7 reviews liked by mizuffy


Meu deus que péssima desculpa pra um jogo. Bonito? Sim, mas é só isso. Que jogo sem alma. Parece que seguiu uma receita pra pegar tudo que deveria funcionar num mundo aberto e replicar e ainda sim não consegue. Fraco, preguiçoso e, sinceramente, muito chato.

Quando saíram as primeiras reviews desse jogo, qualquer vontade que eu tinha de jogá-lo se foi. "Walking Simulator, Ifood Simulator, Correios Simulator" e outros termos pejorativos era tudo que tinham pra dizer sobre Death Stranding. Acho que o jogo sofreu da necessidade imediata da criação de conteúdo e isso acabou afetando seu desempenho, mas aí é só meu achismo. Eu priorizo muito como as coisas (sejam séries, filmes, jogos e livros) me fazem sentir na hora de dar uma nota e, nesse quesito, Death Stranding está lá no topo junto com Shadow of the Colossus. Jogar isso foi uma experiência completamente nova, como Kojima tinha prometido. O worldbuilding é fantástico! A história, apesar de surtada, é muito acima da média, mas onde ele brilha é no desenvolvimento de personagens. Imagino que pela escolha criativa de usar, de fato, atores, elevou-se muito o patamar da coisa como um todo. Cada personagem é incrível e o jogo tem um jeitinho especial de fazer você se importar com cada um deles, e com suas maravilhosas histórias e motivações, o que é muito bom! A ambientação é indescritível, e também entra na parte do worldbuilding. Death Stranding é sensacional e uma das melhores experiências que já tive com videogame. Definitivamente um jogo de alta prateleira.

Eu amo Borderlands, então sempre tenho uma expectativa alta com qualquer jogo da franquia. Esperava a DLC da Tina do Borderlands 2, mas ultra melhorada. Confesso que me decepcionei um pouco. Vou logo pra conclusão sobre o jogo: é um jogo com um ENORME potencial desperdiçado. Se você é fã de D&D ou fã de Borderlands, vai curtir muito a história e mais um capítulo da construção de personagem excepcional da Tina. As piadinhas e referências seguem perfeitas e a história como um todo, apesar de curta, traz essa evolução da personagem e conexão com o universo Borderlands. Claro que por ser uma história "lateral", não temos evolução no enredo atual do jogo.
De qualquer forma, pelo fato da história ser curta (apesar de envolvente), poderia facilmente ter sido uma DLC de um Borderlands 3, por exemplo.Talvez seja o fato do jogo ter sido produzido durante a pandemia que traga também esse ar de DLC, mas não havia necessidade de ser um standalone. Falando em pandemia, lindíssima a mensagem passada no final do jogo, em um momento tão delicado para nós, como humanidade mesmo.
Por fim, a gameplay segue classe A, com a tela menos poluída, fluidez e ofertando muita diversão.
Agora vamos falar das coisas ruins. A franquia é conhecida por diversos motivos, sendo um deles o fator replay. Quem é aficcionado por ela, curte poder testar as várias classes diferentes, as trocentas armas disponíveis, variações de builds e chegar num ponto de min/max pra se tornar o mais OP possível. Aí que começam os problemas. Borderlands sempre teve o farm de itens como peça chave pra você pegar as armas e itens mais poderosos e se tornar um deus do joguinho. O que fizeram? Meteram praticamente todos os itens lendários dentro da mesma lootpool. Você quer farmar um item específico como fazia num Borderlands 2, por exemplo, e acha que é só ir em determinado boss que ele vai dropar? Não. Ta praticamente tudo como world drop, o que diminui consideravelmente suas chances de encontrar o que você mais quer.
Isso nos leva a outro problema relacionado ao fator replay, que é o endgame. Você termina a história e aí? Tem que ter arenas, raid boss, DLCs fantásticas, coisas a mais pra você fazer e seguir jogando com seu personagem. No entanto, tudo que encontramos são a Câmara do Caos e DLCs pífias. A Câmara do Caos nada mais é que uma repetição das Dungeons do jogo, enfrentando inimigos atrás de inimigos, aumentando a dificuldade com modificadores e no final, um boss. O loot fica mais forte, mas você cai na mesmice rapidamente e não da vontade de passar do Caos Level 20. Até porque, daí em diante você já tem que começar o min/max e aí caímos naquele problema do farm de itens.
A história das DLCs é até interessante em certo ponto, mas extremamente rasa. O conteúdo é pior ainda. 4 "mapas" em que você NOVAMENTE está na mesmice das Dungeons, matar inimigos até a próxima sala e enfrentar um boss final. O pior é que você tem que terminar cada mapa pelo menos 4 VEZES pra poder liberar todas as conquistas. Extremamente repetitivo e chato.

Sem me estender muito mais, jogue o joguinho. Curta a história, curta as piadas, curta as referências. Se tiver paciência, fique para ver a cagada colossal que fizeram com o endgame desse jogo. Depois que cansar, não se sinta culpado por largar o jogo no esquecimento, não vale a pena platinar. Se um dia der saudade ou vontade (ou aparecer um amigo pra jogar com você), teste outras classes e divirta-se.

Eu amei jogar Elden Ring.
É um dos jogos mais... jogos que eu já joguei.
Daqueles que você não precisa estar necessariamente muito atento ao que ocorre ao seu redor, pra entender a história (que vai ser muito melhor contada pelo Vaatividya no youtube) e assim aproveitar o jogo na sua completude.
Pode parecer redundante, mas o "jogar" é o que esse jogo tem de melhor pra oferecer.
Pontos fracos pra mim são as mecânicas de bosses gigantes e repetição de alguns bosses iniciais que decidem virar mobs no decorrer do jogo, criando uma "banalização" do que é ter uma barra de vida de boss, algo que costumava me fazer prender a respiração em outros jogos.

Se o Bloodborne é o pão quentinho que acabou de sair da padaria, o The Old Hunters é a manteiga que você passa nele.
A combinação dos dois é a maravilhosa, e te faz refletir se existe algo melhor que só apreciar o momento em que você desfruta da experiência.
Consegue ter algumas das boss battles mais memoráveis do jogo e expandir o universo de maneira única, com bastantes desafios.

Eu acho que é uma unanimidade quando se fala em Bloodborne, que a primeira palavra a vir a mente seja "ambientação", porém eu nunca acreditei que essa parte poderia ter um peso tão grande em um jogo que o faria ser o ponto forte que se sobressai.

Até eu jogar Bloodborne.

A primorosa criação de universo, baseada em conceitos clássicos da Era Vitoriana, possui uma atmosfera escura, pesada, melancólica e visceral. A noite e seus temores desfilam por entre as grandes construções de Yharnam, a cidade fictícia do jogo, e trazem consigo muita dor. Gritos incessantes, pedidos de ajuda (sabe-se lá de onde), choro de criança, e até de monstros, te prendem numa sensação de incômodo constante. E acho que mais do que medo, o objetivo é mesmo incomodar, o que te leva a querer sair desse gigantesco buraco que é o desconhecido.
Combinada à jogabilidade, cada centímetro explorado te traz nuances do que um dia aquele lugar já foi. Artefatos, esculturas, construções e até roupas contam um pouco da história desse jogo.
E não me aprofundando muito na história, por motivos de spoilers, só queria dizer que esse é outro ponto fortíssimo aqui. Coisa pra Lovecraft sorrir de orelha a orelha.

Enfim, tudo que esse jogo se propõe, ele entrega com absoluto primor. Mesmo sendo um jogo de 2015 com incríveis 30fps com emulação pra PS5 (sem melhoria alguma, nem sequer de loading), nada disso chega perto de arranhar sua marca na história dos videogames.
Absolutely flawless.

Minha primeira experiência com um jogo da From Software e acho que não poderia ser melhor.
Sekiro é uma obra prima irretocável na história dos videogames. É um jogo sobre honra, que te ensina muito a ser paciente e melhorar de forma gradativa. E como é bom melhorar! Com uma história rica e profunda e um gameplay primoroso em todos os aspectos, esse aqui se tornou um dos meus favoritos da vida.