MMPR de Gameboy é uma ofensa ao jogador.

Quando se pega um jogo para jogar, no mínimo a pessoa assiste algo para saber em que terra pisa…mas nem sempre é assim e a pessoa apenas quer pegar algo aleatório para jogar sendo conhecido ou não, e bem…não valeu a curiosidade.
Tudo sobre o Jogo de uma vez

Como na maioria dos casos em jogos baseados em séries ou filmes, esse jogo foi criado com o intuito de embarcar na onda do seriado que foi lançado em 1993 (o jogo em questão em 1994) e o resultado não foge muito da fama de jogo ruim.

Sua estória é inexistente, o personagem apenas anda para frente e para trás dando socos ou chutes aéreos ao pular, o jogo não é nem um pouco agradável de se ver e isso é devido ao seu péssimo designe de fases que além de genéricos, são feios e parece que você nem saiu do local estando em uma esteira até o final da fase. Um problema ridículo é que seus inimigos não te atacam de verdade, eles aparecem se jogando em você e dando dano ou atacando a distância tendo que desviar desses ataques e no final de cada fase você tem uma boss battle ridícula com uma hitbox igualmente ridícula que nem possui algum tipo de desafio sendo extremamente fáceis ou difíceis devido a spam de ataques.

Um fator que poderia passar despercebido seriam os sprites grandes que não seriam um problema se o jogo não botasse algumas fases como plataforma e onde isso é um problema? Simples, sprites grandes com plataformas pequenas e ESPINHOS igualmente pequenos tendo que fazer o jogador pular no pixel correto e acertar num ângulo exato para não levar dano e acredite, seu personagem é tão fraco quanto uma formiga sendo pisada.

O som do jogo? Esquece, seus tímpanos precisam de algo melhor, jogos do atari 2600 tem mais qualidade que isso.

Conclusão

Não perca seu tempo jogando isso, MMPR: The Movie também do Game Boy vale muito mais da sua atenção possuindo uma qualidade infinitamente melhor. Esse jogo não é nada além de algo ofensivo ao jogador sendo quebrado, punitivo de maneira não saudável e injusto além dos motivos já citados.

The Pedestrian - Um Puzzle platformer para todo tipo de jogador.
De tantos jogos e gêneros dentro do Game Pass, um dos menos jogados são os de Puzzle e até por isso são poucos dentro de seu catálogo, porém um em específico chegou a atrair minha atenção mesmo sendo alguém que raramente joga algo deste gênero e esse algo foi The Pedestrian, um side-scroller de plataforma e puzzles bem diferente do que já experimentei.
Nessa aventura assumimos um personagem palito parecido com os de uma placa de banheiro e trânsito que tem como objetivo montar uma espécie de gameboy modificado e para isso iremos passar por várias fases onde cada uma acrescentará uma mecânica nova indo da mais simples até a mais complexa (não nessa ordem) e com isso somos apresentados a um mundo 3D bastante vivo mesmo que joguemos pela perspectiva 2D em quase todo o jogo tendo um único momento de exceção para jogarmos em 3D em primeira pessoa.

O jogo abstêm de uma narrativa mastigada sendo necessário jogar e entender o objetivo do protagonista ao decorrer desta aventura, é algo que funciona muito bem. Sua ost é fenomenal, feita por Logan Hayes para o título a mesma é composta com uma pitada clássica, jazz e até experimental que possuem uma harmonia esplêndida com os cenários superando muitos AAA.
O level design é muito bom pois cria uma ambientação viva como já citado anteriormente e isso torna o jogo mais bonito aos olhos do jogador. A câmera age muitas vezes como o olho de alguém que observa os caminhos que o stick vai passando dando um ar de algum outro personagem que apenas observa mas que no final se torna jogável no final e isso muda um pouco sua experiência. O jogo não é perfeito apesar de possuir mais pontos positivos do que negativos, o final é desnecessariamente arrastado com muita linguiça apenas para ter mais tempo no jogo e isso acaba por frustrar o jogador que terá que passar mais tempo do que o necessário na fase.
Como um todo, The Pedestrian é um ótimo jogo tanto para o cara que nunca jogou algo focado em puzzle quanto para os que já tem experiência, vale também dar uma chance para por algumas de suas músicas na sua playlist.

Prós:
- Jogabilidade.
- Fácil acesso para iniciantes.
- Level Design
- Trilha Sonora.

Contras:
- Final arrastado.

Nexomon: Pouco mais que um clone.
Definitivamente uma das franquias mais consagradas no mundo dos games é o Pokémon, e com sua popularidade era certo que no futuro teríamos várias tentativas de replicar ou inovar com este formato e… bem, foi isso que aconteceu. Indo de exemplos grandiosos que foram capazes de construir sua marca sendo memoráveis e lembrados até hoje (Digimon, Yo-Kai Watch e Medabots) enquanto outros foram esquecidos pelo tempo, por mais que tenhamos todo tipo de exemplo envolvendo esses jogos e seja cada vez mais difícil implicar, um jogo surgiu nesse meio e conseguiu seu espaço se iniciando no mercado mobile sendo este, Nexomon.

Introdução ao Jogo
O título em questão é um RPG de captura de monstros com combate por turnos que foi desenvolvido pela VEWO Interactive, Nexomon foi lançado para o Android e iOS em 2017 até ser portado em 2020 para os console de mesa.
Estrutura completa.
Nexomon é um jogo que utiliza praticamente em todo seu esqueleto as mecânicas originadas por sua inspiração, Pokémon, porém o mesmo carrega consigo uma alma original e que não tem medo de se mostrar. Utilizando de uma jogabilidade praticamente idêntica a de sua inspiração, o título em questão não segue em nada uma narrativa parecida com a franquia da Big N, em Nexomon nosso protagonista é um jovem que embarca na jornada de salvar o mundo pelo mero acaso sem ser um escolhido propriamente dito, e com isso deve passar por grandes batalhas e mestres até se tornar forte o suficiente para concluir sua jornada. Nexomon trabalha bastante no trabalho em equipe e não no cenário do protagonista super forte, o mesmo ainda carrega uma estória que tem mais do que aparece seja pelo seu humor, personagens carismáticos ou até pela pequena profundidade que a mesma tem caso o jogador se aventure e converse com os npc sendo este seu maior diferencial, as conversas abrangem mais na construção de mundo e melhoram consideravelmente os plot twist apresentados, até mesmo servindo para criar teorias na cabeça do jogador.
O título tem cerca de 381 nexomons destes sendo 16 lendários, os Nexomon em si são bastantes variáveis e diferentes mas não de uma maneira muito boa…enquanto alguns esbanjam criatividade na sua construção, outros são preguiçosos ou bastante feios tornando a famosa frase de Baltasar Gracián como uma prova infalível. Outra questão que entra aqui são as habilidades, por não existir uma versão de HM's e muito menos a perca de uma habilidade pela outra, o game trabalha com uma tabela de poderes bloqueados e com o passar dos níveis você vai as liberando o que poderia ser um diferencial bom se a quantidade de Nexomons fosse menor pois isto acaba por ter vários monstrinhos com as mesmas habilidades o que até seria compreensível em partes caso o objetivo fosse uma equidade entre os seres para que você apenas os utilizasse pelo design e talvez por seus elementos, mas não é o que acontece.
Sobre seus cenários e harmonia com a trilha sonora pode-se dizer que são bem simples porém podendo ser relevado por se tratar de um jogo originalmente mobile feito por um pequeno grupo de desenvolvedores, alguns até se destacam dos outros mas que em sua maioria estão na média para o padrão do jogo o que não pode ser dito pela música que parece estar o jogo inteiro na mesmice sem ter algum destaque sobre alguma faixa em questão. Outro fator é a falta de criatividade nas boss fight seja pelo cenário da batalha e pela música que são sempre as mesmas, existe um capricho bem maior no cenário das batalhas livres do que nas importantes o que é bastante estranho.
Em questão de design dos personagens e tudo mais, os principais são aqueles que certamente tem o melhor traço e mais caprichado sendo possível observar o carinho dado aos mesmos enquanto os secundários são bem simples e alguns sendo apenas recolor o que não ser tão incomodo já que quase não existe batalha obrigatória contra os treinadores aleatórios.
Pós Game
Sendo uma expansão para o original e servindo até como uma espécie de epílogo/prólogo para sua sequência, após terminar o jogo embarcamos em uma jornada que trás novos cenários e uma nova mecânica sendo esta a Rebirth que consiste em fazer seu Nexomon voltar ao nível cinco porém recebendo status melhores conforme fosse evoluindo, por ser um grande spoiler é apenas necessário isso de conhecimento sobre o assunto.
O jogo ainda possui um endgame que pode ser divertido para alguns onde você fica liberado para capturar todos os lendários usando uma espécie de radar do dragão e com batalhas especiais para capturar uma espécie que apenas aparece na expansão.
Conclusão
Nexomon não inova em praticamente nada na fórmula existente mas cria sua própria identidade ao se importar com seu mundo e narrativa construída com carinho pelos desenvolvedores.

Um jogo incrível e com uma produção ainda mais poderosa, todo desenvolvimento narrativo e da gameplay se torna um deleite aos fãs da franquia. Porém, este é seu problema, sua narrativa só é compreendida se você já conhece a saga pois o jogo não perde tempo em te explicar isso e considera você como alguém já aventurado nesse universo.

Não é difícil imaginar que você já tenha pensando várias vezes em alguma das escolhas que fez no caminhar de sua vida, é certo que dessas escolhas existe inúmeros pensamentos passando à sua cabeça de que aquela possa ter sido a escolha errada a ser tomada e um arrependimento surge ao se recordar deste momento, mas como todos sabemos: voltar no tempo é impossível e, por mais que quando olhamos para o espaço vemos o passado, isso não vale de nada para nossa vida.

Todos os dias fazemos uma escolha que podemos considerar insignificante mas que no futuro podem voltar como um peso nas nossas costas, pode parecer até um exagero de certo modo porém basta pensar que você vai se recordar de algo assim; um momento aonde você deixa a torneira um pouco aberta e não acha nada demais para quando voltar, encontrar tudo alagado. É nesse tipo de ideia e pensamento que As Dusk Falls quer fazer o jogador refletir em uma trama madura e profunda, cada momento é único onde não vai ser só uma fala que vai resultar em uma morte mas sim o comportamento e ações que tomou no meio da sua jornada.

As Dusk Falls é um daqueles jogos que facilmente passariam despercebidos pelo grande público caso não fossem publicados por uma marca conhecida, um jogo de design diferente para os que se vê nos grandes lançamentos e até mesmo para seus “parentes” de gênero, utilizando de FMVs (Full Motion Video) que são posteriormente transformados em quadros, o título trabalha com uma narrativa adulta onde não existe um herói ou vilão; mas sim pessoas com problemas. Com uma estória profunda e personagens humanos, o título não te dá a mão e deixa que você decida por si mesmo o caminho a ser tomado com apenas um porém: assim como na nossa vida, nada vai sair conforme o planejado.

Com uma trama que trabalha diversas temáticas de maneira madura, seu principal foco é em três desses temas apresentados sendo estes a família, nossas escolhas e a falta das mesmas. Desde seu início a obra quer ter passar uma mensagem forte de como um simples erro pode se transformar em uma bola de neve que cresce a cada segundo e como desviar dessa bola é bem mais difícil do que parar a mesma pois a cada esquiva uma nova bola desce em sua direção. Diferente de como alguns jogos tentam focar na perspectiva de apenas um ou três personagens, em As Dusk Falls mais da metade do elenco é “jogável” e explorado na narrativa de forma o suficiente fazendo com que você não pense que aquele personagem em questão foi mal desenvolvido.

O desenvolvimento é um ponto muito bem explorado na trama, indo desde a forma que foram escritos e apresentados quanto na sua atuação que trás ainda mais intensidade para os mesmos que, por mais que sejam quadros, existe um dinamismo para que não se torne tudo um simples power point o que é bem aproveitado com a junção de cenários completamente 3D transformando tudo em algo mais vivo com as animações de fundo o que é ainda melhor quando une tudo à trilha sonora que sempre gera um misto de emoções e compõem bem sua função em aumentar a dramaticidade dos eventos.

A gameplay de As Dusk Falls é bastante simples: a estória anda e você escolhe opções de diálogos ou ações. O ponto com maior diferenciação de outros títulos do mesmo segmento é o fator das rotas que funcionam de forma parecida como as de uma visual novel. O jogo tem sim um início, meio e fim mas como esse meio será só dependerá de suas escolhas e decisões podendo até mesmo ter o “fim” de arcos antes do tempo “correto”. A todo momento a obra vai te jogar questionamentos difíceis não só nos momentos tensos, uma conversa até mesmo simples por exemplo pode causar uma irritação, tristeza ou alegria o que torna cada resposta única podendo levar para rotas diferentes de um mesmo cenário e isso se deve por uma árvore de eventos criada para o título onde uma única decisão pode levar até quatro a seis finais e no meio disso alguma decisão pode ser diretamente ou indiretamente influenciável para algum evento futuro e nisso entra outro ponto que é os quick-time events que fazem um papel parecido com as escolhas, se você errar algum deles pode acabar criando um novo final e eventos que só ocorrem com o erro das mesmas o que acaba tornando o fator replay bastante atrativo para os que querem ver todas as rotas e eventos possíveis.

Quando se pensa em todos os aspectos unidos, fica visível o quão apaixonado os envolvidos eram no projeto e como tudo a sua volta foi bem executado, de problemas o jogo não me apresentou nenhum mas como não joguei ele de forma multiplayer não saberia responder se funciona bem nesse aspecto. No fim, As Dusk Falls é um jogo que trás uma mensagem forte sobre como as decisões podem moldar nosso futuro e que uma vida pode ser completamente desviada de seus próprios desejos e objetivos por algo que ela não possui nenhum tipo de controle tendo de lidar com isso pelo resto da mesma e como apenas um perdão ou reconhecimento de seus erros pode limpar uma mente que a muito tempo se via perdida em arrependimentos.

O que posso comentar sobre Rise Eterna? Além de ser visivelmente um produto feito para tentar fisgar alguém que tenha interesse em jogos semelhantes a Fire Emblem, o jogo não tenta por quase toda sua narrativa criar algum tipo de dilema ou identidade só sendo possível perceber uma pífia tentativa disso no final da estória faltando literalmente duas missões para fechar o jogo.
Carecendo de uma exploração e desenvolvimento dos personagens, o título não se sustenta nem pelos sprites bonitos devido a seus outros elementos que deveriam compor um tudo como um bolo. A narrativa tenta criar uma sensação de urgência porém, lotada de linguiça em suas missões; o som e músicas são repetitivas não conseguindo trazer nenhum sentimento que a campanha pede; o jogo te joga diversos personagens que são pessimamente desenvolvidos enquanto outros apenas aparecem, dizem "oi" e entram no time.
Não existe nada que torne esse produto algo bom, a arte e os sprites enganam os desavisados que pensam estar adquirindo algo ok para bom para apenas terem um título sem alma.

Safe-Room: Naruto Shippuden: Ultimate Ninja Storm 2

Se deparando com os títulos da CyberConnect2, Naruto Storm 2 provavelmente é o jogo que vem a mente da maioria das pessoas. A franquia Ultimate Ninja Storm foi uma explosão e o maior chamariz dela sem sombras de dúvidas foi sua cinemática entrelaçada aos Quick-Time Events que elevaram ainda a escala da dimensão dos combates da obra que outrora só era possível ter alguma referência por seu material original, sua adaptação televisiva e os jogos que aumentavam um pouco essa escala, mas que não possuíam como um dos focos esse aspecto.

Apesar de ser lembrado como um jogo de luta cinematográfico, o mesmo alcança outros patamares por utilizar diferentes tipos de gameplay e mecânicas em seu esqueleto. Fora o combate e suas cinemáticas, o título adequa momentos de Rail shooter, Shoot 'em up e Hack'n Slash em determinados trechos da estória, como na batalha entre Gaara e Deidara que se inicia com um combate onde você deve derrubar o Deidara de seu pássaro de argila e espancar ele algumas vezes para entrar em uma cinemática que logo em seguida se torna uma perseguição aérea por toda vila da areia enquanto você deve atirar no inimigo para que se inicie uma última cinemática de grande escala. O título também adota sistemas de RPG como um social-link visivelmente inspirado em Persona - que funciona à sua própria fórmula - e tramas originais para a série Storm junto a conexões aos jogos da série Ultimate Ninja e U.N Heroes (Ps2 e PSP).

Por encaixar suas ideias de uma forma equilibrada, o título da CC2 consegue entregar os motivos de ter ficado tão popular de forma semelhante à franquia Final Fantasy Dissidia (PSP) ao terem unido sistemas e estilos diferentes dentro de seu Arena 3D.

Eu até poderia criar um Safe-room sobre o Storm 3, mas seria insignificante. Storm 3 é uma evolução natural do segundo título e de Generations.
As lutas, cinemáticas, despertar automático e a forma de contar sua estória tem uma combinação simplesmente incrível.

O jogo com a melhor direção artística da franquia, mas que é incapaz de chegar aos pés tanto do segundo quanto do terceiro jogo. A remoção dos fatores secretos que geravam cenas... “secretas” (não digo secretas por ter aquelas bolinhas abaixo do contador indicando que elas existiam); a remoção do modo Herói e Lenda que, tecnicamente, se transformaram em “campanhas” para o Sasuke e Naruto é decepcionante. Isso sem contar as Giant Battle que são simplesmente horríveis com exceção de duas: Kurama vs Jyuubi e Susano'o Kurama vs Momoshiki sendo que essa última é da expansão Road to Boruto.

Esse jogo é uma incrível decepção para mim que comprei o pacote com a quadrilogia esperando uma evolução a cada título, o que aconteceu, mas só até o terceiro game.

Um bom metroidvania para quem quer iniciar no gênero.

Apesar de eu adorar esse título, a única coisa que o sustenta é a estória.

Sabe aquele jogo do Aquaman de GameCube? Então.

Provavelmente foi um dos MMO que mais joguei nessa minha vida. Lembro de várias vezes chegar em casa só para jogar isso, não foram tempos bons.

Um dos jogos mais loucos que joguei no Ds. É rápido, dinâmico e com uma variação de carros boas para o portátil.