News: local man ruins everything

Possui uma proposta interessante, mas o jogo em si não faz nada que sustente isso para que seja uma experiência imersiva ou qualquer coisa

Se isso fosse um multiplayer e desse para enfiar 10 cabeça num chat, tenho certeza que resolveria praticamente todos os problemas

Vou falar aqui, tá. Hablar. Vou hablar, de fato.

Inicialmente eu estava meio cabreiro em relação aos pals, mas logo que comecei a jogar, já simpatizei bastante com as práticas induzidas pelo joguinho. Não é tão difícil de se acostumar com os pals, principalmente depois de aprender a lidar com os ovos, aí não tem segredo. Fazer eles darem leite também é bem divertido, muito mais que na teoria, inclusive.

Isso definitivamente não é fnaf

Felizmente, o medo que eu tinha do estúdio acabar descaracterizando o jogo ao tentar trazê-lo para os tempos atuais foi totalmente subvertido.

Deu-se o trabalho de esclarecer pontos que ficaram em aberto no original, da mesma forma que cortou bastante conteúdo que seria taxado como "ridículo" nos tempos atuais (coisas bastante "anos 2000"). Contudo, mantiveram tudo o que fez com que o jogo original fosse tão aclamado, mas melhorado em níveis absurdos. O estúdio responsável pelo remake entendeu perfeitamente o amor dos fãs e transpareceu isso com polimentos na jogabilidade e na narrativa.

Embora eu tenha odiado a mecânica da faca, aprecio o quão bem integrado foi ao modelo da sua base. Tendo que usá-la em diversos tipos de situações, cria-se uma versatilidade que gera uma constante necessidade de repará-la, o que comunica com o sistema preexistente de melhorias e na racionalização dos próprios recursos.

O estúdio também não limitou-se na hora de criar uma ambientação macabra que nos lembrasse de fato sobre quais eram os gêneros do jogo: Survival/Horror. Diversos foram os momentos em que salas abertas, com o claro sinal de anteceder à um confronto, foram inutilizadas apenas para criar uma curva de tensão. Os tons mais escuros e a falta de uma trilha sonora presente, apenas com o som ambiente funcionaram muito bem juntadas pela mão de um diretor bastante competente.

Mas, infelizmente, como nem tudo é tão perfeito quanto parece, a IA dos inimigos, mesmo no Insano e Profissional, tendem a ser ridiculamente burras, facilitando a gameplay. A falta de reação dos personagens quando alvejados acaba prejudicando a criação de estratégias no calor do momento, desse modo, quebrando um pouco a imersão. De todo modo, não fui extremamente afetado, mas foi um pouco frustrante em alguns momentos, principalmente quando existiam inimigos demais no cenário.

Uma experiência indiscutivelmente marcante.

Joga fora uma boa ambientação imersiva com sustinhos e jumpscares baratos de zumbi genérico pulando na tela com um grito ou som alto

Droga, quantas vezes eu me peguei chorando enquanto jogava?

Uma obra-prima dentre os demais jogos do gênero! Um elenco fantástico de personagens que funcionam muito bem. Músicas muito boas, um enredo incrivelmente bem feito que transmite diversas mensagens poderosas, tanto na rota neutra, quanto na genocida

Esse é realmente o tal do Dark Souls dos jogos de luta

Embora os mitos lovecraftianos me despertam grande interesse, e pelo jogo ser basicamente uma junção de diversas criaturas, imaginei que seria uma baita experiência. Não foi(kkkkkkkkkkkkkkkkkk).

A obra em questão peca no mais básico de um jogo que se propõe a ser um walking simulator: narrativa. A história é horrorosa e nem mesmo o level design é inteligente; é uns buraco nada a ver e uns caminhos que tu anda e anda e dá de cara numa parede, aí tem que voltar tudo. Além da virada na segunda metade - do nada é dimensão alternativa e um show de nada acontecendo e feijoada.

Até mesmo os puzzles são totalmente sem sal.

Novamente, o que melhorou do segundo para o terceiro jogo, melhorou do terceiro para o quarto; aqui, mais do que tudo, realmente usou os recursos que tinha com qualidade para criar um ambiente imersivo e assustador boo meu deus que medo ui ui.

Entre 20 pessoas num lobby e sangue em excesso, com direito à aranhas gigantes e mais bichos de uma só vez, eu tive mais medo do Freddy Fazbear e do Goku.

Os primeiros minutos, no que se refere a apresentação do conceito inicial e o mistério criado realmente me despertou interesse. E, apesar de eu não ter gostado muito da virada de perspectiva e tom durante boa parte do flashback, quando as coisas começaram a se encaminhar para mostrar, de fato, sobre o que o jogo se tratava, foi quando percebi que estava totalmente cativado por tal.

É de um tato inimaginável para trazer esse tom de sinceridade que, sinceramente, tem que saber muito bem o que tá fazendo para chegar em um nível aceitável, o que é totalmente o caso dessa peça em específico.

Não cheguei a chorar em nenhum momento, mas as conversas e as reflexões ali diversas vezes me deram um nó na garganta, principalmente com a reta final.

Apesar da dificuldade e de ser praticamente impossível replicar o que foi feito em Shadow of the Colossus, eu não pude deixar de ficar empolgado logo que comecei a jogar essa obra em questão. Nunca coloquei na cabeça que seria um sucessor espiritual ou qualquer coisa do gênero, mesmo sabendo que seria uma grande cópia com algumas modificações aqui e ali. Afinal, é uma ideia que me encantou anos atrás, e agora, pode ser que me encante de novo.

Como mecânica básica, eu gostei da introdução do controle de temperatura, sono e fome. Dentro de um ambiente bastante hostil, que nos instiga aventura, é bacana precisar racionalizar os recursos e saber usar as fogueiras com precisão. Além de que, também, cria-se uma constante busca por materiais para reparar as armas. Contudo, isso não foi bem integrado ao modelo de sua base, uma vez que não há uma recompensas o suficiente ou minimamente interessantes por explorar o mapa. Por isso, minha jogatina foi somente pegar o mapa completo e derrotar os colossos.

Contudo, devo dizer que o essencial para a luta contra os colossos, que é o sistema de agarrar, carece de refinamento. Diversas foram as vezes em que a personagem se recusava a se agarrar, ou mesmo que colidia com uma superfície aleatória e soltava o bicho. É só muito frustrante.

O jogo também apresenta um sistema de combates menores, mas são só minions totalmente descartáveis. O que eu pensei ser um artifício divertido para se criar cenários onde se há a constante necessidade de reparar os armamentos, na verdade foi só um loop de rola e bate, sem padrões de ataques interessantes ou legais. Além disso, nem mesmo há uma grande diversidade de armas, e sequer elas são importantes nas lutas dos colossos. Então, como todo esse sistema gira em torno de minions, acaba por ser um grande demérito.

Como último apontamento, os colossos, que são o maior artifício do jogo, são todos uma merda em design, arena e luta. O único que eu fiquei minimamente cativado foi o Trhall, que nitidamente recebeu um cuidado a mais. Outro detalhe é aquele QTE horrível para cada vez que o colosso se move, além dos bichos se sacudirem a cada mísero dano que recebem, o que deixa tudo dolorosamente mais chato.

Ademais, embora a ideia seja bem bacana, ficou apenas no papel. Sua implementação entra em conflito direto com a premissa do próprio jogo, e reflete essa mediocridade em todos os outros aspectos acima citados.

Aprecio a atmosfera e o terror psicológico trabalhado de maneira lenta, mas que gera angustia no jogador. Num geral é bem simples, mas a experiência foi maravilhosa

That's why he's the GOAT, THE GOAT