180 reviews liked by Vrfrohlich


Uma história completamente alucinada, sobre clones, programas genéticos, amor e heroísmo, temos um roteiro que escorre o mais puro suco dos Animes Shonen. Desta forma, Final Fantasy se apresenta a mim, nessa que é a minha primeira experiência com a saga. Zack, o protagonista, é simplesmente o meu personagem favorito da série inteira, na sua simplicidade e doçura que rivaliza com a de um filhotinho de cachorro, descobrindo a verdade sobre a Shinra e se afastando da ideologia que lhe foi ensinada sua vida inteira. Sua relação com a Aerith é muito bem desenvolvida e aquece meu coração, no que tornam os trechos finais desse jogo somente mais dolorosos e emocionantes. Sua gameplay é bastante engajante, te dando acesso a um leque grande de habilidades e magias. O combate em tempo real mostra uma leve lentidão, suponho ser tanto uma limitação do console, quanto uma forma de emular o sentimento do combate de turno do jogo original. Seu sistema de DMA, é uma roleta que adiciona um nível de aleatoriedade às batalhas, que na maioria do tempo são divertidas, mas que com a quantidade massiva de missões secundárias começa a cansar em sua reta final. O mapa mesmo não sendo vasto se mostra muito belo e detalhado, criando uma atmosfera fria e melancólica para Midgar, contrastando com uma Nibelhein a princípio alegre e uma vivacidade que se encontra nos mais diversos habitantes desse mundo. Um jogo divertido, dramático e elétrico, um dos ápices do PSP, e para sempre minha porta de entrada a Final Fantasy.

Após uma longa jornada que começou em 2021, minha história com Final Fantasy VII finalmente chegou ao fim.

Como forma de me antecipar para finalmente jogar o Remake, joguei a parte de Midgar em 2021 e acabei largando o jogo perto do final do primeiro disco.

Tentei outra vez recomeçar um ano depois de ter terminado o Remake e sem sucesso.

Com a chegada do famigerado Rebirth e conteúdos que confirmaram que o jogo iria até o fim do primeiro disco original, me obriguei a finalmente continuar e finalizar esta belíssima obra.

Até mesmo eu, que odeio jogos de turno, amei o sistema deste e me fez superar o ódio (em conjunto com P5) de turnos.

FF7 nos entrega um mercenário, uma donzela, uma dupla de terroristas, um cachorro com rabo de fogo, uma ninja, um gato robô, um vampiro emo e um piloto fumante e faz disto ser a melhor party já feita na história. Cada um destes personagens (exceto pelo Vincent) tem relevância considerável pro todo da história e tem um pequeno arco o envolvendo, desenvolvendo carinho e importância.

FF7 tem uma das melhoras histórias da mídia que já pude experienciar. Personagens profundos. Vilões com motivo. Plot Twists insanos. Mortes com peso. Megacorporações. Megazords. Dragões. Cobras. Amnésia. Clones. Traições. Romances. Deus Ex Machina. FF7 entrega TUDO!

Mesmo após 27 anos de seu lançamento, Final Fantasy VII merece seu lugar entre os favoritos da história, e certamente entrou para os meus.

Com muita maestria, temos um dos melhores remakes já feitos na história dos videogames.

Aprimorando somente o que já era bom no original e melhorando e MUITO a atmosfera de terror, Dead Space Remake respeita todo o legado construído e nos entrega o mais próximo da perfeição que um jogo de terror pode chegar.

Isaac agora falar da uma profundidade ainda maior no jogo e é impensável imaginar que isso não existia no original, é como se sempre estivesse lá. As sessões de gravidade zero, anteriormente introduzidas somente no 2, são extremamente bem-vindas aqui para um frescor na gameplay.

Espero que vire tendência em remakes esta fidelidade e carinho com a obra original.

Com parry em serras elétricas e piruetas em cabanas. RE4 remake aprimora o que já era perfeito do original e nos traz uma experiência totalmente refrescante do clássico.

Gameplay viciante, gráficos lindos e uma história que toma novas liberdades em diversas partes, nem mesmo o mais chato dos fâs antigos consegue decepcionar.

Como uma ode ao original, este remake traz até piadas e seções antigas levemente modernizadas e ainda consegue nos surpreender, é difícil não se manter entretido a todo momento. Fizeram a proeza de até a seção da Ashley ser super divertida.

Capcom, continue assim e não decepcione.

Sequência tão divertida e curta quanto a anterior, Rift Apart diverte bastante com as duas duplinhas durante o percorrer do jogo. Não podia me importar menos com a história, mas o gráfico impressiona.

Com a mesma fórmula boa do antecessor, este pega algumas coisinhas a mais e faz missões secundárias, uma liberdade maior entre diversos planetas e fases e bons desafios.

Porém, por se tratar de um jogo da moderna Insomniac, sofre do fator Ubisoftzação que ela vem levando, diversas coisas no mapa, listas para pegar e eventuais "tarefas" que cansam conforme o tempo.


Gris

2018

Deslumbrante, sensível e comovente, nos lembra que não se é necessário pensar que feridas fecham instantaneamente. A jornada de superação de um luto passa por conseguir enxergar as cores da vida novamente. A Gris inicia confusa, com raiva e se fechando, mas que com o apoio de amigos e da música se fortalece, aceita sua situação e chora, para em fim ver a luz e superar sem nunca esquecer quem ficou para trás.

Não seria exagero chamar esse jogo, Batman Arkham Knight como a grande Magnum Opus da Rocksteady, há muito que apoia essa alegação, porém mesmo com muito carinho por ele, ainda apresenta muitas falhas. Nessa minha última jogada do título, havia me proposto experienciar o jogo em sua completude, jogar todas as suas dlcs, conteúdo esse que seria inédito para mim, conquistar todos os troféus e realizar os 240%, o que me gerou tanto experiências divertidas e interessantes, quanto momentos de frustração onde vi as rachaduras e falhas desse jogo.

Começando pela história principal, que ressalto que é boa, mas sinto falta do Paul Dini no roteiro, clássico escritor de histórias do Batman e escritor de Batman Arkham Asylum e City, onde noto uma mudança de tom considerável desse para os outros dois jogos, não que seja ruim, só uma preferência minha pelo tom mais gótico, as vezes puxando pro horror e pro sobrenatural que havia nos jogos anteriores. Gosto bastante do arco que o Batman passa ao longo do jogo, mesmo que para isso a convoluta presença do Coringa se faça necessária, mas a exploração dos medos do Batman, em relação a segurança da batfamília, do seu legado, de se ver se perdendo dentro da própria mente, são todos muito bons e bem explorados, não se é incomum a visão dele sendo contraposta, isso evolui o personagem no que é o único arco que o personagem passa na franquia além do Origins. Porém nem tudo na história funciona, e mesmo com um design excelente, o espantalho que ao meu ver é o vilão principal do jogo, que encapsula os temas de medo, é completamente escanteado, sinto ele tendo uma presença maior e mais marcante no Asylum, em que ele é uma somente uma ponta, sem contar a clara mudança de personalidade que ele tem daquele jogo para esse, onde antes ele era muito mais alucinado, infectando sem mais nem menos qualquer um que passasse por ele, aqui ele já é alguém mais controlado e metódico, o que não é uma mudança ruim em si, mas é curioso. Outro vilão que também sofre dessa falta de peso é o titular, Arkham Knight, que por ter sua identidade revelada tarde demais não abre espaço para explorar as implicâncias que a moral do personagem trás, assim sendo só relegado a alguém brabo com o Batman, que o quer matar a qualquer custo mas que em toda oportunidade que o tem não o faz. Em partes consigo apontar a falta de interesse da história tanto pelo Espantalho quanto pelo Arkham Knight como culpa da presença inexplicavelmente grande do Coringa, que volta pra roubar o foco do jogo para ele mesmo estando morto, o que não me entenda errado, ele é a alma desse jogo, ele está ótimo aqui, mas essa não é a história dele e nem deveria ter sido. O final do jogo, desde a chegada ao Asylum, com a revelação da identidade do Batman para todos, passando pela mente do Bruce intoxicado pelo gás do medo, jogando com o Coringa, superando os próprios medos e depois disso tendo a curiosa cena do protocolo Knightfall, é simplesmente maravilhoso, um primor da narrativa da Rocksteady, principalmente a parte anterior ao Knightfall, pois não gosto muito do discurso que ele prega de criminosos serem uma raça covarde e supersticiosa, que já vem desde as HQs, mas sendo elas feitas para um público infantil de praticamente um século atrás, tudo bem, ainda mais elas tendo um distanciamento maior com a vida real em seu tom e histórias, já aqui com um estilo ultra realista, num jogo moderno, acho estranho seguir nessa narrativa, quando o personagem tem tanto mais a proporcionar.

As histórias secundárias acabam sendo meio fracas também, muito por falta de uma finalização cativante, muitas delas terminam anticlimáticas, sem uma luta final, sem um evento interessante, não são todas assim, destaque para a missão do Pig e do Charada, que são bastante boas, também menção a missão do Morcego Humano que tem um começo sensacional com um dos melhores sustos que já tive, memorável, mas que depois tu passa por um processo repetitivo para mais um final anticlimático. Já sobre as missões da Season Of Infamy, elas melhoram muito em suas narrativas, muito mais intrigantes que as do jogo principal, com finais interessantes, Killer Croc oferecendo uma luta legal, Mad Hatter batalhas que retomam toda a sua jornada pela franquia Arkham, a do Ra's Al Ghul tendo dois finais diferentes, e a do Mr. Freeze com um final tocante após uma corrida por uma Gotham congelada, tudo isso, conteúdo muito bom, com o único detalhe que elas todas são extremamente curtas, coisa de 10 minutos no máximo para fazer cada uma, o que segura o potencial delas e acaba sendo um pouco insatisfatório. Seguindo nesse tom de histórias que apresentam potencial mas acabam sendo insatisfatórias pelo seu tamanho, os episódios de Arkham, nos deixam experienciar brevemente novos personagens diferentes do Batman, e para isso são ótimos, são uma introdução ao moveset deles, mas ainda assim são curtos demais, nenhum conta uma história muito interessante, mesmo a do Asa Noturna e do Robin tendo bons conceitos, assim sobrando só os desafios de combate e stealth para usufruir mais destes personagens. A última história que falta mencionar é a da Uma Questão de Família, com um escopo maior, em um mapa novo, jogando com a Batgirl, ela apresenta uma história levemente interessante mas que tem um final abrupto demais que chega a ser estranho, e mesmo assim segue sendo uma DLC divertida, tu consegue experienciar mais da gameplay, que tem seus toques para variar da do jogo padrão, tu anda por lugares diferentes, há mais coisa a se fazer, é uma DLC interessante de se jogar.

A cidade do jogo é linda, parte da apresentação sublime desse jogo, céus chuvosos em que a capa escorre essa água, luzes neon iluminam os prédios, tudo magnífico, incentivando a exploração por motivar querer ver cada pedaço dessa beleza toda. Outro aspecto que queria dar destaque da apresentação desse jogo são suas cutscenes e principalmente os segmentos em primeira pessoa, que foram executados perfeitamente.

Partindo para a gameplay agora, o combate nunca esteve tão rápido, a possibilidade de combos e ataques é grande, a variedade de inimigos é boa e te obriga a usar praticamente todo o teu arsenal de golpes e apetrechos para derrotá-los, e num geral tudo funciona de maneira bem fluída, isso é, no jogo principal, em certos mapas de desafio, a gameplay é colocada sobre tanto estresse, com tantos inimigos, te exigindo uma precisão tão alta, ainda mais indo atrás de alguns dos troféus, que simplesmente a gameplay quebra, a magia do jogo se desfaz e tu começa a ver as falhas dele. A fluidez que no jogo principal é elogiável, nos desafios, só serve para que inimigos te acertem golpes ao teleportarem, a quantidade de inimigos que era pra ser impressionante faz com que o personagem não responda direito aos teus comandos por não saber direito para quem tu tá direcionando os golpes, lembrando que isso não faz o combate ser ruim, mas o uso dele dentro desse contexto, sem se preocupar com o polimento dele para isso é de uma falta de cuidado. Outro componente da gameplay que se via mais presente nos jogos anteriores, é o stealth que aqui sinto um pouco desincentivado, muito mais bruto, derrubando 5 inimigos de uma vez só, não mais se é necessário esperar o momento certo pra atacar, muito proveniente de todas as habilidades que tu tem ao seu dispor que fazem ter que ficar escondido algo muito mais rápido. Outro pilar da gameplay desse jogo é o mais novo Batmóvel, que ao contrário do que muitos dizem, não acho que ele tenha um uso excessivo,ele te permite correr por Gotham de maneira rápida e enfrentar tanques no modo de combate, uma novidade que me agrada bastante, mesmo que demore um pouco até pegar seus controles. Assim, da gameplay só me resta falar sobre o que me é o aspecto mais triste, seus Bosses, todos reduzidos a encontros breves, isso quando sequer há uma luta, o vilão principal do jogo, o Espantalho nem sequer tem uma luta própria, enquanto no Asylum ele possuía 3, tristeza que só é levemente reduzida pela DLC onde tu enfrenta ele em um conjunto de pistas de corrida, mas ainda assim, não ter uma luta contra o exterminador, enfrentar o Arkham Knight em combate, algum tipo de luta diferente contra o Morcego Humano ou Vagalume, é simplesmente deprimente.

Sou um grande fã da série e tenho um enorme carinho por esse jogo, ele fez parte da minha infância e não foi somente o meu primeiro jogo de PS4, foi o motivo de eu ter comprado um, infelizmente agora é um jogo que a cada elogio que faço a ele, crítico sua implementação ou algum outro aspecto seu, ainda assim um jogo com muita dedicação posta em sua criação, divertido e que recomendo, pois não são seus defeitos que o definem, e seus méritos merecem ser experienciados e postos a luz.

Viciante, caótico até dar dor de cabeça.

Foi meu entretenimento em diversas idas ao trabalho e outros momentos de deslocamento.

Vale a loucura imposta, só cuidado com o vicío.

Eu tentei gostar, mas eu não tenho mais o gosto enorme por qualquer metroidvania que não me fisgue rapidamente. Blasphemous tem tudo mas ainda faltou algo.

Temos cenários, ambientação, bosses, inimigos, tudo perfeitamente bem feito e colocado, mas o feeling da gameplay não conseguiu clicar comigo e acabei por deixar de lado.

Provavelmente nunca voltarei pra terminar, de fato não é pra mim

Eu mal lembro desse jogo, mas tinha muito flashes na tela e não gostei do estilo de plataforma.