Até o momento esse jogo possui uma otimização e performance HORRENDAS no PS5, que tende a piorar o quanto mais você joga, vi em alguns fóruns que não pretendem atualizar o jogo e arrumar esse problema e é por isso que a minha nota final caiu tanto.

Mas tirando isso da frente, eu amei a sensação de "procurar quem você é, e voltar quando encontrar" que o jogo te passa, a exploração, quando você não se força por algum objetivo claro em mente é muito satisfatória, tem um estilo de arte que encanta muito e as conversas com os NPC's são até divertidas, mesmo sendo apenas texto, você consegue perceber que Sable é muito carismática.

Uma pena que os problemas de performance ofuscaram tanto minha diversão.

Eu enrolei, enrolei e enrolei por mais de 10 anos e quando a nova sequência lançou eu finalmente criei coragem de encostar no jogo, e se arrependimento matasse, que situação.

Eu sei que a edição Dark Arisen melhora muito o quesito mobilidade que era sofrível no jogo base, e com certeza isso me ajudou a me prender mais na experiência.

A primeira run é um vislumbre, é tudo novo e você está conhecendo as mecânicas do jogo, passando um aperto pra enfrentar alguns inimigos, descobrindo áreas, andando MUITO já que no começo você não tem acesso a muitos mecanismos de Fast Travel e essa primeira run, é única e só acontece uma vez, depois que você pega o tranco, suas próximas runs são decorebas que você faz até de olhos fechados.

Lembra muito os Resident Evil, onde sua primeira jogada é pra conhecer tudo e as subsequentes são como andar dentro da sua casa no escuro, você sabe onde tudo está e aonde ir.

A história eu confesso que só engrenou e me cativou mesmo ali pelo ato final e no epílogo, onde tudo começa a ser revelado pra você e se você está indo atrás da platina e faz os outros finais alternativos eles te dão muito contexto sobre o universo do jogo que me deixaram muito cativado, de resto, tem uma secundária ou outra que são muito divertidas enquanto do outro lado temos algumas que preferia fazer o pior resultado possível só pra poder terminá-la mais rápido.

Gráficos é o que se espera da época mas confesso que senti um charme muito agradável na modelização dos personagens, principalmente na customização, é cada bicho bonito que eu encontro pra recrutar que algum dia a comunidade criou que é impressionante.

Trilha sonora eu tenho poucos comentários, são ótimas, memoráveis e as pequenas orquestrinhas que temos são bem prazerosas de ouvir.

Posso reclamar de como a IA de alguns Pawns é tenebrosa ou como você realmente tem que sair da curva natural (jogar tranquilamente) pra atingir o nível máximo do jogo; minha primeira run no normal + DLC até o Daimon eu estava nível 101, depois minha segunda run no Hardmode (fazendo tudo novamente, todas as missões fixas e uma gigante parte dos contratos + DLC matando as duas formas do Daimon eu finalizei tudo no nível ~150.

Não tinha mais "conteúdo" pra mim então eu tive que sair um pouco da curva e farmar XP de outras maneiras, isso quebra um pouco o ritmo pra mim, mas talvez não incomode tanto outros. E farmar equipamento nessa DLC (que inclusive são os melhores do jogo) é uma completa DESGRAÇA, mas tô nem aí, já desfrutei de chutando alto uns 95% do que o jogo tem a me oferecer e pra mim já está de muito bom grado.

Recomendo pra quem quiser entender como é esse universo antes de se jogar no novo título já que o preço está lá nas alturas e a otimização ainda não é das melhores, pra mim foi um achado incrível que até agora é o que eu mais joguei no ano.

Ps: Gostaria de deixar aqui em evidência a minha BURRICE que me fez rejogar o Modo Speedrun (quem sabe, sabe) QUATRO VEZES pois o poço de inteligência aqui, morreu duas vezes seguidas caindo da torre final contra o Grigori e depois mais uma vez enquanto voava nas costas dele, pensa um cara que deu chilique por ser BURRO.

Acho que o que pode se considerar é que no fim das contas Dragon's Dogma 1 é uma Obra de Arte com defeitos notáveis mas que são sempre ofuscados pela diversão contida em suas qualidades.

A maior prova que jogos de Live Service podem sim funcionar mas que exigem um estúdio com experiência e uma disposição ímpar pra escutar sua comunidade e manter o jogo vivo.

Mesmo lançando com diversos problemas conseguiu ser um fenômeno já que se divertir é inevitável aqui, principalmente se possui amigos pra te acompanhar.

Bugs são frequentes mas não tornam a experiência desagradável já que estão em constante atualização e um problema não costuma ficar por muito tempo aqui.

Um soco no estômago dos Live Services "concorrentes" que já lançaram com um sentimento de abandono.

Por mais que eu seja uma pessoa que preze muuuito mais por jogos de campanha, single players, esse aqui fica no meu videogame pra sempre que eu sentir uma vontade de me descontrair, jogar com os amigos e principalmente dar umas risadas muito sinceras com as pataquadas que acontecem.

Jogaço.

Divertido e nostálgico, mas pelo menos pra mim, não senti um incentivo pra continuar jogando após completar o World Tour, a maioria das corridas é a mesma coisa, torcer pra IA não te sabotar muito e usar todos os nitros na última volta.

Fiquei um pouco decepcionado com o "Desafio Final" esperava uma corrida bem grande (coisa que eu tenho um pouco a reclamar, as pistas por sua grande maioria são pequenas) mas no fim das contas era só mais uma corrida padrão só que em um ambiente diferenciado.

Ainda assim é um ótimo jogo pra jogar descontraído e a sensação de velocidade do jogo é muito satisfatória.