mangaka e designer de personagens de Pokemon GO) é um grande diferencial. Seu estilo é limpo e agradável, porém extremamente diferenciado dando grande identidade a cada um dos quase 50 personagens passíveis de serem recrutados.

A dedicação no desenvolvimento do jogo é notório. Com alma e coração, Fire Emblem Awakening não apenas nos convida a sermos parte de sua história, mas nos brinda com uma posição de conforto e heroísmo clássico.

Um grande jogo que merece ser celebrado.

Resident Evil 4 (2005) foi um ponto de virada na franquia e na minha vida pessoal. Enquanto a trilogia original, bem como RE Code Veronica, RE Rebirth e Resident Evil 0, tornavam Resident Evil a minha franquia favorita até aquele momento, com a chegada de Resident Evil 4 tudo mudou.

Nunca tive apreço pelo jogo, por mais que tentasse, RE4 simplesmente não me permitia conectar. Enquanto isso, o sucesso e o barulho que o jogo causava ecoavam na mídia e no público. Por fim só aceitei que jamais iria gostar do jogo.

Até botar as mãos no remake...

Lançado em março de 2023, posso dizer que estava realmente cético com esse relançamento. Apesar de não ter apego ao original, um remake de Resident Evil 4 me parecia apenas desnecessário. Porém estava completamente enganado. Este remake se tornou facilmente um dos meus jogos favoritos da 9° geração, como me permitiu entender o amor das pessoas pelo original.

Resident Evil 4 Remake, não só é uma ótima releitura do jogo original, como uma entrada na franquia Resident Evil e agora uma sequência excelente a Resident Evil 2. O tom levemente mais sério, mas que não abre mão de suas piadas, bem como a atmosfera assustadora e o combate extremamente fluido, tornam RE4 Remake uma experiência única. A voz dos personagens é mais interessante, Leon, Ashley e Luis compõem um grupo de personagens carismáticos e que nos fazem torcer por suas narrativas pessoais. Os vilões são todos emblemáticos e cada luta é épica, tanto em proporção quanto estilo. Todo universo de RE4 é ao mesmo tempo assustador e estranhamente reconfortante, uma vez que não queremos abrir mão daquele mundo.

Eu não poderia estar mais satisfeito com esse jogo que entrou de vez na minha vida, cobrindo anos de ausência e podendo mais uma vez ocupar o lugar de franquia favorita.