Nunca tinha jogado nenhum jogo de Doors, mas gostei da experiência.

Os puzzles não são tão difíceis, o que torna ele um bom jogo pra passar o tempo e desestressar. É muito questão de prestar bastante atenção e entender as mecânicas do jogo.

Os gráficos são bem legais e os cenários variam; uns tem mais qualidade e criatividade que outros, porém todos são bem feitos.

Fui jogando aos poucos e de vez em quando, quando tinha um tempo livre. Funcionou bem, já que não tem uma super história para acompanhar. Curti bastante!

Lake é um jogo relaxante, excelente para esfriar a cabeça depois de um dia puxado. Pelo menos comigo foi assim.

Não é um jogo que vai te exigir grandes habilidades físicas ou mentais, o que é ótimo. Você apenas tem que trabalhar como carteira no seu caminhão e estreitar as relações com os moradores da cidade natal da protagonista.

Por mais que sua história seja simples, me fez pensar muito sobre minha vida. Sou de uma cidade pequena e vim ganhar a vida na cidade grande. Ver a protagonista, Meredith, voltar para onde nasceu, reviver o passado, rever pessoas e viver um dia pacato e feliz, me fez questionar minha decisão de trocar de cidade.

No fim, tinha a escolha de ficar ou ir embora outra vez. Mesmo gostando da vida simples de uma cidade pequena, escolhi para Meredith o que eu escolheria para mim mesma, provavelmente.

Se você se deixar levar pelo jogo, vai se apegar aos personagens e à rotina da protagonista. Admito que vou sentir falta de dirigir o caminhãozinho dos correios pelas estradas calmas de Providence Oaks.

Out of Line é um jogo de puzzle, sem diálogos e com uma história praticamente subjetiva, ou seja, cada jogador pode interpretar à sua maneira. Há alguns elementos que cercam o jogo, mas a linha que liga tudo isso fica por sua conta.

Eu achei um jogo extremamente divertido, com puzzles em sua maioria simples — mas, se você for desatento igual a mim, em algumas partes pode quebrar mais a cabeça. As mecânicas vão evoluindo e se misturando, tornando o jogo mais desafiador.

A trilha sonora é linda e envolvente, tanto sua música quanto os efeitos sonoros, tornando a gameplay muito mais prazerosa. Além disso, cada cena do jogo daria um excelente quadro artístico de tão lindo que é o design de personagens e cenário.

O mais interessante é o papel dado aos NPCs do jogo, que estão ali para além de só compor o cenário. Nosso protagonista precisa ajudá-los para eles ajudarem de volta, então é uma troca muito bacana.

É um jogo curto, que pode ser zerado em apenas um dia, mas pode se tornar cansativo após alguns minutos para os jogadores menos assíduos ou para aqueles que gostam de jogos com mais ação.

Dito tudo isso, acredito que os portugueses entregaram um indie agradável de se jogar, que passa uma mensagem linda sobre colaboração em um meio opressor. Super recomendo!

Across the Grooves é um jogo perfeito para quem gosta de música, porque é um prato cheio. Além de citações à bandas e obras existentes, tem suas próprias criações, além de uma trilha sonora personalizada e envolvente para cada momento.

O ponto principal é que é um jogo de escolhas e isso é algo que me assombra. Por mais que adore esse estilo, sempre acho que tomei as piores decisões. Com esse jogo não foi diferente.

Quando terminei, fiquei com uma sensação agridoce. Feliz, porque a personagem parecia feliz, mas triste, porque não parecia ser exatamente um final feliz.

É uma obra de arte, musical e visual, que te prende do início ao fim em sua trama de mistérios e drama dos personagens.

O único "problema" é ser um jogo cansativo para zerar de uma vez, pelo menos para mim. Tem longos momentos de diálogos extensos e pouca interação, assim como qualquer visual novel. Mas, como é dividido por capítulos, encontrei a minha maneira de aproveitar o game, jogando um por dia, e funcionou.

No mais, super indico para quem gosta de jogos mais curtos, com gameplay focada totalmente nas histórias dos personagens e possibilidade de vários finais que dependem apenas das suas escolhas.